Revista ACP junho

20 | AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL JUNHO 2024 Lisboa vai corrigir as falhas graves da rede de ciclovias Autarquia apresentou plano para aumentar a segurança, com a construção de 56 ciclovias de ligação, num investimento de 13 milhões que também contempla mais bicicletas Gira Com vista a fomentar uma mobilidade acessível, sustentável, digital e segura para todos, o ACP propõe uma estratégia a implementar na União Europeia nos próximos 5 anos Perante os desafios globais no âmbito da transição energética, o ACP defende uma mobilidade acessível para todos, tendo em conta que a livre circulação é um dos direitos fundamentais da constituição da União Europeia. Nesse sentido, devem ser adotadas políticas que promovam uma transição sustentável e acessível. O Manifesto do ACP assenta ainda na necessidade de explorar alternativas para descarbonizar a frota atual e diminuir a idade média dos veículos (em Portugal é de 13,6 anos e na UE é de 12,3 anos). Garantir o bom funcionamento do mercado automóvel, fornecendo opções de veículos mais pequenos e mais acessíveis e estabelecer garantias para um mercado de veículos usados próspero, como o passaporte do estado da bateria dos elétricos. Existem desafios muito diferentes em Manifesto ACP para a mobilidade Mobilidade toda a UE e não existe uma solução única para alcançar as metas coletivas de uma mobilidade sustentável. E o uso de melhor tecnologia pode tornar os transportes sustentáveis atrativos. A adoção de políticas que assegurem a acessibilidade durante a descarbonização é uma necessidade, permitindo oferecer alternativas para convencer os consumidores e compensar os cidadãos mais afetados. No que à mobilidade digital diz respeito, o Manifesto do ACP alerta para a importância da criação de uma frota totalmente conectada (aumento da conveniência e melhores serviços), mas também faz notar que a falta de legislação específica para o setor não garante a concorrência e faz com que o pós-venda e os consumidores incorram em custos adicionais de 95 mil milhões de euros até 2050. Já a implementação de uma mobilidade mais segura para todos deve ter em conta uma melhor aplicação da lei, a formação de condutores e a realização de campanhas de segurança rodoviária.• Pode consultar o manifesto na íntegra em acp.pt A auditoria à rede ciclável de Lisboa detetou falhas graves, nomeadamente 30 cruzamentos com problemas, muitas descontinuidades nas ciclovias e falhas na ligação a 121 escolas e cinco universidades já foi divulgada pela autarquia e os problemas são muitos. Para o presidente do ACP, Carlos Barbosa, “o estudo está bem feito e retrata bem o atual estado das ciclovias e aquilo que deve ser feito em Lisboa para aumentar a segurança de todos, como acabar com a ciclovia da Almirante Reis, que não faz sentido”. Segundo um inquérito integrado no estudo, dois terços dos inquiridos sentem-se inseguros ou muito inseguros nalgumas das ligações e criuzamentos. •

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