Revista ACP Dezembro 2020

53 “bimbos” aproveitaram para se porem na moda com as novas matrículas em carros velhos. Mais uma vez, di ! cultando a identi ! cação da idade do veículo e, logo, da IPO em dia. Uma autêntica aberração, não ter traços, nem ano de matrícula e, pior, ser extensível a carros anteriores a 2020. Os fabricantes de matrículas, os “bimbos” e os malandros agradecem... … um modelo em progresso ou retrocesso? João Amaral, sócio 24412 Temos assistido ao longo dos anos a diversas mudanças nas matrículas, desde fundo preto com letras brancas (matrícula não re " etora de luz), até fundo branco com letras pretas, re " etoras, a par da inclusão lateral do distintivo da União Europeia (fundo azul com estrelas em círculo) e de pequeno retângulo lateral à direita incluindo ano e mês de matrícula ou fabrico (algarismos pretos em fundo amarelo). Neste caso, comprovava- se que havia espaço para bastante informação, aproveitando todo o comprimento do retângulo da referida matrícula. Pode deduzir- se que esta evolução, além de se enquadrar no modelo europeu para uniformização, traduziu-se numa melhor visualização dos dados da matrícula, designadamente, durante a noite e a melhor identi ! cação a maior distância. Dado que as novas matrículas excluíram os traços ou pontos separando as letras e algarismos, assim como o miniretângulo lateral amarelo, indicativo do ano e mês de matrícula ou de (ex: AD23FS) ! cou espaço livre antes e depois do conjunto letras/algarismo, obtendo-se com este conjunto um aglomerado de mais difícil leitura e identi ! cação de letras e algarismos. Ocorre, pois, perguntar se este esquema melhora ou piora a capacidade de discriminação na leitura e identi ! cação da matrícula, em tempo breve, e ao longe. Claro que este esquema favorece os oportunistas, que ! cam em melhores condições de não serem identi ! cados em caso de infração, por exemplo. Ora, se assim acontece, com esta modalidade “moderna”, assistimos a um retrocesso, pois o caminho que tinha sido seguido anos antes era no sentido de facilitar a identi ! cação. Neste campo, as matrículas francesas, mais inteligentes, mantendo esquema idêntico com três letras centrais, mas letras e algarismos separados por traço, proporcionam melhor visibilidade (ex: AD – 235 – FS). Por outro lado, assiste-se a um fenómeno que considero algo insólito e denotando certa anarquia quanto a critérios. Trata-se de matrículas de viaturas anteriores a 2020 que, por imitação do critério, excluindo traços ou pontos separando letras e algarismos, dão origem a uma amálgama de letras e algarismos no centro da matrícula, havendo espaço livre, literalmente vazio, à direita e à esquerda, o que proporciona com maior di ! culdade de leitura e de identi ! cação. Pergunta-se: Porquê esta anarquia autorizada? Anarquia que perverte a ideia de facilitar a identi ! cação (ex: 70FH12) e facilita quem deseja fugir às responsabilidades em caso de infração. Anarquia e aberração! Penso que a situação atual merece ser reavaliada e corrigida com bom senso em consonância com a funcionalidade adequada duma matrícula de viatura. O ACP é a instituição mais credível de Portugal Aníbal Caldas, sócio 57182 Sempre que foi necessário contar com a assistência ao ACP, em qualquer dia e a qualquer hora, esta instituição correspondeu. Com prontidão, simpatia e competência. E, conhecendo-se razoavelmente bem o modus operandi cá da “pradaria”, o ACP é, sem sombra de pecado, o “irmão” que se deseja ter. Relativamente aos limites de velocidade, acho absolutamente estapafúrdio o conceito de que só a velocidade é causadora de problemas (e por isso mesmo punida), quando os “caracóis” que se metem à estrada, são potencialmente causadores das mais variadas situações de perigo e, por isso mesmo aplaudidos. Só os que andam na estrada, sem nada verem, é que podem estranhar a a ! rmação. Somos contra qualquer limite de velocidade. Esta deve ser responsável, calculada em função da qualidade da estrada, da qualidade do carro e do seu estado, e da capacidade para o conduzir. Mais do que arrecadar dinheiro para almofadar os Orçamentos de Estado, melhor seria que os políticos compreendessem que melhor investimento seria ajudar as pessoas a conhecerem-se melhor, porque, o problema, acreditem, é cultural. Uma vez por semana, num canal de televisão (como já foi em tempos), seria oportuno, em vez de mostrar imagens pouco simpáticas, ajudar os condutores a ver e a serem responsáveis.

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