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20

MAR

I 2017

"Isto está muito bonito para quem anda a pé

e as obras ficaram boas para quem vai lá de

baixo (Marquês) e segue em frente (Campo

Grande), mas para aqueles que têm de parar

aqui na zona isto ficou um desespero". É

Leonilde Malhão, 56 anos de vida, 33 deles

passados num quiosque na Avenida da

República quase a chegar ao Saldanha,

quem melhor resume o sentimento geral

sobre o pós-obras no Eixo Central, que

durante nove meses infernizaram a vida

aos automobilistas em Lisboa, provocando

o caos no trânsito de quase toda a cidade.

Leonilde desfia o seu rosário de queixas:

"havia muita gente que vinha aqui e deixou

de o fazer, tinha umas excelentes clientes

que vinham aqui sempre antes de entrar

na Pastelaria Versailles, mas com esta faixa

única deixaram de vir, deixou de haver

estacionamento rotativo, antes as coisas

eram mais ligeiras e fáceis".

Promessas não cumpridas

Estacionamento é a palavra-chave que une

as principais críticas às obras da Câmara

de Lisboa, uma questão que não pode

surpreender dado que foi um dos principais

temas de discussão, por vezes muito

acalorada, entre moradores e autarquia

ainda antes das obras arrancarem. De

acordo com o presidente da Associação de

Moradores das Avenidas Novas, José Soares,

"uma das principais razões que nos levou

a baixar a constestação já no decorrer das

Eixo Central sem

lugares para estacionar

A largura da faixa lateral

é também alvo de

muitas críticas

Apesar

de várias

tentativas,

a Câmara de

Lisboa não

respondeu,

até ao fecho

desta edição,

a nenhuma

das questões

levantadas

pelo ACP