CRONOLOGIA REVISTA ACP Os blusões Alpine ‘abençoados’ por Darniche O tio de Carlos Brízido – e pai de Ricardo Brízido – esteve na origem de, pelo menos, mais uma geração de aficionados na família. As imagens e as ‘voltinhas’ com o tio, piloto consagrado, tiveram um impacto tão grande no pequeno Carlos que o jovem viseense começou a correr o país ‘atrás’ das corridas e dos ralis: “Tínhamos contactos em dois ou três hotéis que nos avisavam quando estavam cá as equipas estrangeiras a testar para o Rali de Portugal. Éramos malucos pelos Alpine e mandámos fazer uns blusões azuis, iguaizinhos aos da Alpine, emblemas e tudo. Num Rali TAP, ali nos anos 70, estávamos na Lousã, num gancho muito escorregadio, e o (Bernard) Darniche saiu de estrada mesmo à nossa frente, no A110. Nem o deixámos sair do carro. Ele fechou a porta, nós empurrámos e ele arrancou, deixando os nossos blusões completamente cheios de lama. Claro que ninguém lavou aqueles blusões (risos). Muito mais tarde, o primeiro clássico que comprei foi um A110 ‘Berlinette’. São memórias para a vida”, conclui. • Depois de ter estudado o manual de oficina, percebi qual era a avaria. Tentei fazer a reparação com o órgão fechado e consegui mobilizar esse eixo pelo exterior. Acredito que me valeu essa sensibilidade da microcirurgia”, conta Ricardo Brízido, que trouxe um belo Austin-Healey 100/4 para a sessão fotográfica. O primo, Carlos Brízido, cardiologista, confessa gostar mais do volante do que das especificidades da mecânica. Começou nos ralis de regularidade, mas descobriu as corridas de clássicos numa prova em Jarama... e nunca mais parou. Na altura da entrevista, tinha acabado de ganhar a prova do Historic Endurance no Algarve Classic Festival, em Portimão, ao volante do seu Porsche 911 3.0 RS, partilhado com João Pina Cardoso. “O meu gosto pelos automóveis começou em miúdo, muito antes da Medicina”, recorda o clínico/piloto/colecionador.“Em Viseu, onde nasci, tinha um grupo de amigos malucos por automóveis, como eu. Éramos miúdos, não tínhamos dinheiro para nada, mas pegávamos numas tendas que nos emprestaram da Mocidade Portuguesa e íamos ver as corridas a Vila Real. E, anos mais tarde, tenho de admitir, nos dias de testes do Rali de Portugal ninguém ia às aulas...”. Tema de capa Desempanagem O Serviço de Desempanagem também acode a avarias ao fim de semana 50 anos ACP A efeméride é celebrada com a visita de Craveiro Lopes e Oliveira Salazar Secção Regional do Norte Nova delegação no Porto recebe doação do Panhard & Levassor
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