Revista ACP julho

26 Os ministros do Ambiente aprovaram em Conselho Europeu o uso de combustíveis alternativos a partir de 2035 como alternativa à mobilidade elétrica imposta pelos ambientalistas mais radicais. Abre-se, assim, uma porta a mais soluções válidas para atingir o objetivo de reduzir 55% das emissões, definido pela Comissão Europeia. Esta foi a principal novidade deste Conselho Europeu, em que a Alemanha, o quarto maior produtor mundial de automóveis, conseguiu incluir na proposta final os combustíveis alternativos, uma medida há muito defendida pelo ACP, membro fundador da Plataforma para a Promoção de Combustíveis de Baixo Carbono. Com emissões residuais, não obrigam a trocar de carro e estão aptos a abastecer qualquer viatura Com os combustíveis alternativos as emissões tornam-se residuais, a obrigatoriedade de comprar carro elétrico (mais caros e com menor autonomia) a partir de 2035 deixa de existir e a atual infraestrutura de abastecimento de combustível mantém-se na íntegra, sem necessidades de gastar Combustíveis alternativos integram solução para 2035 milhares de milhões de euros a dotar a União Europeia de carregadores de elétricos. Biocombustíveis e combustíveis sintéticos passaram a ser considerados como alternativa à mobilidade elétrica na redução das emissões, sem obrigar a mudar de automóvel ou a ter de construir postos de carregamentos O que são combustíveis alternativos? A ideia é produzir uma molécula igual à dos atuais combustíveis, mas de emissões residuais. Podem ser de origem biológica, caso dos biocombustíveis, que já são incorporados nos atuais combustíveis fósseis, ou de origem sintética, que passa pela captura do CO2 na atmosfera, misturar com hidrogénio, de preferência verde (a partir de energia renovável). "A proposta inicial da Comissão Europeia excluia em termos práticos os motores a combustão, mas há consciência de que não é um caminho fácil e por isso vai ter de fazer um estudo em 2026 sobre o impacto económico daquela medida, mas também da

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