O Automóvel Club de Portugal voltou a organizar uma
partida de Lisboa do Rallye de Monte Carlo Histórico,
em janeiro, retomando assim uma tradição que teve lugar
entre 1960 e 1972, a convite do Automóvel Club
do Mónaco, organizador da prova.
Foi o reviver dos tempos gloriosos do desporto automóvel
no centro de Lisboa, com a Rua Rosa Araújo, onde fica
a sede do clube, a receber de novo os concorrentes desta
prova: "estamos muito orgulhosos por retomar esta
tradição e os concorrentes ficaram muito satisfeitos
com o acolhimento que tiveram e até já contamos ter em
2018 o dobro dos 16 carros que saíram em 2017", revelou
o presidente do Automóvel Club de Portugal, Carlos
Barbosa. Também William Richie, do Automóvel Clube
do Mónaco, considerou esta partida "um verdadeiro
sucesso e seria muito bom haver mais carros para o ano
pois as boas-vindas em Lisboa foram fantásticas".
No lote dos concorrentes que partiram de Lisboa para
percorrer os 2212 quilómetros até ao Mónaco
a diversidade era a palavra-chave, não só porque
a antiguidade das viaturas ia desde 1950 até 1980, como
havia pilotos que eram veteranos e outros verdadeiros
estreantes em qualquer tipo de provas desportivas.
E até uma equipa de 'chefs' verdadeiramente à francesa
integrou o lote de concorrentes, com a particularidade
de já terem participado em nove das 20 edições deste
Rallye de Monte Carlo Histórico.
António Peixinho, um dos maiores pilotos da história
do automobilismo lembra-se bem dessa época em que
Lisboa era um dos pontos de partida do rali. “Participei
na edição do rali em 1969 com o Henrique Burnay Bastos
num Mini Cooper S, mas acabámos por desistir”, afirma
o ex-piloto que recorda esses tempos do automobilismo
“muito diferentes daquilo que são hoje mas que vale
a pena recordar também pelo espírito desportivo e de
amizade que se vivia nessa época que realmente foi
dourada para o desporto automóvel até pelos vários
patrocínios de que dispúnhamos, como os da Sacor”.
ACP RETOMA TRADIÇÃO E DÁ A PARTIDA
DO RALLYE DE MONTE CARLO HISTÓRICO
28
MAR
I 2017