Revista ACP julho

FÉRIAS LIGADAS À TOMADA Nº 791 | JUL 2022 | 1,50€ | PERIODICIDADE Bimestral | DIRETORA Rosário Abreu Lima Teleassistência Seguro auto Condução Problemas resolvidos com videochamada Assistências ilimitadas para sócios ACP Seis ajudas obrigatórias nos carros novos

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03 Viva as Férias Finalmente chegaram as férias. Ao m de um ano de muito trabalho, horários pesados, obrigações, crises sanitárias e económicas, é tempo de relaxar e aproveitar a família e os amigos para uns dias de merecido descanso. Entre no carro e ponha aquela música que lhe rasga um sorriso. A perspetiva dos banhos de mar, dos jantares festivos e o relógio arrumado na gaveta dá vontade de andar mais depressa. As tarefas diárias a que as crianças nos obrigam, a rotina do quotidiano doméstico e as burocracias do trabalho que queremos cortar durante umas semanas, movem-nos a pisar o acelerador com mais a nco. Subitamente, no banco de trás, o riso das crianças traz-nos de volta à viagem para as férias e faz-nos pisar o travão. A vida chama-nos. Viva a vida. Em pleno. Convívios, jantares, diversão o mais possível. Pense apenas na diversão e nos seus entes queridos. Mas acima de tudo esqueça a velocidade, as manobras perigosas, o telemóvel e o álcool ao volante. Mergulhe na vida estas férias. ENTREVISTA AO VOLANTE ASSISTÊNCIA VERÃO ACP/BP CONSULTÓRIO O 1º carro de Maria Botelho Moniz Novas viaturas reparam e rebocam Guiámos o novo Lexus NX Combustíveis ainda mais baratos para os sócios Médica explica o novo vírus da varíola dos macacos 04 28 22 45 49 EDITORIAL Carlos Barbosa Presidente do Automóvel Club de Portugal PROPRIEDADE E EDIÇÃO Automóvel Club de Portugal, pessoa coletiva de utilidade pública nº 500700800 e matriculada na Conservatória do Registo Comercial sob omesmo número, com sede na Rua Rosa Araújo nrs. 24-26, 1250-195 Lisboa SEDE DA REDAÇÃO Rua Rosa Araújo nrs. 24-26, 1250-195 Lisboa DIRETORA Rosário Abreu Lima REDAÇÃO António Xavier, Francisco Gonçalves, Mário Vasconcellos, Ricardo Paz Barroso EDIÇÃO GRÁFICA amarelo. design FOTOGRAFIA Interslide, Arquivo ACP, iStock DIRETOR COMERCIAL Tomaz Alpoim PUBLICIDADE Francisco Cortez Pinto, Elizabette Caboz | Rua Rosa Araújo, nrs. 24-26, 1250-195 Lisboa | Tel. 213 180 100 | [email protected] DIRETOR GERAL COMERCIAL Luís Figueiredo IMPRESSÃO Lidergraf | SustainablePrinting, comsedenaRuadoGalhano, nº15, 4480-089ViladoConde TIRAGEMMÉDIA 181.000exemplares PERIODICIDADE Bimestral. OACP é alheio ao conteúdo de publicidade externa. A sua exatidão e/ou veracidade é da responsabilidade exclusiva dos anunciantes e empresas publicitárias. ISSN 0870-273X Dep. Legal nº 2675/83 | Nº de Registo na ERC 100226. Estatuto Editorial disponível em acp.pt Nº 791 JULHO 2022

4 Omeu primeiro carro “Não me lembro de existir sem ouvir falar do ACP” Maria Botelho Moniz Apresentadora de televisão Quando tirou a carta, Maria Botelho Moniz queria um carro “maneirinho” e fácil de estacionar, mas o pai entendeu oferecer-lhe um “tanque de guerra” que consumia muito Qual foi o seu primeiro carro? Um Honda CRV dos anos 90. Queria um carro mais maneirinho e fácil de estacionar, mas o meu pai que foi quem mo ofereceu entendeu que eu devia ter um “tanque de guerra”. Mesmo assim, quei radiante até perceber o que o carro consumia. Que recordação tem desse carro? As idas para o Algarve, as saídas à noite com as minhas amigas e as músicas que ouvíamos durante essas viagens. Se pudesse recuperava-o? Não, porque tive um acidente e o carro foi para a sucata. Na altura já pensava em trocá-lo porque consumia muito. Que tipo de condutora é? Considero-me uma condutora que respeita as regras na estrada. Vou com frequência ao Norte e tento cumprir sempre os limites de velocidade. Também acho que sou boa a estacionar, às vezes nem sei como consigo encaixar o carro em determinados espaços. O que acha dos portugueses ao volante? De um modo geral, são bons condutores, exceto os mais stressados que apitam por tudo e por nada ou que têm sempre alguma coisa a dizer quando se irritam. Que medida tomava para reduzir ainda mais a sinistralidade rodoviária? Até temos as medidas adequadas embora em certos casos acho que deviam ser mais restritivas, como na questão de conduzir com álcool. Para si o ACP é sinónimo de… Conança. Não me lembro de existir sem ouvir falar do ACP. A minha avó já era sócia do clube.

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De férias com um elétrico Até que ponto é que circular num carro elétrico permite ter umas férias descansadas? Como se processam os carregamentos entre mergulhos no mar, banhos de piscina, passeios nas montanhas verdejantes do Norte ou nas planícies amarelas a Sul? Percorremos alguns pontos turísticos do País, em modo férias, sempre com os olhos postos na tomada 6

7 e mais 3000 elétricos, o equivalente a um aumento de 66% nas vendas. Com estes resultados, a quota de mercado em Portugal dos elétricos quase duplica face ao ano passado, saltando de 5,8% para 10,1%. 10,1% Quota de mercado dos carros elétricos, em Portugal Apesar do entusiamo que estes números podem provocar, a verdade é que existem apenas 26.500 elétricos a circular em Portugal, segundo os dados de 2020 revelados este ano pela Associação Europeia de Construtores de Automóveis (ACEA). Em termos proporcionais, os elétricos representam apenas 0,5% do parque automóvel nacional, que conta com 5,3 milhões de veículos a circular, uma percentagem em linha com a média europeia. Recarregar as baterias é uma das metáforas mais recorrentes para descrever os objetivos das férias. A ideia do descanso, do andar sem complicações, seja de chinelo no pé para chegar àquela praia recôndita, seja com a melhor toilet para aquele sunset de gente gira e boa música, é o grande objetivo que une milhões de pessoas no verão. Mas se nesse descanso o meio de transporte for o carro elétrico então as férias podem converter-se simplesmente no carregar a bateria. Houve uma imagem que marcou o ’m de semana alargado dos Santos Populares e que deixou antever um dos principais constrangimentos numas férias de elétrico. Com o calendário a permitir um ’m de semana encostado a dois feriados nos concelhos que celebram o Santo António, milhares de pessoas aproveitaram as mini-férias. A fila de elétricos para o posto de carregamento numa área de serviço tornou-se viral Entretanto, nas redes sociais espalha-se, como fogo na pradaria, a fotogra’a de dezenas de Tesla em ’la à espera de vaga nos 10 supercarregadores existentes na área de serviço de Alcácer do Sal. Uma imagem que resume bem a pressão que as férias colocam em determinadas regiões turísticas. Uma análise ao comportamento dos carros elétricos nas vendas de automóveis em Portugal revela que este tipo de mobilidade está, indiscutivelmente, a ocupar o seu lugar. Nos primeiros seis meses de 2022, os números geram um enorme otimismo: comparando com o período homólogo de 2021, venderam-se menos seis mil carros a gasolina, menos seis mil com motor a gasóleo Para perceber os receios dos utilizadores de carros elétricos, o ACP pôs-se à estrada e visitou um conjunto de locais, de norte a sul do País, que permitem umas férias para quase todos os gostos. Se, por exemplo, numa grande cidade como o Porto o drama de carregar o elétrico praticamente não se coloca, já visitar regiões como o Douro Superior ou a Costa Vicentina é como ter mais um ’lho pequenino à nossa responsabilidade, em que a falta de autonomia obriga a programar muito bem as “refeições” e os caminhos que percorrem. O mesmo se pode dizer do centro de Portugal, onde chega a haver faixas do litoral sem um único posto público em mais de 100 km de zona costeira. Seja em férias ou em trabalho, os carregamentos são um dos principais problemas para quem adquire um elétrico, não só pelas muitas limitações no tempo necessário para ter a bateria carregada, como pela fraca disponibilidade de postos.

As férias no Algarve são um "must" para grande parte dos portugueses, e não só, sendo um dos pontos de veraneio mais requisitados de Portugal. Mas numa perspectiva de utilizador de automóvel elétrico, constata-se um Algarve a dois ritmos distintos. Neste lado do Algarve, de Albufeira a Lagos, a oferta de postos é grande No lado do Barlavento, ou seja, de Albufeira para poente, a oferta é rica, não faltando postos dos mais variados tipos e potências, sendo muito fácil percorrer toda aquela faixa litoral em modo relaxado, aceitando imprevistos ou decisões de última hora, como um jantar junto à praia a desfrutar um pôr de sol. O destino foi Portimão e aqui carregar o carro não foi problema. Num raio de cinco quilómetros existem pelo menos seis carregadores, na sua maioria de 22kW. Lagos é a fronteira do conforto de carregamento naquela zona A facilidade de carregamento facilita as deslocações e, por exemplo ir a locais tão badalados como Albufeira é ir precisamente ao de encontro com maior oferta de postos da região, que apresenta uma cobertura vasta, com destaque para postos da Praia da Oura ou do Miradouro do Pau da Bandeira. Lagos é a fronteira do conforto do carregamento naquela zona. A partir daí começa a rarear o número de postos. O lado mais mais elétrico BARLAVENTO ALGARVIO Lisboa Grândola Albufeira Portimão Lagos Mas até Lagos é possível apreciar as águas da Meia Praia ou a vista magní‹ca do farol da Ponta da Piedade, com vários pontos de carregamento por perto. 12 13 37 3 4 2 Carregador Normal (até 7.0kW, exc.) LEGENDA Carregador Normal (7.0 a 30.0kW, inc.) Carregador Rápido (30.0 a 70.0kW, inc.) Carregador Super Rápido (> 70.0kW) N.º de postos de uma categoria, numa det. área 0 8

9 O Sotavento revelou-se o lado mais rarefeito na oferta de postos públicos, no extremo sul de Portugal. Conhecido por longas e quentes praias banhadas pelo Mediterrâneo, com o Rio Guadiana a separar as margens portuguesas das espanholas, a beleza natural é evidente, mas viajar de férias num carro elétrico naquela zona exige alguns cuidados. Só a partir de Olhão em direção a Abufeira é que a oferta de postos aumenta O destino desta viagem foi Tavira, a pequena cidade na Costa Algarvia que se estende ao longo do rio Gilão e se liga ao mar pelas lagoas do Parque qualquer tipo de carregador. Aliás, entre Tavira e Olhão não há nenhum posto. A partir de Olhão a oferta intensiƒca-se com vários postos distribuídos por Faro, Almancil, Quarteira, Vilamoura, até Albufeira. Entre Olhão e Tavira há toda uma faixa de litoral onde a escassez de postos é enorme Mas para o lado nascente, a escassez é grande. Quem assentar férias em Cacela Velha vai ter de se deslocar até Altura, onde há um posto, com uma potência está limitada a 11 kW. No que toca a carregadores rápidos os dois mais próximo estão situados em Vila Real de Santo António. Natural da Ria Formosa. A ilha de Tavira tem um longo areal e salinas onde se pode observar ‘amingos e outra fauna. No centro existem vários pontos de interesse, como por exemplo o castelo medieval de Tavira, e também três carregadores, informação importante para um dono de um automóvel elétrico. Dois normais de 11kW e um rápido de 50kW, opção a ter em conta na ausência de uma wallbox em casa. Do outro lado do Gilão há também um carregador com uma potência que não ultrapassa os 30 kW. A cerca de 20 quilómetros de distância em direção a Oeste encontra-se a Fuseta, que também merece destaque pela sua beleza natural, mas que apesar disso deixa um condutor de elétricos mais angustiado, visto não possuir O lado mais desértico SOTAVENTO ALGARVIO Fuseta Tavira Altura

Quem já conduziu um veículo 100% elétrico durante longas distâncias sabe que tem de ser consciente da sua utilização, mas nem sempre é fácil. Ter noção da autonomia real, saber onde e como pode carregar são algumas questões que o condutor tem dominar. Ainda assim ir de férias com um carro elétrico para a Costa Vicentina pode pregar algumas partidas. Aquele parque natural abrange o litoral sudoeste de Portugal e conta com uma área de 89,595 hectares. A Costa Vicentina é um verdadeiro paraíso, desde que não vá passar férias de elétrico O destino destas férias foi Odeceixe, de forma a aproveitar a descontração da Praia do Vale dos Homens ou os passeios na Baía dos Tiros. Para carregar o carro só há duas opções: na casa onde se passa as férias, a 3,4 kW ou então o Muita praia e poucos postos COSTA VICENTINA único carregador disponível entre Aljezur e Sines, um posto de 22 kW, o único que se pode utilizar entre os 42 km que separam Aljezur de Odemira. Com o sol a aquecer o Sudoeste Alentejano nada como rumar para praias como a da Arrifana, mas convém ir já com as baterias bem carregadas, pois não há postos nas redondezas. Nesta região, torna-se necessário gerir a bateria, o que limita a disponibilidade, causando algum desconforto para fazer percursos até locais como Zambujeira do Mar, Carvalhal, Ilha do Pessegueiro ou praia do Malhão. A Costa Vicentina é um verdadeiro paraíso desde que não vá de férias com um carro elétrico, sobretudo daqueles que têm pouca autonomia, ou seja, a maior parte dos de gama média. Lisboa Grândola Sines Ilha do Pessegueiro Zambujeira do Mar Odeceixe Aljezur V. N Mil Fontes Carregador Normal (até 7.0kW, exc.) LEGENDA Carregador Normal (7.0 a 30.0kW, inc.) Carregador Rápido (30.0 a 70.0kW, inc.) Carregador Super Rápido (> 70.0kW) N.º de postos de uma categoria, numa det. área 0 3 2 2 2 2 10

O destino de férias foi a Comporta, conhecida por boas praias e alguns locais de interesse cultural, mas pouco adaptada aos automóveis elétricos. Com as baixas autonomias dos carros a baterias, rapidamente se percebe que a gestão das deslocações e dos carregamentos tem de ser feita com pinças, de forma a conseguir passar uns bons dias a perfazer os 10 km que separam o local de pernoita da praia, a que se juntam idas a outras localidades ou a outras praias, como o Carvalhal ou a outros sítios de interesse como o Cais Muito sol não chega para carregar as baterias COMPORTA • TRÓIA Palafítico da Carrasqueira ou as ruínas romanas em Tróia. Não há um único posto de carregamento entre Tróia e Vila Nova de Santo André Para se €car a perceber bem do que falamos, basta dizer que não há um único posto de carregamento entre Tróia e Vila Nova de Santo André, o que perfaz mais de 60 km de distância. Partindo da Comporta, há mais alternativas rumando a nascente, nomeadamente em Alcácer do Sal, onde há apenas três postos, um deles rápido. Mas são precisos outros 60 km de ida e volta para ir buscar mais autonomia. Outra hipótese é a de rumar a Grândola, onde há dois postos, um deles com potências até 50 kW, mas de novo é preciso pegar no volante e percorrer outros 60 km de ida e volta para conseguir ter uma bateria devidamente carregada. Nesta costa, andar de elétrico é praticamente um segundo emprego. Lisboa Tróia Comporta Melides Alcácer do Sal Lagoa St. André Carregador Normal (até 7.0kW, exc.) LEGENDA Carregador Normal (7.0 a 30.0kW, inc.) Carregador Rápido (30.0 a 70.0kW, inc.) Carregador Super Rápido (> 70.0kW) N.º de postos de uma categoria, numa det. área 0 4 3 3 3 4 5 3 12

É UMA MARCA PORTUGUESA

Passar férias na Nazaré com um elétrico pode revelar-se um exercício muito exigente em termos de gestão de autonomias e pontos de carregamento. Tendo presente que a situação mais comum é a de não haver wallbox na casa alugada ou no hotel, o que permitiria aumentar a potência de carregamento e assim ter o elétrico com a bateria a 100% ao início de cada manhã, o que acontece é ter de passar os dias de descanso a vigiar a autonomia. Entre Nazaré e Figueira da Foz são quase 100 km sem um único posto de carregamento Olhando para o mapa dos pontos de carregamento, a escassez é visível. No centro da vila há apenas quatro postos e só um deles é rápido. Depois de alguns dias a deslocarmo-nos do ponto de dormida, no centro da vila, para praias mais a norte, como por exemplo em São Pedro de Moel percorrendo a famosa Estrada Atlântica, a necessidade de planeamento torna-se urgente, pois entre a Nazaré e Figueira da Foz são quase 100 km sem um único posto de carregamento público. Se a opção for descer em direção sul, rumo a São Martinho do Porto, o cenário desértico não muda e só nas Caldas da Rainha, a 30 km, é que há postos com fartura. Outra alternativa é Alcobaça, a cerca de 15 km, onde também há quatro postos, apenas um rápido. Rumo a Sul só nas Caldas da Rainha volta a haver oferta Elétricos não apanham a onda NAZARÉ Lisboa Alcobaça S. Pedro de Moel Nazaré S. Martinho do Porto Carregador Normal (até 7.0kW, exc.) LEGENDA Carregador Normal (7.0 a 30.0kW, inc.) Carregador Rápido (30.0 a 70.0kW, inc.) Carregador Super Rápido (> 70.0kW) N.º de postos de uma categoria, numa det. área 0 2 2 14

Seja de férias ou em qualquer outro registo, viajar de elétrico na região do Douro Superior é um verdadeiro calvário. Se por um lado abundam paisagens fabulosas, quintas que produzem e guardam pequenos tesouros vinícolas, terrenos meticulosamente ordenados com oliveiras e amêndoas e até um museu que, no meio de nada, espalha charme e conta episódios relevantes da pré-história de Portugal, por outro lado há um deserto de postos de carregamento. Em Vila Nova de Foz Côa há apenas um posto de 22 kW. O mais próximo ˆca em Torre de Moncorvo, a 20 km. Se quiser mais alternativas, tem Freixo Castelo Melhor (um dos mais antigos de Portugal) ou Barca D’ Alva, ponto de partida da já famosa rota dos túneis, uma das maiores obras de engenharia ferroviária ˆnalizado em 1887 e que pode ser percorrido numa caminhada inesquecível até La Fregeneda. Só hospedado numa casa ou hotel com wallbox é que é possível alguma tranquilidade de Espada à Cinta, a 60 km, com dois postos. O posto rápido mais perto (até 50 kW) ˆca em Macedo de Cavaleiros, mas isso implica um passeio forçado de 70 km. O único posto rápido mais perto obriga a uma viagem de 140 km de ida e volta A única via para a tranquilidade é dispor de uma wallbox no local onde vai pernoitar, pois só assim pode tirar proveito total de uma região com inúmeros pontos de interesse como Elétricos não sabem nadar VILA NOVA DE FOZ CÔA (Lisboa) S. João da Pesqueira Torre de Moncorvo Freixo de Espada à Cinta V. N. Foz Côa Carregador Normal (até 7.0kW, exc.) LEGENDA Carregador Normal (7.0 a 30.0kW, inc.) Carregador Rápido (30.0 a 70.0kW, inc.) Carregador Super Rápido (> 70.0kW) N.º de postos de uma categoria, numa det. área 0 2 2 16

Talvez por ser sede de distrito, talvez por ter uma universidade ali instalada, talvez por muitas outras razões, a chamada capital de Trás-os-Montes funciona como um verdadeiro porto de abrigo para o turista que navegue por aquela região num elétrico. A cidade garante uma oferta de postos que dá descanso em termos de autonomias Num concelho com cerca de 50 mil habitantes, o número e o tipo de postos O oásis transmontano VILA REAL garantem algum descanso a quem faz férias a gerir tomadas. Com pelo menos três postos de carregamento rápido espalhados pela cidade, com potências entre 22 e 50 kW, programar as viagens torna-se mais fácil, permitindo explorar com mais tranquilidade toda a zona envolvente. Por exemplo, percorrer um dos troços mais bonitos da famosa EN 222, entre a Régua e o Pinhão, sempre ladeado pelo Douro, é uma boa possibilidade, pois no total será uma viagem de 120 km, o que permite adicionar mais destinos sem despertar pânicos de autonomia. E para lá chegar também pode percorrer um dos troços mais bonitos e sinuosos da EN2. Aproveite para ir perder o fôlego com as vistas dos muitos miradouros da região, como o de São Leonardo da Galafura, Casal de Loivos, entre muitos outros. Mas não abuse. Há vários pontos de interesse turísticos e é possível percorrê-los de elétrico (Lisboa) Vila Real Alijó Pinhão Santa Marta de Penaguião Peso da Régua Ribeira de Pena Carregador Normal (até 7.0kW, exc.) LEGENDA Carregador Normal (7.0 a 30.0kW, inc.) Carregador Rápido (30.0 a 70.0kW, inc.) Carregador Super Rápido (> 70.0kW) N.º de postos de uma categoria, numa det. área 0 4 3 8 2 18

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Tal como Lisboa, o Porto tem um enorme rol de postos de carregamentos, permitindo organizar umas férias tendo aquela cidade como centro de operações e chegar a destinos que não distem mais de 200 km de distância, de forma a ir e voltar com margem suciente para algum imprevisto. Tal permite ir passear a norte, para Braga, Viana do Castelo, ou mesmo a Caminha, mas também a sul, para Aveiro, ou Vila Real, a leste. O Porto só é eletricamente ultrapassado pelos mil postos registados em Lisboa Se a ideia é car pelo centro da cidade, estar de carro elétrico ou de motor a combustão torna-se perfeitamente indiferente. É com facilidade que se consegue estar cerca de 40 minutos num carregador rápido e ter por perto uma esplanada ou um ponto de interesse que permita ocupar esse tempo em tom de férias. Com 421 postos assinalados, boa parte deles de carregamento rápido ou super-rápido, o Porto só é eletricamente ultrapassado pelos mil postos registados em Lisboa. Cheio de energia para umas férias descansadas PORTO (Lisboa) Aveiro Porto Vila do Conde Viana do Castelo Caminha Braga Vila Real Carregador Normal (até 7.0kW, exc.) LEGENDA Carregador Normal (7.0 a 30.0kW, inc.) Carregador Rápido (30.0 a 70.0kW, inc.) Carregador Super Rápido (> 70.0kW) N.º de postos de uma categoria, numa det. área 0 Zona metropolitana do Porto +400 4 3 6 4 3 7 8 8 13 6 7 7 6 11 20

Seja a combustão ou elétrico, há sempre um conjunto de questões que deve veri car Como ler a pressão dos pneus As indicações sobre a pressão recomendada para os pneus do seu veículo podem ser encontradas na tampa do depósito de combustível, no manual do veículo ou na porta do condutor. Há duas indicações diferentes: a primeira diz respeito a um veículo em carga normal, a segunda a um veículo carregado. Os valores indicados podem estar em PSI (pound force per square inch – libra-força por polegada quadrada) ou em Bar (1 bar = 14,5 PSI) É importante verificar os pneus a frio, ou seja, com menos de 5 km percorridos nas 2 a 3 últimas horas. Se não tiver opção e os pneus já estiverem quentes, deverá acrescentar 0.3 bar à pressão indicada. Nesses casos recomenda-se reverificar a pressão dos pneus frios. Cabos de carregamento Nos postos públicos há sempre um cabo para fazer a ligação ao automóvel, mas convém ter sempre à mão os cabos que acompanham o veículo de forma a poder contornar um imprevisto ou aproveitar uma wallbox. Autonomias Ao contrário dos carros a combustão, andar em autoestrada aumenta tendencialmente os consumos dos carros elétricos, devido às velocidades serem mais elevadas, ao passo que andar na cidade reduz o consumo, pela razão inversa. Mas também há outros fatores a ter em conta, como o uso intenso do ar condicionado, as elevadas temperaturas exteriores e mesmo a carga transportada. Cartões de carregamento Pode acontecer os cartões deixarem de funcionar, o que é muito mau quando deles se depende exclusivamente para carregar nos postos públicos. Deve sempre fazer um teste antes da partida ou usar uma aplicação. Faróis e lâmpadas Conƒra o funcionamento de todas as luzes do veículo antes de viajar. Uma atitude simples que previne uma “dor de cabeça” na estrada. Pressão dos pneus Seja qual for o tipo de motorização do automóvel, é condição essencial de segurança ter os valores da pressão de pneus devidamente ajustados Check-list 21

Novo serviço de teleassistência São muitas as ocasiões em que o carro não abre, não pega ou acende luzes desconhecidas. A pensar nestas situações, o ACP tem agora um serviço de assistência em viagem por videochamada O objetivo é o de conseguir dar rápida resposta a um conjunto de situações que podem ser resolvidas por telefone, mas com a vantagem de haver imagem que permite ao mecânico identi car de imediato o problema. E mesmo que por alguma razão o problema não possa ser resolvido numa videochamada, ca sempre feita a triagem que permite decidir qual o melhor maior de apoio, se um carro-o cina, se um reboque. Para aceder a este serviço basta ter um smartphone. ACP inaugura serviço de reboques-oficina Novas pick-up da Assistência em Viagem são mais ágeis e versáteis no apoio ao sócio O ACP conta com um novo serviço de assistência em viagem mais rápido de assistência mais exigentes. Mas esta não é a única característica inovadora. As novas viaturas prestam serviço de desempanagem, à semelhança da restante frota de carros-o cina do ACP, mas com a particularidade de, em caso de insucesso na tentativa de desempanagem, a viatura do sócio pode ser imediatamente rebocada, sem novos compassos de espera por um reboque. Esta era uma necessidade que a que o ACP já queria dar resposta. Com o novo serviço a e ciência no terreno é maior e o tempo de resposta mais rápido. Um serviço para já disponível no Porto e em Lisboa. Ideais para garagens de difícil acesso ou em locais mais apertados e e caz. As novas pick-up permitem rebocar de imediato os carros caso seja necessário, sem constrangimentos de espaço, como garagens de difícil acesso ou locais mais apertados, uma novidade que dá resposta às missões 22

Mais de 58 referências, cobrindo cerca de 95% do mercado Verifique a bateria do seu carro Serviço de Bateria ACP • Equipa especializada e dedicada ao serviço de bateria 24h por dia • Utiliza os equipamentos de diagnóstico à bateria mais avançados do mercado • Teste completo à bateria, alternador e motor de arranque • Diagnóstico, substituição e vericação e no local. Baterias ACP Ultra • Qualidade de primeiro equipamento • Tecnologia Start/Stop, AGM e EFB, para além das tradicionais baterias chumbo/ácido • Baterias para todo o tipo de veículos, clássicos, Start/Stop, Híbridos, Plug-ine Elétricos • Baterias Auxiliares e conforto • Baterias para motos, tradicionais sem manutenção, AGM, Gel • Produzidas pelo fabricante Banner. A preparação do automóvel para o tempo quente é tão importante como para o Inverno. As temperaturas elevadas aumentam as reações químicas e a probabilidade de uma possível avaria, sendo uma das principais causas para chamar a Assistência em Viagem 23

Um sócio queixa-se de ter o identi cador da Via Verde devidamente associado a uma matrícula e a funcionar de forma correta, mas acabou por ter de pagar custos administrativos por falta de pagamento numa ex-SCUT O espanto de José Montalvão Figueiredo, sócio 251776, foi grande quando começou a receber noticações da Ascendi por falta de pagamento de portagens numa das ex-Scut gerida por aquela concessionária. Desde 2014 que tem a matrícula associada ao identicador da Via Verde, mas começou a receber ordens de pagamento de portagens em atraso com valores oito vezes superiores ao custo da passagem efetuada, devido aos custos administrativos. Uma situação que se foi repetindo e que este sócio só mais tarde descobriu. Em causa estaria uma falha de funcionamento do identicador. Ordens de pagamento eram oito vezes superiores ao custo da passagem efetuada Depois de ter reclamado para a Via Verde, lembrando àquela gestora que a matrícula estava devidamente associada ao identicador e que essa associação é condição obrigatória para celebrar o contrato com a Via Verde, José Montalvão Figueiredo, recebeu a seguinte resposta: “A nossa atividade encontra-se no âmbito da prestação de serviços de gestão de sistemas eletrónicos de cobrança com recurso ao identicador, sendo que apenas processa para débito as transações enviadas pelas Concessionárias, não intervindo nas mesmas. Assim, informamos que desconhecemos o motivo que deu origem à Noticação por si rececionada. De todo o modo, podemos desde já informar que a matrícula (…), no período de 05/01/2022 a 07/03/2022, não se encontrava associada a um identicador válido”. Mas Via Verde acrescenta: “dada a noticação recebida tratar-se de um processo de contraordenação, é imperativo que dê resposta por escrito à respetiva Concessionária, uma vez que, apenas desta forma, a resposta do noticado produz efeitos legais para recorrer do estipulado no referido processo de contraordenação. A resposta à Concessionária, deverá ser remetida para os contactos que são mencionados na Noticação, e aconselhamos que se identique como Cliente Via Verde". Consultada a Associação Portuguesa das Sociedades Concessionárias de Autoestradas ou Pontes com Portagens, a análise é a de que “parece poder haver um período em que o identicador não esteve ativo e aí obviamente são devidas taxas administrativas, uma vez que o controlo de passagens deixou de ser automático e teve de ser feito manualmente por operadores de portagem com recurso à visualização de matrículas e sua validação na Conservatória do Registo Automóvel. APCAP alega hipótese de inatividade do identificador para justificar a situação Neste caso são devidas taxas administrativas nos termos da lei.” José Montalvão Figueiredo, questiona o “comportamento da Via Verde (…), pois aproveita as vantagens do negócio que criou, sem se mostrar disposta a assumir as consequências do incumprimento (por motivos técnicos ou outros) do contratado”. Falhas no identificador da Via Verde podem resultar em custos administrativos 24

Carros novos muito mais seguros Do limitador de velocidade à travagem autónoma de emergência, são 11 os sistemas de segurança que passaram a ser obrigatórios em todos os carros à venda na União Europeia Um carro que limita a velocidade conforme os sinais de trânsito, uns travões que atuam sozinhos em caso de emergência e a pré-instalação de um alcoolímetro que pode bloquear a ignição do automóvel são alguns dos sistemas que se tornaram obrigatórios desde 6 de julho, por decisão da Comissão Europeia, estimando que estas medidas ajudem a salvar mais de 25 mil vidas e a evitar pelo menos 140 mil feridos graves até 2038. A medida abrange os automóveis novos, mas os modelos que se encontrem em comercialização têm um período de dois anos para estar em conformidade com novo regulamento. Originalmente este novo regulamento deveria ter-se tornado obrigatório em 2021, mas foi adiado por um ano. Quanto aos sistemas que passam a ser obrigatórios, alguns já são conhecidos, mas outros são novidades. Modelos em comercialização têm mais dois anos para estar em conformidade A pré-instalação de alcoolímetro é dos mais surpreendentes, mas há outros, como o limitador de velocidade ou o sistema de registo de dados, conhecido como «caixa negra», que levantam mais dúvidas, tanto de e’cácia como de privacidade. E, na verdade, um deles, o crash-test frontal, não é propriamente um sistema, mas sim a atualização dos critérios de certi’cação europeus. Assistente inteligente de velocidade Assistente de manutenção na faixa de rodagem Atualização do Crash-test frontal (toda a largura do veículo) e cintos de segurança melhorados Câmera traseira ou sistema de deteção Detetor de Sonolência e Distração Pré-instalação Alcoolímetro bloqueador de ignição Proteção dos ocupantes (impactos contra poste) Registo de dados em caso de acidentes (caixa negra) Sistema de Paragem de Emergência Travagem autónoma de emergência Zona de impacto da cabeça alargada para peões e ciclistas, e vidro de segurança 25

26 Os ministros do Ambiente aprovaram em Conselho Europeu o uso de combustíveis alternativos a partir de 2035 como alternativa à mobilidade elétrica imposta pelos ambientalistas mais radicais. Abre-se, assim, uma porta a mais soluções válidas para atingir o objetivo de reduzir 55% das emissões, definido pela Comissão Europeia. Esta foi a principal novidade deste Conselho Europeu, em que a Alemanha, o quarto maior produtor mundial de automóveis, conseguiu incluir na proposta final os combustíveis alternativos, uma medida há muito defendida pelo ACP, membro fundador da Plataforma para a Promoção de Combustíveis de Baixo Carbono. Com emissões residuais, não obrigam a trocar de carro e estão aptos a abastecer qualquer viatura Com os combustíveis alternativos as emissões tornam-se residuais, a obrigatoriedade de comprar carro elétrico (mais caros e com menor autonomia) a partir de 2035 deixa de existir e a atual infraestrutura de abastecimento de combustível mantém-se na íntegra, sem necessidades de gastar Combustíveis alternativos integram solução para 2035 milhares de milhões de euros a dotar a União Europeia de carregadores de elétricos. Biocombustíveis e combustíveis sintéticos passaram a ser considerados como alternativa à mobilidade elétrica na redução das emissões, sem obrigar a mudar de automóvel ou a ter de construir postos de carregamentos O que são combustíveis alternativos? A ideia é produzir uma molécula igual à dos atuais combustíveis, mas de emissões residuais. Podem ser de origem biológica, caso dos biocombustíveis, que já são incorporados nos atuais combustíveis fósseis, ou de origem sintética, que passa pela captura do CO2 na atmosfera, misturar com hidrogénio, de preferência verde (a partir de energia renovável). "A proposta inicial da Comissão Europeia excluia em termos práticos os motores a combustão, mas há consciência de que não é um caminho fácil e por isso vai ter de fazer um estudo em 2026 sobre o impacto económico daquela medida, mas também da

27 possibilidade do uso de combustíveis de baixo carbono, sintéticos ou de origem biológica", defendeu António Comprido, da Apetro, membro da mesma plataforma. Segundo Jaime Braga, da Associação Portuguesa de Produtores de Biocombustíveis, "os biocombustíveis misturam-se em qualquer proporção e, no limite, podem substituir os combustíveis líquidos de origem fóssil sem qualquer necessidade de novas infraestruturas ou uma logística diferente de abastecimento de outros veículos e, ainda, de alteração de rotinas e de hábitos para os condutores". Na Europa, existem 300 milhões de carros a combustão Na Europa existem mais de 300 milhões de veículos ligeiros a combustão e, para e-Fuel Alliance, uma associação que junta mais de 180 empresas e se dedica ao desenvolvimento e promoção dos combustíveis sintéticos, "é excelente que a porta esteja agora aberta e agradecemos também ao Governo português ter tomado posição nesta matéria", afirmou Tobias Block. Para este responsável, já há bons sinais como a parceria entre a Porsche e a Exxon que vai resultar na produção de 50 milhões de litros de combustíveis sintéticos no sul do Chile. A produção em larga escala vai esmagar os custos e permitir preços na ordem de 1 euro por litro ao consumidor, defende a e-Fuel Alliance. Os biocombustíveis continuam ainda hoje a ser a forma concreta de realizar a solução para a descarbonização dos transportes, tal como o têm demonstrado desde o início deste século. Têm uma presença discreta, real e permanente no gasóleo e na gasolina que todos consumimos, mas a seu favor o facto de serem responsáveis por 90% da energia não-fóssil consumida nos transportes. Os biocombustíveis continuam a ser a forma conreta de realizar a descarbonização dos transportes Para que se entenda claramente qual a sua origem, importa saber que mais de 70% provêm das diversas matérias residuais, consistindo a maior parte dos restantes 30% em derivados de óleos vegetais que, na sua obtenção, proporcionaram a existência de uma muito maior quantidade de farinhas essenciais à alimentação animal (designadamente de soja e de colza) de que o país tanto carece. Há que dizer ainda que esses resíduos, na sua parcela nacional, agora muito valorizados, não eram aproveitados e, alguns, nem sequer recolhidos. Esgoto e aterro eram os seus destinos, uma situação que os biocombustíveis vieram alterar substancialmente para melhor do ponto de vista ambiental. Para a descarbonização dos transportes estão agora a ser consideradas muitas opções, nomeadamente a eletrificação, as pilhas de combustível e as muitas possibilidades de produção de combustíveis sintéticos com base em matérias residuais e hidrogénio. Somos da opinião de que todas as possibilidades atrás indicadas serão necessárias para se atingir tal objetivo, quer pela dimensão do desafio, quer pelos custos envolvidos no desenvolvimento das tecnologias por amadurecer e pela necessidade de novas e dispendiosas infraestruturas, mas, sobretudo, pela acessibilidade para muitos consumidores a algumas das novas tecnologias. São um elo vital para as várias cadeias de valor indispensáveis ao equilíbrio económico do País Os biocombustíveis, hoje uma opção reconhecidamente sustentável e economicamente viável, podem, e devem, aumentar a sua quota na solução deste problema; Portugal tem capacidade para a sua produção e são elo vital para várias cadeias de valor indispensáveis ao equilíbrio económico e ao abastecimento do País, designadamente a alimentação animal e a valorização de resíduos obrigatória por compromissos europeus e, também, a exigência de um ambiente saudável. • ENG.º JAIME BRAGA Secretário-Geral da APPB - Associação Portuguesa de Produtores de Biocombustíveis Biocombustíveis: Uma opção viável e sustentável Exceção para os supercarros Vão estar autorizados a manter os motores de elevadas emissões já depois de 2035, pois os construtores com vendas inferiores a 10 mil unidades podem negociar objetivos específicos de CO2 até 2041.

28 Foi apresentado em 2014, já vendeu mais de um milhão de unidades e é o Lexus mais vendido na Europa e agora oferece duas opções, o 350h, um híbrido normal, e o 450h+, um híbrido plug-in que se liga por cabo à eletricidade. Maior e mais alto o NX mede agora 4,66 m de comprimento 1,86 m de largura, dimensões próximas de modelos como o Volvo XC 60, o BMW X3 ou ainda o Audi Q5. O design exterior mantém uma grelha na frente bastante agressiva que marca o perfil da marca. Os faróis LED rasgam os dois cantos e as suas linhas são bastante acentuadas. Conseguimos ver todos os detalhes do carro principalmente em cores mais escuras como o verdemusgo da viatura de ensaio. A traseira foi a parte que sofreu mais alterações nesta segunda geração, tem um farol LED que acompanha todo o portão e recebeu um emblema redesenhado da Lexus. A capacidade de carga é um ponto positivo, com 521 litros este apresenta uma bagageira superior aos concorrentes e se rebatermos os bancos traseiros ficamos com mais de 1400 litros de capacidade. Totalmente pensado para a Europa, está maior e mais espaçoso Ao Volante do Lexus NX 450h+ A segunda geração do NX está maior e provou ser ainda mais e ciente com a nova versão híbrida plug-in

29 A distância entre eixos cresceu apenas três centímetros, mas foi o suficiente para redesenhar todo o interior. Nos lugares da frente toda a nova tecnologia é funcional e simples de utilizar, relativamente aos materiais no habitáculo são de elevada qualidade e bem acabados. O espaço nos bancos traseiros aumentou, que juntamente com a suspensão suave lhe garantem um conforto superior a alguns concorrentes. Recebeu agora um painel de instrumentos totalmente digital e de grande visibilidade, complementado com um ecrã na consola central com 14 polegadas. Sempre preocupado com a segurança de quem está dentro e fora do carro o NX oferece vários sistemas de segurança e ajuda ao condutor, como o head-up display de 10 polegadas, o sistema de pré-colisão ou ainda o assistente de direção de emergência que lhe garantiram cinco estrelas nos testes da Euro NCAP. Relativamente ao motor o modelo utiliza um bloco de 2.5 litros a gasolina com quatro cilindros em linha que produz 185 cv e juntamente com os dois motores elétricos alcança mais de 300 cv. O sistema híbrido é bastante eficiente e torna-se possível fazer médias inferiores aos 3,5 l/100 km, em cidade e mesmo sem a ajuda da bateria consome apenas 6 l/100 km, algo fascinante para a sua classe. No modo desportivo, com conduções mais animadas, os números aumentam e o consumo sobe para os 8 l/100 km, lembrando que se trata de SUV capaz de cumprir a aceleração dos 0 aos 100 km/h em apenas 5,5 segundos. É de salientar ainda que em totalmente elétrico o NX consegue percorrer quase 70 km sem ajuda do motor a combustão. Relativamente aos preços em Portugal começam nos 71.522 euros. O novo NX é um exemplo de potência e eficiência energética

30 Ariya O futuro eletri cado da Nissan passa pelo novo Ariya, que chega em nais de agosto e propõe novas experiências de condução Um silêncio total a bordo e uma condução intuitiva e e caz tornam o novo Nissan Ariya num 100% elétrico capaz de dar continuidade aos sucessos alcançados pela marca nos segmentos SUV e Crossover. Se a Nissan foi pioneira na moda SUV com o Qashqai, e entre os primeiros veículos elétricos com o Leaf, o novo Ariya assume essa responsabilidade, garantindo novas e ciências. O modelo que vai de nir o futuro eletri cado da Nissan, mostra um design dinâmico, robustez, inúmeros detalhes e uma precisão de condução assinalável. As proporções de um crossover não enganam. Ao abrir as portas, encontra-se espaço de um segmento superior e um ambiente minimalista, mas onde tudo é intuitivo. Concebido a partir da plataforma comum da “Aliança”, o Ariya chega com dois motores elétricos (63 e 87 kWh) e tração 4x2, sendo esperada para o nal do ano a versão “e4orce” com tração às quatro rodas. Com os mais recentes sistemas de segurança e assistência à condução, o novo elétrico da Nissan é exclusivamente , fabricado no Japão, esperando-se que a capacidade de resposta em termos de produção, possa satisfazer as necessidades do mercado europeu. As primeiras unidades devem começar a ser entregues em setembro, com preços a partir dos 49.200€. Design dinâmico, robustez e uma precisão de condução assinalável LANÇAMENTOS Nissan com três novidades eletrificadas em direção ao futuro Juke Hybrid Chegou o momento de eletri car o pequeno SUV da Nissan O primeiro Juke nasceu em 2010 e com ele uma forma diferente de assumir a moda SUV. Se a Nissan foi a responsável por esta tendência do mercado com o lançamento do Qashqai em 2006, uns anos mais tarde a marca criou um modelo mais irreverente, que viria a conquistar uma importante faixa do mercado. Agora o Juke abraçou a tecnologia híbrida, com novo motor a gasolina de 1,6 litros, motor elétrico e uma potência combinada de 143 cv, com uma caixa de velocidades multimodal que privilegia a e ciência na atuação da tecnologia híbrida. Tecnologias de conetividade da mais recente geração, com destaque para o “Nissan Inteligent Mobility e Conect

31 Services” dão ao novo Juke um carácter próprio e atualizado. Em termos de condução, a tecnologia híbrida mostra-se bastante e caz, tal como a combinação com a caixa de velocidades multimodal que oferece 23 combinações deferentes nas formas de condução. Gerir a necessária transição energética é o objetivo O Juke Hybrid já está disponível para encomenda, com preços de venda a público a partir de 32.700 euros para a versão N-Connecta. A N-Design estará disponível a partir dos 33.800€ e a Tekna a partir dos 35.100€. Uma versão “Premier Edition”, apenas com 135 unidades para Portugal irá custar 34.000€. Qashqai e-Power Mudar as regras dos SUV com o Qashqai mais evoluído Sem ser necessário ligar à corrente, o novo e-Power é o Qashqai mais eletri cado de sempre, abrindo-se uma nova e única tecnologia para o tipo de energia considerada ideal para muitos, uma vez que a mobilidade elétrica requer tempo para a transição. Com um motor de combustão a gasolina de 1,5 litros, o Qashqai e-Power utiliza também um motor elétrico, sendo possível percorrer distâncias consideráveis em modo exclusivamente elétrico, quando o motor a combustão desliga. Com tecnologia de compressão variável e um binário sempre disponível, o Qashqai e-Power consegue assinalável economia de combustível (cerca de menos 20% que a versão Mild Hybrid), demonstrando também uma dinâmica de condução assinalável. SUV mais famoso da Nissan reforça proposta eletrificada O popular modelo representa ainda hoje cerca de 20% das vendas Nissan, sendo previsível que as primeiras unidades sejam entregues em setembro. Sem incluir campanhas, os preços vão oscilar entre os 42.800 e os 48.750 euros. Nissan Ariya, Nissan Juke Hybrid Nissan Juke Hybrid

32 A 3ª geração do modelo respira potência através de motores e cientes e muita tecnologia Com duas motorizações híbridas PHEV e ainda um bloco diesel Mild Hybrid, o novo Range Rover Sport impressiona primeiro através de um design robusto e marcante, mas abrindo as portas há outros encantos que cativam as atenções dos seus ocupantes. Prometendo uma condução dinâmica e desportiva, apesar das suas grandes dimensões, o Range Rover Sport é um verdadeiro armazém de tecnologias que o tornam uma referência de e cácia em qualquer tipo de terreno. Este é o Range Rover mais dinâmico e capaz de sempre Um 4x4 e ciente em todos os tipos de utilização, aponta agora para sistemas de motores e transmissões cada vez mais e cientes, com a tecnologia híbrida a assumir um papel especialmente importante. Uma suspensão Range Rover Sport através de uma 3ª geração que oferece duas motorizações híbridas PHEV, baseadas num motor a gasolina de 3,0 litros que pode oferecer 440 cv ou 510 cv. Continua a existir a opção diesel (D 300), agora com um e caz sistema MHEV (Mild Hybrid) que conta com um motor 3.0 D de 300 cv e um binário de 650 Nm. Já há preços para Portugal, com a opção diesel a estar disponível a partir dos 134.614€, enquanto os PHEV arrancam nos 107.232€ para aversão de 440 cv e nos 146,826€ para a mais potente de 510 cv. pneumática dinâmica proporciona um comportamento mais preciso, apoiado num controlo de chassis integrado e num novo modo de condução que sublinha as capacidades deste Range Rover Sport. Fácil e ágil em qualquer tipo de manobra, a capacidade TT continua a ser excecional. No interior, o ambiente é cativante e a alta qualidade dos materiais está ao nível do que é habitual na marca. Conectividade de última geração, um e caz sistema de puri cação do ar no interior, o modelo está mais competente para abraçar uma nova vida

34 Herança da marca de luxo francesa salienta a arte de viajar com estilo e conforto Um automóvel que se atreve a ser diferente, destacando design, estilo e inúmeros detalhes. Em termos dinâmicos a tecnologia E-Tense salienta as performances dos motores híbridos plug-in com potências de 225 cv (4x2) e os mais potentes com 300 e 360 cavalos e tração às quatro rodas. Com uma autonomia totalmente elétrica de 65 km, que pode ir até aos 81 km em condução citadina, o novo DS 7 é herdeiro dos pormenores que caracterizaram o DS 7 Crossback e eleva à máxima potência as novas tecnologias do construtor. Uma combinação perfeita entre requinte e tecnologia Suspensão ativa, reconhecimento do tipo de piso e um e caz “DS Drive Assist”, são apenas alguns dos benefícios tecnológicos do novo DS 7. Combinar re namento com tecnologia é um dos DS 7 segredos da marca que no interior exibe equipamento requintado e luxuoso, criando um ambiente único e extremamente confortável. Em termos dinâmicos, a performance é proveniente do “laboratório” da Fórmula E, onde a marca alcançou diversos êxitos. O DS 7 E-Tense 225 dispõe de um motor a gasolina PureTech 180 e de um motor elétrico de 110 cavalos de potência, acoplados a uma caixa automática de oito velocidades, sendo proposto com tração às duas rodas. A versão 4x4 com 300 cv e o novo DS 7 E-Tense 4x4 de 360 cv introduzem a tração às quatro rodas com um motor PureTech 200, com motores elétricos de 110 e 112 cavalos de potência em cada um dos eixos. A versão 360 conta com a nação especí ca da DS Performance. Uma nova bateria de 14,2 kWh permite percorrer até 65 quilómetros com zero emissões no ciclo misto WLTP e até 81 quilómetros no ciclo urbano. O tempo de carregamento é de cerca de duas horas a 7,4 kW.

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