Revista ACP março

52 Novos radares, controlo mais apertado Fernando Baptista, sócio 20730 A loucura pela obtenção de receitas, pelos nossos governantes, leva a que agora venham a ser instaladas mais umas dezenas de radares ultramodernos e muito †áveis, pensamos nós. E digo loucura mais pelas receitas a arrecadar do que pela preocupação pela segurança rodoviária, porque o Orçamento do Estado, não aprovado, referia um montante de receitas de muitos milhões de euros provenientes das multas previstas. Não sou contra a veri†cação e registo das velocidades onde, com critério, se atribuam limites máximos a não ultrapassar. Mas, atribuir o limite máximo de 50 km/h a vias como a Av. Lusíada é obsceno e com isso só se pretende multar! É extremamente difícil controlar esta velocidade a menos que se olhe permanentemente para o velocímetro, 50 km por hora é igual a 60 km/h pu mesmo até 70 km/h. Os veículos modernos são extremamente silenciosos e a velocidade nesses valores é muito difícil de reconhecer, sem se olhar atentamente para o velocímetro. Tanto mais, que a Av. Lusíada não tem muito trânsito, não há peões em (quase) todo o seu traçado, duas entradas e duas saídas – nada ali justi†ca a limitação de 50 km/h. A menos que… seja pelo Orçamento do Estado! Mas existem outros casos, como o da Av. Marechal Gomes da Costa ou a 2ª Circular, sentido IC19/Campo Grande. A seguir ao viaduto sobre os caminhos de ferro, em Ben†ca, 50 km/h. Mas, 300 metros à frente, o limite é de 80 km/h. Neste curto troço, lá está o radar “caçador”. Nesse mesmo local, existia antes outro radar assinalado para o controlo de 80 km/h. Só que este não era rentável para o Estado… Cais do Sodré virou terminal da Carris Álvaro dos Santos, sócio 78392 Frequento diariamente a Praça Duque da Terceira, mais conhecida como Cais do Sodré e é com algum espanto que veri†co que se tornou num verdadeiro terminal da Carris. Houve dias em que contei 12 autocarros, parados com os quatro piscas ligados, a fazerem tempo para iniciarem a próxima viagem. Ora, obviamente que congestionam de sobremaneira o trânsito, já de si difícil na zona. Escrevi à CML a pedir explicações e silêncio foi a resposta que obtive. Não esqueçamos que a Carris é uma empresa que lucra com tudo isto e que o Porto de Lisboa tem naquela área espaço mais que su†ciente para os autocarros estacionarem. A situação chegou ao cúmulo de uma vez um motorista da referida empresa parar o seu veículo na passadeira para peões, entre a CP a Transtejo, e ir à roulotte dos churros, enquanto todos nós desesperávamos. (Des)informação da existência de radares Jorge Sousa, sócio 15282 Determina o Dec. Lei 207/2005 de 29 de novembro, nomeadamente no seu artº 16º nº 1 o seguinte: “Para efeitos da aplicação do presente decreto-lei, as estradas e outros locais onde estejam ou venham a ser instalados meios de vigilância eletrónica †xos por parte das forças de segurança são assinalados com a informação, apenas, da sua existência.” Ora venho constatando (e constatará qualquer pessoa que por lá passe) que, pelo menos, na Av. Lusíada e na Radial de Ben†ca, ambas em Lisboa, não há qualquer sinal a indicar a existência de radares †xos de controlo de velocidade. Aqueles a quem incumbe †scalizar e fazer cumprir a lei, não deveriam ser os primeiros a cumpri-la? Prevenção (ou repressão) rodoviária Luís Catarino, sócio 51518 A desregulação rodoviária está patente na proliferação de todo o tipo de vias para todo o tipo de veículos, motorizados ou não, sem luzes, sem seguros, sem licenças ou cartas de condução, com condutores menores de idade, que desconhecem as mais elementares regras de circulação. Re†ro-me a bicicletas e/ou trotinetas, e outro tipo de veículos de duas rodas que se possam imaginar. A PSP e a GNR demitiram-se de fazer cumprir a lei? Se sim, como podermos responsabilizá-las em caso de acidente? Além de que o proliferar de regras tem uma consequência bem conhecida: o seu incumprimento por desconhecimento ou falta de compreensão. É uma política deliberadamente assumida pelas autoridades, esta de criar constantemente novas regras e sinalização para substituir as existentes? A prevenção rodoviária está a transformar-se em repressão rodoviária com o retorno da famosa “caça à multa”. Exemplos? Aqui em Envie as suas cartas para [email protected]

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