AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL OUTUBRO 2025| 17 ambulâncias”. No final de 2024, o INEM dispunha de 714 meios de emergência e, no período em análise, a inoperacionalidade dos meios deveu-se “sobretudo à antiguidade da sua frota automóvel”. Nos quatro anos vistoriados, registaram-se 27.019 situações de inoperacionalidade dos veículos. O mesmo documento concluiu que o modelo de aquisição de meios foi “desajustado” e notou a “inexistência de estudo sobre a sua adequação”. No caso dos bombeiros, o ACP não conseguiu apurar quantos veículos estão ao serviço, atualmente, nem a sua idade média, despesa com manutenção ou planos de aquisição de novas viaturas. Quanto ao INEM, o instituto explica que a gestão da sua frota está entregue à Kinto, empresa de soluções de mobilidade integrada detida pela Toyota, na sequência de um concurso público internacional. Segundo o Portal Base, esta empresa acumula 49 contratos com o INEM num valor global acima dos 35 milhões de euros, desde 2009. O instituto está autorizado a gastar até 4,09 milhões de euros em gestão e manutenção de frota. Considerando os 714 meios, o INEM, que não revelou quantos veículos tem parados nas oficinas, dispõe de menos de 6000 euros para a manutenção de cada veículo. Há veículos com centenas de milhares de quilómetros e décadas de rodagem, e o gestor de frota não tem sido solução para evitar “situações de inoperacionalidade”, segundo a IGF. Fonte oficial do INEM afirma que o instituto “entendeu” ser “mais eficaz” contratar um serviço de gestão de frota. No entanto, também admite que a renovação da frota “não tem sido regular”, uma vez que os “concursos públicos abertos em anos anteriores não produziram os efeitos desejados”. Na última década, o INEM só adquiriu 122 veículos (67 ambulâncias, 46 viatura médica de emergência e reanimação – VMER, e nove motos). Segundo o plano de atividades do INEM para 2025, o instituto prevê adquirir 312 novas viaturas nos próximos três anos (112 este ano), mas até ao final de setembro não havia qualquer novidade. Foi aberto um concurso público a 7 de julho e decorre ainda “a fase de análise de propostas”. A aquisição dos novos veículos está a cargo dos serviços partilhados da Administração Pública (eSPap), estando o INEM autorizado a gastar até 19,1 milhões de euros (cerca de 62 mil euros por veículo). Formação INEM Os veículos envelhecidos oferecem pouca segurança na hora de circular nas estradas em marcha de urgência. Vale a formação destes profissionais para chegar ao local rapidamente sem comprometer a segurança rodoviária de todos. Relativamente à condução de veículos, o INEM assegura um curso teórico-prático de 42 horas sobre condução defensiva, adaptado ao tipo de viatura – VMER, no caso dos enfermeiros, ambulância, no caso dos técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH). O INEM está autorizado a gastar em média 62 mil euros por cada viatura nova. Para a manutenção dos meios antigos pode gastar até 6 mil euros/ano
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