Revista ACP março

AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL MARÇO 2024 | 47 de dar pisca… / Tanto faz numa estrada deserta, como “very busy” / Em viragem a 90º ou numa rotunda / Mulheres ou homens / Em carros ricos ou pobres / Em dia de chuva ou de sol… / Eles são novos, são idosos / Uns parecem ter saído de um filme tenebroso / Outros parecem anjos / Já vimos de tudo / Autocarros públicos / Carros de polícia até… / Ora estão distraídos / Ora estão-se nas tintas para os outros / Seja por que for / Não dão pisca quando mudam de direção / Como se os outros tivessem de adivinhar / Para onde vai o Missipisca ou Pisquecido / O nosso medo é que seja mais um sinal / Da epidemia de má educação / De que sofre Portugal. Derrocada impede circulação na Calçada de Carriche PAULO ROSA SÓCIO 221517 No final da Calçada de Carriche há uma saída à direita que dá acesso para Olival Basto e Odivelas. Desde o final de 2022, que parte da faixa de rodagem, imediatamente antes do acesso a essa saída, está impedida de circulação por causa de uma derrocada. Essa situação causa perigo a todos que aí circulam e pretendem sair à direita. Sem que esteja devidamente assinalada os condutores encontram a via subitamente obstruída, obrigandoos a retomar a faixa da esquerda e logo de saída a da direita. Essa estrada regista forte circulação automóvel e a obstrução da faixa de rodagem é um verdadeiro transtorno e um perigo a todos que circulam nessa zona. Passado mais de um ano será que já não é mais do que tempo para a reparação do muro e limpeza da via devolvendo a normal e segura circulação de todos que ali passam diariamente e que não são poucos? O controlo das velocidades contribui para a redução da sinistralidade mão não é seguramente a única forma de o fazer. Bem sei que a reparação da estrada tem um custo e a multa é uma receita, mas… Desleixo motiva mais um acidente grave JOSÉ CARRILHO SÓCIO 21006 Como cidadão e sócio do ACP, é com tristeza que reparo em mais um acidente de viação, com vítimas, causado pela incúria dos chamados “poderes públicos”. Este acidente evitar-se-ia se, na zona onde ocorreu, se houvessem rails de proteção, a par de avisos apelando à moderação de velocidade, dada a proximidade de arribas. Afinal, dá-se tanta importância e bem à vida humana, enquanto nas pequenas coisas o laxismo espreita e domina, esquecendo situações cruciais, onde se pode dar a escolha entre o viver e o morrer. Neste País, tudo se avalia e discute e tudo parece ter o seu tempo de “maturação” mas, no essencial, continua a notar-se uma falta de atenção criminosa, fonte de acidentes de viação como o ocorrido no Cabo Raso, em Cascais. Será assim tão complicado vistoriar, periodicamente, uma estrada como a do Guincho, com arribas próximas, para detetar situações de risco e atuar em conformidade? A Câmara Municipal de Cascais, não tem porventura meios suficientes para monitorizar riscos em estradas do concelho, onde tem jurisdição? Eu chamo a este tipo de incúria, irresponsabilidade com contornos criminais. Deixo este desabafo de cidadão irritado, com a leviandade com que um órgão do Estado – uma Autarquia – que pagamos com os nossos impostos e contribuições, se ENVIE AS SUAS CARTAS PARA A REVISTA [email protected] abstém de verificar pontos de risco, em via onde existem arribas e onde, por vezes, o trânsito é denso. O resultado foi trágico mais uma vez, mas será que motivou alguma aprendizagem? Semáforos de controlo de velocidade AUGUSTO FONSECA SÓCIO 253363 Os semáforos de controlo de velocidade são criadores de situações verdadeiramente injustas. Na absoluta maioria das vazes o transgressor do limite de velocidade passa ainda em sinal verde ou amarelo e para os cumpridores sobra a obediência ao sinal vermelho. A alternativa é todos, transgressores e cumpridores, pararem no sinal vermelho. Punemse os cumpridores e absolvem-se os transgressores ou, em alternativa, todos são punidos. A prevenção da transgressão, por este modo fundada em ilegalidade e inconstitucionalidade, não pode assumir este patamar de injustiça. Coloquem-se radares para punição individual dos infratores, como deve ser, que constituem, esses sim, verdadeiros instrumentos de prevenção – como a experiência mostra – com a vantagem de proporcionarem réditos a quem de direito. É mais do que tempo de cessar a punição coletiva por negligência de um infrator. •

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