Revista ACP outubro

AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL OUTUBRO 2024 | 3 Editorial Sociedade civil: um direito inalienável “Foi preciso o ACP meter uma providência cautelar para os políticos acordarem para o problema (…) Imaginem, o ACP!”. Este comentário de um conhecido humorista num programa de televisão, a propósito da instalação em Lisboa dos painéis luminosos de grande formato, resume de alguma forma como Portugal ainda tem muito para amadurecer nos seus direitos cívicos. “Imaginem, o ACP!”. Ora, é bom recordar que o Automóvel Club de Portugal não fez mais do que cumprir o seu papel enquanto instituição de utilidade pública sem fins lucrativos e a sua missão de promover e fomentar soluções de mobilidade, colaborando com as entidades públicas e privadas no aperfeiçoamento das leis, regulamentos e medidas relacionadas. E assim temos feito ao longo dos anos. Estudos de mobilidade, estudos de opinião, campanhas de segurança rodoviária, múltiplas iniciativas junto do poder político, das forças policiais, de instituições públicas (muitas delas integram atualmente o Observatório ACP), autarquias, associações e coletividades. Sempre com o propósito de contribuir positivamente para a resolução de problemas. O mesmo se passa com inúmeras ações de solidariedade que ajudamos, como ainda agora fizemos com a doação de cinco mil árvores para as zonas mais afetadas pelos incêndios. A força que os nossos sócios nos manifestam é o nosso combustível. É obrigação do clube defender os seus direitos, sem esquecer os seus deveres. Assim é também no que respeita ao próximo Orçamento do Estado. Apresentamos três propostas ao Governo e aos partidos com assento parlamentar para que as discutam de forma séria, sem dogmas e a pensar nos portugueses. O incentivo ao abate de automóveis em fim de vida é o motor para a renovação do parque, um dos mais envelhecidos da Europa, para tirar de circulação viaturas altamente Imaginem, o ACP!”. Ora, é bom recordar que o Automóvel Club de Portugal não fez mais do que cumprir o seu papel enquanto instituição de utilidade pública sem fins lucrativos poluentes e ajudar a travar a altíssima taxa de sinistralidade rodoviária registada já este ano. As empresas são responsáveis por grande parte do parque automóvel. O enorme peso fiscal sobre os seus rendimentos tem que ser justo e equilibrado. Daí propormos a atualização dos escalões fiscais dos veículos para empresas. Uma tabela que há vários anos não sofre alterações, ao contrário da inflação… Por último, a integração do Fundo Ambiental no Orçamento do Estado, de forma a ser gerido com regras e calendários claros e que abranja mais beneficiários na compra de veículos híbridos ou 100% elétricos. Uma sociedade mais forte só o será quanto mais forte forem os seus agentes. Os sócios do ACP não abdicam desse direito. • A força que os nossos sócios nos manifestam é o nosso combustível. É obrigação do clube defender os seus direitos, sem esquecer os seus deveres CARLOS BARBOSA PRESIDENTE DO AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL

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