Revista ACP julho

7 e mais 3000 elétricos, o equivalente a um aumento de 66% nas vendas. Com estes resultados, a quota de mercado em Portugal dos elétricos quase duplica face ao ano passado, saltando de 5,8% para 10,1%. 10,1% Quota de mercado dos carros elétricos, em Portugal Apesar do entusiamo que estes números podem provocar, a verdade é que existem apenas 26.500 elétricos a circular em Portugal, segundo os dados de 2020 revelados este ano pela Associação Europeia de Construtores de Automóveis (ACEA). Em termos proporcionais, os elétricos representam apenas 0,5% do parque automóvel nacional, que conta com 5,3 milhões de veículos a circular, uma percentagem em linha com a média europeia. Recarregar as baterias é uma das metáforas mais recorrentes para descrever os objetivos das férias. A ideia do descanso, do andar sem complicações, seja de chinelo no pé para chegar àquela praia recôndita, seja com a melhor toilet para aquele sunset de gente gira e boa música, é o grande objetivo que une milhões de pessoas no verão. Mas se nesse descanso o meio de transporte for o carro elétrico então as férias podem converter-se simplesmente no carregar a bateria. Houve uma imagem que marcou o ’m de semana alargado dos Santos Populares e que deixou antever um dos principais constrangimentos numas férias de elétrico. Com o calendário a permitir um ’m de semana encostado a dois feriados nos concelhos que celebram o Santo António, milhares de pessoas aproveitaram as mini-férias. A fila de elétricos para o posto de carregamento numa área de serviço tornou-se viral Entretanto, nas redes sociais espalha-se, como fogo na pradaria, a fotogra’a de dezenas de Tesla em ’la à espera de vaga nos 10 supercarregadores existentes na área de serviço de Alcácer do Sal. Uma imagem que resume bem a pressão que as férias colocam em determinadas regiões turísticas. Uma análise ao comportamento dos carros elétricos nas vendas de automóveis em Portugal revela que este tipo de mobilidade está, indiscutivelmente, a ocupar o seu lugar. Nos primeiros seis meses de 2022, os números geram um enorme otimismo: comparando com o período homólogo de 2021, venderam-se menos seis mil carros a gasolina, menos seis mil com motor a gasóleo Para perceber os receios dos utilizadores de carros elétricos, o ACP pôs-se à estrada e visitou um conjunto de locais, de norte a sul do País, que permitem umas férias para quase todos os gostos. Se, por exemplo, numa grande cidade como o Porto o drama de carregar o elétrico praticamente não se coloca, já visitar regiões como o Douro Superior ou a Costa Vicentina é como ter mais um ’lho pequenino à nossa responsabilidade, em que a falta de autonomia obriga a programar muito bem as “refeições” e os caminhos que percorrem. O mesmo se pode dizer do centro de Portugal, onde chega a haver faixas do litoral sem um único posto público em mais de 100 km de zona costeira. Seja em férias ou em trabalho, os carregamentos são um dos principais problemas para quem adquire um elétrico, não só pelas muitas limitações no tempo necessário para ter a bateria carregada, como pela fraca disponibilidade de postos.

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