Revista ACP outubro

14 | AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL OUTUBRO 2024 Seguros Como proteger o seu carro em caso de incêndio ou fenómenos naturais? Incêndios florestais, nos parques de estacionamento e até um sismo marcaram a atualidade noticiosa, mostrando que tudo pode acontecer aos nossos bens No espaço de um mês, o País assistiu a três eventos de gravidade assinalável. A meio de agosto um incêndio num parque de estacionamento perto do Aeroporto de Lisboa atingiu mais de 200 veículos. Já na última semana desse mesmo mês, Portugal registou o décimo maior sismo desde o século XVI, felizmente sem consequências de maior, mas que deixou o alerta. Já em setembro, centenas de incêndios de grandes dimensões lavraram de forma trágica o centro e norte do País, com perdas humanas e materiais, nomeadamente muitos automóveis. Todos estes eventos mostram a necessidade de uma maior proteção dos bens materiais, de forma a minimizar os prejuízos. Segundo a Associação Portuguesa de Seguradores (APS), Portugal está ainda muito abaixo da média europeia em matéria de proteção através de seguros. Segundo Duarte Amaral, administrador do ACP Mediação de Seguros,“há cada vez mais situações de inundações, ventos fortes, quedas de árvores. E estas são coberturas que importa salvaguardar no momento da contratação do seguro. Por uma quantia não muito significativa em relação ao custo de um seguro obrigatório, podemos acrescentar as coberturas de incêndio, de furto- -roubo e de fenómenos da natureza ao seguro obrigatório e ficamos salvaguardados em relação a incêndios e fenómenos da natureza”. Foi o que fizeram mais de 50% dos proprietários dos veículos afetados pelo incêndio no parque de estacionamento junto ao aeroporto. Isto quer dizer que das 232 viaturas afetadas por este incêndio, 154 tinham cobertura de incêndio. Destes, 117 sofreram perda total e 37 registaram perdas parciais. O valor estimado das indemnizações é superior a 3,6 milhões de euros, dos quais já pagos, um mês depois do evento, mais de 2,3 milhões de euros, segundo a APS. O valor médio pago por veículo com perda total foi de quase 29 mil euros. Os proprietários das restantes viaturas afetadas, mas que não tinham cobertura,“estão numa situação agora mais complicada”, explica Duarte Amaral.“Até porque não se sabe se alguma vez vai ser possível imputar responsabilidades, quando terminarem os inquéritos”. •

RkJQdWJsaXNoZXIy ODAwNzE=