Revista ACP março

18 | AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL MARÇO 2025 Governo O país não vai parar, mas entre a dissolução da Assembleia da República, um novo sufrágio, e a entrada em funções do novo Executivo, muitas medidas que impactam a mobilidade dos portugueses ficam suspensas Novo Aeroporto de Lisboa O nome e o local estão definidos, mas falta tudo o resto. O Governo quer o aeroporto Luís de Camões, que vai localizar-se na zona do Campo de Tiro de Alcochete, pronto em 2034, mas a ANA, concessionária dos aeroportos nacionais, insiste que antes de 2037 não dá. Uma data concreta só dentro de seis meses, concluída a fase de auscultação dos stakeholders, bem como o modelo para financiar a obra – a ANA quer aumentar o atual contrato de concessão em 30 anos para compensar o investimento, ou seja, prolongá-lo de 2062 para 2092. A concessionária também estima que a obra venha a custar, pelo menos, 8,5 mil milhões, mas o Governo agora em gestão não aceita ir além dos 7,7 mil milhões orçados pela comissão técnica independente do novo aeroporto. As obras devem arrancar dentro de 36 meses, mas a entrada do Executivo em gestão corrente coloca um ponto de interrogação nas próximas decisões, incluindo as infraestruturas rodoviárias que vão servir o novo aeroporto. Entretanto, o calendário para a ANA ajustar a capacidade da Portela, que deverá encerrar em 2035, não está ameaçado, uma vez que as decisões governamentais necessárias já foram tomadas e, desde janeiro, a bola está do lado da concessionária. Privatização da TAP A privatização da TAP é outra grande interrogação cuja resposta fica adiada com a queda do Governo. Em fevereiro, o Executivo preparava um diploma para definir o calendário Mobilidade marca passo com legislativas antecipadas

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