Ao quilómetro 3, os concorrentes intercetam a versão original de 2019, para se deliciarem num andamento mais rápido, por entre as cumeeiras serranas. As exigências do rápido percurso não deixarão margem para erros, nem contemplação das deslumbrantes paisagens. O já tradicional gancho do Sobral marca a descida final proporcionando um frissom adicional aos pilotos do WRC na mais longa especial do dia. O que ver Góis tem uma posição geográfica privilegiada, pois não só se situa no coração do Distrito de Coimbra, como é preenchido por paisagens naturais abençoadas: o Vale do Ceira, considerado por quem o visita como o "Vale Encantado", e o Rio Ceira, uma fonte de vida da região percorrida por águas frescas e cristalinas. Com um pé na Serra da Lousã e outro na Serra do Açor, os montes não ficam claramente em segundo plano. Esteéumtroçoqueexige enormeperíciapor parte dos pilotos Gastronomia A comida em Góis é naturalmente variada e tradicionalmente assente nos produtos vindo da natureza — da criação dos animais, dos castanheiros e das nogueiras que crescem com abundância. Esta profusão de verde faz com que a produção do mel seja um ponto forte para a região. Entre diversos tipos, destaca-se o mel de urze. Mas há mais: muitos enchidos, queijos de todos os feitios (especialmente de cabra e de ovelha), azeite a litros e licores à escolha AEspecial deGóis éamais longadodia Repetindo o início de 2021, a classificativa de Góis embrenha-se na estrada florestal densamente arborizada que exige toda a técnica por parte dos pilotos (e com moderação, claro). Como pratos característicos e tradicionais de Góis, há ainda a sopa de castanhas (muito usual nas aldeias da serra, devido à abundância do fruto), sopa seca à moda de Álvares, bucho recheado, cabrito assado no forno, chanfana, galinha corada, torresmos, arroz de sardinhas, papa de nabos com sardinha frita, tibornada (bacalhau com batatas a murro). E para adoçar a boca: arroz-doce, bolo de Góis e o bolo da Várzea. 20
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