Revista ACP outubro

8 | AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL OUTUBRO 2025 Tema de Capa TVDE: solução de mobilidade ou problema de segurança rodoviária? Surgiram como alternativa aos táxis e transformaram o cenário urbano e de mobilidade português. Porém, hoje a falta de regulação e fiscalização a ameaça o setor e a segurança e utilizadores e automobilistas Carros confortáveis, motoristas sorridentes e preços “justos”. Foi com estas premissas que os TVDE surgiram em 2014 e, desde então, tornaram-se parte do quotidiano urbano, transportando passageiros entre destinos, convocados por um simples toque no ecrã. Várias plataformas chegaram a Portugal com a aura do progresso, promessa de mobilidade à distância de um clique e do fim do monopólio do táxi. Mas uma década depois as promessas evaporaram-se. Hoje, os números revelam-nos um setor à beira da saturação, envolto em polémicas que se estendem desde a segurança rodoviária até questões laborais. Tudo isto é acompanhado por um serviço cuja qualidade está em regressão e que continua a aguardar uma regulação há muito prometida. O retrato de um setor que não para de crescer Segundo os dados mais recentes do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), referentes a agosto de 2025, havia cerca de 39 mil motoristas ativos no regime TVDE. O setor é predominantemente masculino, com uma maioria de condutores em idade ativa, entre os 30 e os 49 anos. A presença de motoristas estrangeiros é significativa, com destaque para brasileiros, indianos e paquistaneses, refletindo a crescente © André Rolo / Global Imagens

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