Revista ACP junho

8 | AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL JUNHO 2024 Com o TGV a ligar Valença a Elvas, com paragens no Porto e em Lisboa e com a localização do aeroporto definida, a terceira travessia sobre o Tejo assume um caráter fundamental para a mobilidade. Mas ainda há muitas questões em aberto Se os planos anunciados pelo Governo se concretizarem, Portugal prepara-se para uma grande revolução na mobilidade. E com isso termina, espera-se, a longa indecisão sobre a localização do novo Aeroporto de Lisboa, da Linha de Alta Velocidade e da 3ª ponte sobre o Tejo. Foi em 1995 que pela primeira vez o Estado consagrou espaço físico para a terceira travessia sobre o Tejo, através de um decreto que defina os seus corredores de implementação. A ideia foi avançando e com ela cresceram os nomes Revolução anunciada para a mobilidade nacional de Chelas (na margem norte) e Barreiro (na margem sul), pontos de ligação escolhidos para o projeto, que prevaleceram sobre a hipótese BeatoMontijo. A ponte foi aprovada e esteve prestes a avançar em 2009, mas a crise económica e a posterior intervenção do FMI congelaram o projeto. Mas o trabalho feito mantém a sua utilidade, embora vá ser revisto e atualizado. A grande dúvida e discussão dos próximos meses é saber se a nova ponte deve ficar apenas ferroviária (que é a sua principal função, pois sem isso não há fundos europeus) ou se deve também contemplar espaço para os automóveis. A ideia aprovada em 2008 albergava as duas modalidades, mas agora há vários argumentos a ponderar, como o preço, com a opção rodoferroviária a custar 2,2 mil milhões de euros, contra os 1,7 mil milhões de euros na opção exclusivamente ferroviária. Tema de Capa A grande dúvida e discussão dos próximos meses é saber se a nova ponte deve ficar apenas ferroviária ou se deve também contemplar espaço para os automóveis

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