No final do século XIX e início do
século XX, os veículos elétricos
rivalizavam em termos de vendas com
os veículos a vapor e os de combustão
interna. Para sermos mais concretos,
no início de 1900 até havia mais
veículos elétricos a serem vendidos
nos Estados Unidos do que de
qualquer outro tipo, muito por causa
das suas vantagens: eram silenciosos,
não exigiam grandes conhecimentos,
como ter de mexer em manivelas,
embraiagens ou caixas de velocidade;
e a sua autonomia limitada não
constituía problema pois
A LUTA PELA AUTONOMIA
ESTÁ CHEIA DE ENERGIA
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MAR
I 2017
eram usados para curtas viagens. Mas
o advento da exploração petrolífera,a
que se soma a introdução do motor de
arranque elétrico e ainda a produção
em série desenvolvida por Henry Ford,
tornaram os carros com motores de
combustão interna mais práticos mas,
sobretudo, mais baratos e acessíveis.
A consequência foi que a mobilidade
elétrica passou grande parte do século
XX remetida para o limbo da História,
ou, se preferirem, resumida aos
campos de golfe. Mas os últimos sete
anos foram de renascimento para
os veículos elétricos. Em causa
estão vários fatores como grandes
avanços tecnológicos, necessidadede
reduzir emissões e ainda incentivos
governamentais.
Mesmo assim, o desempenho
comercial dos veículos elétricos
continua bastante modesto, para já.
Desde 2010, o Nissan Leaf só vendeu
230 mil unidaddes e é o veículo
elétrico mais vendido em todo
o mundo.
Os relatórios sobre o mercado
automóvel global são consensuais
ao afirmar que os elétricos ocupam
apenas uma quota de 0,6% das vendas
Ter mais energia sem aumentar o tamanho e peso das baterias
é o grande desafio, que parece estar a ser conquistado:
em quatro anos a autonomia já é o dobro