AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL JUNHO 2024 | 17 União Europeia castiga elétricos chineses com fortes tarifas aduaneiras Taxas de importação de elétricos chineses podem chegar aos 38%. Gigante asiático promete reagir Menos de um mês depois de Washington ter anunciado planos para quadruplicar as taxas para os veículos elétricos chineses, para 100%, a Comissão Europeia vai impor direitos adicionais até 38,1% sobre os automóveis elétricos chineses importados a partir de 4 de julho. Este é o resultado da investigação iniciada pela Comissão Europeia a 4 de outubro de 2023, tendo por base as suspeitas de concorrência desleal, por o Estado Chinês subsidiar a produção de elétricos naquele país. Estas novas taxas alfandegárias, que se juntam aos 10% que já eram cobrados, variam entre os 17,4 e 38,1%. As tarifas podem ser aplicadas retroativamente. O inquérito anti-subvenções da UE deverá estar concluído até 2 de novembro. A China afirma que vai adotar medidas para salvaguardar os seus interesses, mas, por seu lado, a indústria automóvel chinesa diz que vai aguentar o impacto. As cotações em bolsa de alguns dos maiores fabricantes de automóveis da Europa, que realizam uma grande parte das suas vendas na China, caíram devido ao receio da retaliação chinesa. Alguns deles, como os principais fabriantes alemães, também vão passar a pagar direitos sobre os seus veículos elétricos fabricados na China e vendidos na Europa. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, afirmou que a investigação da UE é um "caso típico de protecionismo" e que os direitos aduaneiros prejudicariam a cooperação económica entre a China e a UE e a estabilidade da produção automóvel global e das cadeias de abastecimento. Recorde-se que Beijing domina o comércio de baterias para elétricos. A hipótese de uma guerra comercial de grande escala ensombra o setor automóvel. • procura contribuir ativamente para as soluções e apontar o caminho. Por exemplo, vemos que a aposta nacional nas energias renováveis é atualmente fonte de inspiração para outros países europeus. Estamos também envolvidos nas discussões de uma agenda para o crescimento, do aumento da competitividade e da criação de uma capacidade orçamental europeia reforçada. Com a legitimidade acrescida do longo caminho que o País tem trilhado em matéria económica, financeira e social. E de, entre os Portugueses, continuar a existir grande consenso nas questões europeias. Tudo isso permite sermos um país ouvido e respeitado na Europa. Acredita que vamos ter uma Europa mais coesa, mais unida, mais defensiva? Acredito que podemos ter uma Europa mais coesa e unida. Compreendemos todos que os desafios são globais, tanto os de natureza estratégica, ambiental ou económica, e que não lhes conseguiremos fazer frente se não estivermos unidos e coesos. Mas isso não significa uma Europa mais fechada ou, nesse sentido, defensiva. Pelo contrário, a abertura ao mundo é das virtudes e das forças da Europa. A resposta aos desafios globais exigirá uma União Europeia com peso no palco mundial, com capacidade de diálogo a nível global. Devemos, sim, defender os nossos valores, as nossas democracias, escutando os cidadãos, conciliando os objetivos gerais com as necessidades concretas das pessoas, e defender os nossos interesses. O reforço interno da União Europeia e a capacidade de atuação, diálogo e influência externa não são contraditórios; pelo contrário, são duas faces da mesma moeda.• “O reforço interno da União Europeia e a capacidade de atuação, diálogo e influência externa não são contraditórios”
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