Revista ACP março

Nº 797 l MARÇO 2024 l PVP 2,50€ l PeriodicidadeTrimestral l Diretora Rosário Abreu Lima ACP Elétrico do Ano Vote e ganhe um smart 1 Reembolso de ISV Saiba como pedir a devolução do imposto cobrado ilegalmente Nova prova TT BP Ultimate Rally-Raid Portugal traz pilotos do Dakar Embate Elétricos chineses provocam curto-circuito na Europa

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AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL MARÇO 2024 | 3 Há muito que defendo a necessidade de realismo nas políticas de mobilidade. Mesmo que por vezes a intenção seja boa, a sua execução revela-se desastrosa para os supostos beneficiários. Vem isto a propósito de um tema que promete agitar as próximas eleições europeias e que, mais do que pensar, nos deve levar a agir. Em Portugal existe ainda um certo alheamento de Bruxelas, como que se o que lá se decide não impactasse as nossas vidas porque cada Estado é soberano. É verdade, mas integramos um mercado comum e a cada crise somos confrontados com a nossa vulnerabilidade. A entrada massiva de automóveis elétricos chineses tem provocado grande turbulência na Europa e a explicação é básica: mão de obra barata, eventuais subsídios da China aos seus fabricantes para darem músculo a esta ‘invasão’, que se traduzem em múltiplas ofertas a preços altamente competitivos para os consumidores. Já não é de hoje este embate Europaresto do mundo. Recordo-me da comissária da concorrência, em plena pandemia da Covid-19, alertar para a necessidade de a Europa ser mais autossuficiente, quando escasseavam máscaras e outros produtos de proteção individual. O mesmo episódio repetiu-se a propósito da falta de vacinas com a britânica AstraZeneca. Para a indústria automóvel, a Comissão Europeia impôs um prazo para se reconverter aos elétricos até 2035 sem acautelar as consequências para a própria economia da União. Os automóveis chineses têm valor, qualidade e fazem o seu trabalho. A questão é que entram na Europa com uma vantagem de custo muito inferior à saída da fábrica. Como bem tem alertado Carlos Tavares, CEO da Stellantis (fabricante das marcas Peugeot, Citroën, DS, Opel, Fiat, Alfa Romeo, Jeep ou Abarth), os construtores europeus só podem fazer uma coisa que é vender carros com prejuízo. Ou perderem quota de mercado, o que vai dar no mesmo. Se perderem quota de mercado, a base de negócio é mais restrita, logo, tem de se redimensionar a empresa e cria-se um problema social. Se venderem os carros ao preço dos chineses, mas tendo custos de produção superiores, está-se a vender com prejuízo. E aí chega a crise à economia europeia com incidência direta nessas empresas. Certo é que o preço dos automóveis fabricados na Europa para os europeus vai ser mais caro, vai provocar mais inflação e a mobilidade dos europeus vai ficar altamente condicionada. É nesta realidade que a Comissão Europeia parece ter aterrado agora, apesar dos muitos alertas nos últimos anos. Era inevitável e iria acontecer mais dia menos dia. Por isso, pondera agora levantar barreiras alfandegárias aos elétricos chineses. A Comissão diz ter provas de que a China está a dar subvenções ilegais aos seus fabricantes, concedidas por meio de fundos diretos e de outros mecanismos. O desfecho deste processo promete vários episódios, mas devemos também olhar para os grandes grupos europeus que operam em todo o Mundo. A solução está em políticas protecionistas? O futuro o dirá, mas a União Europeia tem de começar a governar para os europeus de carne e osso e deixar de se esconder em gabinetes que só ajudam a que os cidadãos se sintam completamente alheados de Bruxelas. Quem ganha com a imposição por decreto do fim de atividades que empregam mais de 15 milhões de trabalhadores na Europa e a obrigação de os fabricantes se reconverterem porque sim e já? Seguramente não são os europeus, a mobilidade e a economia.• Pragmatismo precisa-se CARLOS BARBOSA PRESIDENTE DO AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL Editorial Como bem tem alertado Carlos Tavares, CEO da Stellantis, os construtores europeus só podem fazer uma coisa que é vender carros com prejuízo. Ou perderem quota de mercado, o que vai dar no mesmo

4 | AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL MARÇO 2024 PROPRIEDADE E EDIÇÃO Automóvel Club de Portugal, pessoa coletiva de utilidade pública nº 500700800 e matriculada na Conservatória do Registo Comercial sob o mesmo número, com sede na Rua Rosa Araújo, 24-26, 1250-195 Lisboa SEDE DA REDAÇÃO Rua Rosa Araújo 24-26, 1250-195 Lisboa 213 180 100 [email protected] DIRETORA Rosário Abreu Lima REDAÇÃO Francisco Gonçalves João Delfim Tomé Mário Vasconcellos Ricardo Paz Barroso EDIÇÃO GRÁFICA Inês Bento FOTOGRAFIA Interslide Arquivo ACP iStock DIRETOR COMERCIAL Tomaz Alpoim PUBLICIDADE Francisco Cortez Pinto Elizabette Caboz DIRETOR GERAL COMERCIAL Luís Figueiredo IMPRESSÃO Lidergraf | Sustainable Printing, com sede na Rua do Galhano, nº15, 4480-089 Vila do Conde TIRAGEM MÉDIA 181.000 exemplares PERIODICIDADE Trimestral O ACP é alheio ao conteúdo de publicidade externa. A sua exatidão e/ou veracidade é da responsabilidade exclusiva dos anunciantes e empresas publicitárias. ISSN 0870-273X Depósito Legal nº 2675/83 Nº de Registo ERC 100226 Estatuto editorial em acp.pt Nº 797 MAR 2024 AGENDA 20 MAR ACP GOLFE Circuito Semana ACP/BPI 19 ABRIL ACP CLÁSSICOS 500 Milhas ACP 9 A 12 MAI ACP MOTORSPORT Vodafone Rally de Portugal 2 A 7 ABR ACP MOTORSPORT BP Ultimate Rally-Raid 15 A 30 ABR CONCURSO ACP Elétrico do Ano 2024 18 ABR ACP AUTOCARAVANISMO 2º Encontro Receba todas as semanas a newsletter da Revista ACP Basta fazer a sua subscrição em acp.pt ou seguir o link no QR Code. 42 18 48 53 06 Renting Metrobus Mondego Viagens O 1º carro de Bernardo Sousa Oeiras Conheça as ofertas ACP abre delegação ACP promoveu o debate sobre as obras 6 praias de sonho Piloto recorda as idas à praia no seu smart descapotável SUMÁRIO A prova atravessa o Ribatejo, Alentejo até à Estremadura espanhola Torneio leva os jogadores ao Ribagolfe Oaks para mais um torneio Votação para a categoria Familiares, a primeira das 4 a concurso Quatro dias de puro autocaravanismo para descobrir o Ribatejo e Alentejo Uma caravana de clássicos parte de Chaves em direção a sul até Olhão A 57ª edição da prova regressa ao norte e centro do país

6 | AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL MARÇO 2024 Idas à praia e brincar aos ralis são as melhores recordações que Bernardo Sousa tem do seu primeiro carro Qual foi o seu primeiro carro? Um smart Fortwo Cabrio de 2004. Era o que queria ou o que foi possível ter? Foi uma oportunidade que não quis perder por achar que era o carro ideal para andar na cidade. Teve-o durante quanto tempo? Uns dois ou três anos e depois tive outro smart. São excelentes citadinos. Que recordações lhe traz? Sobretudo, as idas à praia com ele descapotável para apanhar sol. Esse carro já o fazia sonhar com os ralis? Como vinha dos karts a veia de piloto continuou com esse carro. Com ele já desenhava trajetórias de ralis. Que tipo de condutor é fora da competição? Muito consciente. Escandaliza-se a falta de civismo na estrada, desde o desrespeito pelos sinais às ultrapassagens perigosas. O que mais gosta nos automóveis? Tenho a paixão por clássicos e neles aprecio a beleza e o charme. Nos mais recentes privilegio o conforto e a fiabilidade, até porque passo muitas horas ao volante. “Quando precisamos do ACP ele está lá pronto a ajudar” O piloto ACP aprecia tanto os citadinos para circular em meio urbano, que até já teve dois smart Entrevista smart Fortwo Cabrio desenhado por Bernardo Sousa Tem algum carro de sonho? Tenho. É um Porsche 911 S Cabrio que herdei do meu avô. Sou apaixonado por modelos desta marca refrigerados a ar. Tem muitos azares na estrada? Costumo ter muitas situações com pneus furados. Um azar, mesmo. E quando isso acontece, lembra-se do ACP? Sempre. Nesses momentos lembro- -me de como é bom ser sócio. Para si o ACP é sinónimo de… Presença, porque quando precisamos o clube está lá pronto a ajudar. •

8 | AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL MARÇO 2024 Depois de um ano fulgurante para as marcas chinesas no mercado automóvel mundial, com preços artificialmente mais baixos, a União Europeia esboça uma reação para proteger o setor. Mas a forte dependência à China ameaça travar o processo Há medidas bem-intencionadas, que acabam por ter resultados diferentes do esperado: quando em outubro de 2023 a Comissão Europeia formalizou a abertura de um inquérito anti subvenções aos elétricos produzidos na China, por suspeitas do Estado Chinês estar a facilitar dinheiro aos Primeira reação à China é uma ameaça com retroativos seus fabricantes de automóveis, permitindo produtos com preço final mais baixo, o órgão executivo da União Europeia queria, finalmente, dar um sinal expresso de que ia combater as distorções de mercado. Mas saiu ao contrário. Segundo a própria Comissão reconheceu, entre outubro do ano passado, data de abertura do inquérito, e janeiro as importações de elétricos oriundos da China cresceram 14% face ao mesmo período de outubro de 2022 e janeiro de 2023. E por isso, para que consiga evitar um ainda maior “impacto negativo sobre o emprego e o desempenho global dos Concorrência Comissão Europeia quer aumentar tarifas aduaneiras aos modelos vindos da China "A Europa não vai tolerar que a nossa base industrial seja prejudicada pela concorrência desleal", avisou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, após a cimeira, em Pequim, com o presidente chinês Xi Jinping, em dezembro

AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL MARÇO 2024 | 9 produtores da União Europeia”, deu mais um passo para mostrar que quer aplicar sanções: todos os elétricos vindos da China passam a estar obrigados a registo aduaneiro, de forma que, quando o inquérito anti subvenções estiver finalizado (pode demorar um ano para estar concluído), a União Europeia possa taxar com retroativos os carros importados daquele país asiático. As provas da Comissão Ao divulgar esta decisão, a Comissão Europeia garantiu ter já reunido “elementos de prova suficientes que indiciam que as importações do produto em causa proveniente da China estão a ser objeto de subvenção. As alegadas subvenções consistem em transferências diretas de fundos e potenciais transferências diretas de fundos ou de passivos; receita pública não cobrada, e fornecimento público de bens ou serviços contra uma remuneração inferior à adequada”, segundo se pode ler no Regulamento de Execução 2024/785 da Comissão. Nesse documento é dito também que, para já, ainda fica por calcular o valor das tarifas aduaneiras a impor. Em ano de eleições europeias (marcadas para junho), a Revista ACP questionou diretamente todos os grupos políticos do Parlamento Europeu sobre o nível de preocupação com o tema, mas apenas o PPE (família política do PSD) respondeu: “Dada a recente evolução do mercado, concordamos plenamente com a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Apelamos a que estas investigações sejam levadas a cabo com a máxima prioridade e rapidez e insistimos em que haja fortes consequências caso se descubra que a cadeia de valor chinesa para os veículos elétricos Volkswagen e Audi foram os primeiros europeus a instalar fábricas no gigante asiático, nos anos de 1980 Inquérito da UE pode afetar marcas europeias com fábricas na China

10 | AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL MARÇO 2024 beneficia de subsídios ilegais que prejudicam o interesse económico dos nossos produtores europeus”. No setor automóvel europeu trabalham atualmente 14 milhões de pessoas. A Europa não caminha sozinha na reação à presença massiva de elétricos chineses a preços artificialmente competitivos. Também nos Estados Unidos a administração Biden está a ser pressionada, tanto do lado Republicano quanto do lado Democrata. Dependentes da China Mas a verdade é que todo este processo pode fazer ricochete nos produtores europeus, isto pela deslocalização em massa da produção para a China, que já se tornou assim o maior produtor mundial. Ricardo Reis, especialista em macroeconomia, admite consequências para os europeus com produção na China, mas não considera que possam ser os mais afetados: “Os grandes apoios estatais chineses têm ido para as suas marcas locais, como a BYD. São essas que motivaram o inquérito e serão essas as que podem ver impostas sanções sobre a forma de tarifas de importação. No entanto, a partir do momento em que o inquérito é aberto, claro que pode ser alargado e acabar por abranger empresas que também tenham alianças com as empresas europeias”. O crescimento da produção de veículos na China teve início nos anos 80 e 90, quando, sob a liderança da Volkswagen e da Audi, a maior parte das principais empresas automóveis europeias, americanas, japonesas (e mesmo as coreanas) estabeleceram operações de produção de veículos em regime de aliança naquele país. Se inicialmente havia a questão da mão de obra barata a motivar a deslocalização, agora há também a questão comercial, já que o mercado chinês é o maior do mundo automóvel, com 21,7 milhões de automóveis ligeiros vendidos em 2023. “A questão mais importante, e mais difícil, é perceber se tudo isto vem demasiado tarde. A indústria automóvel chinesa está a crescer Concorrência a um ritmo brutal nos últimos 24 meses, e a sua eficiência e produtividade parecem estar bastante acima da dos fabricantes europeus. Quando a investigação acabar e forem introduzidas sanções, este fosso pode já ser tão grande que não fazem diferença”, receia Ricardo Reis. As reações dos fabricantes Há pelo menos um fabricante europeu que está contra as medidas da Comissão Europeia. A Mercedes-Benz, através do seu diretorexecutivo, afirmou claramente que se opõe à imposição de tarifas aos elétricos chineses. Em entrevista ao Financial Times, Ola Källenius diz: “não aumentem as tarifas (…) sou contra essa medida e acho que devíamos reduzir as que estão em vigor”. As atuais tarifas impostas aos veículos chineses são de 10%, mas no caso de um veículo exportado para a China, a tarifa a pagar é de 15%. Em sentido oposto tem estado a Stellantis, “A questão mais importante, e mais difícil, é perceber se tudo isto vem demasiado tarde. A indústria automóvel chinesa está a crescer a um ritmo brutal e a sua eficiência e produtividade parecem estar bastante acima da dos fabricentes europeus” Ricardo Reis, Professor de Economia da London School of Economics

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12 | AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL MARÇO 2024 o 4º maior fabricante mundial de automóveis, que congrega marcas como Peugeot, Citroën e Fiat. Carlos Tavares, CEO, afirmou que “se não tivermos cuidado, acabaremos por ter veículos elétricos inacessíveis e fabricantes chineses a suplantar-nos”, revelando que aqueles têm “custos de produção 30% mais baixos”. A Renault, a única marca europeia presente no Salão de Genebra no início de março, propôs criar um consórcio de países e fabricantes para produzir elétricos mais baratos, lembrando o exemplo da Airbus, criada para combater a norte-americana Boeing no setor aeronáutico. "Há duas coisas em que temos de concentrar a nossa indústria: a eletrificação e a integração digital nos veículos", referiu Luca de Meo, CEO da Renault. • PEDRO BRINCA PROFESSOR ASSOCIADO DA NOVA SBE OPINIÃO Concorrência O domínio chinês nas baterias Um dos elementos fundamentais para o sucesso de um automóvel elétrico é a bateria, sendo responsável pela autonomia e pela potência. E é aqui que a China volta a mostrar o seu imenso domínio, tanto no produto acabado quanto nas matérias- -primas. Medindo o fabrico de baterias em Gigawatt-hora (GWh) em 2023, a CATL produziu 243.3 GWh, seguida da BYD com 117 GWh. Juntas foram responsáveis por 53% das baterias montadas em todo o mundo, equipando modelos da Tesla, BMW, Toyota, Mercedes-Benz, KIA e Ford. • É possível que a paciência do chinês se esgote com o abrandamento económico e ninguêm sabe o impacto que pode ter no resto do mundo O presidente da China teve uma mensagem histórica de Ano Novo na qual, pela primeira vez desde que assumiu a liderança do partido comunista em 2012 e do país em 2013, fez referência a problemas económicos que assolam o país. Em apenas 40 anos a China passou de ser um dos países mais pobres do mundo para ser o maior exportador mundial e segundo maior importador. Multiplicou o seu rendimento real 86 vezes desde 1978 e é hoje, de acordo com o Banco Mundial, um país de rendimento médioelevado. Um país de contrastes, onde uma ditadura comunista de partido único conseguiu, mas com políticas orientadas para o mercado global, tornarse a fábrica do mundo. Não obstante, o crescimento foi extraordinário precisamente também porque partiu de uma base muito baixa. E se há uma regularidade empírica na literatura do crescimento que é especialmente robusta é em mostrar que quando países como a China começam a atingir níveis de rendimento mais elevado, o crescimento começa a abrandar e a convergir com o das economias mais desenvolvidas. Em 2012 a taxa de crescimento foi de 10%, em 2023 de “apenas” 5%, com o grosso do abrandamento a sentir-se no período de 2011 a 2019. Desde 2007, o crescimento da produtividade foi de apenas 1% por ano. A China ainda se encontra longe do nível de rendimento das economias mais desenvolvidas – USD 12.720 per capita, pelo que seria de esperar mais alguns anos de crescimento robusto. Mas nos últimos anos perdeu-se o ímpeto reformista, no plano económico e político. Desde 2010 que o governo chinês passou a ter um papel mais interventivo na economia privada. Começou a entrar no capital de muitas empresas e tornou obrigatório que membros do partido comunista chinês façam parte da gestão de empresas que queiram estar cotadas nas diferentes bolsas chinesas. À atenção dada pelos analistas aos números acima de 20% de desemprego jovem em julho, respondeu o governo com o fim da publicação dessa estatística. Isto são alguns exemplos de um conjunto de problemas políticos e económicos que têm sido observados. Enquanto os chineses sentirem a vida a melhorar dramaticamente de ano para ano, tenderão a tolerar as fortes limitações às suas liberdades individuais, mas é possível que a paciência do chinês se esgote com o abrandamento económico e ninguém sabe o impacto que a segunda maior economia do planeta pode ter no resto do mundo. • Tirando a Mercedes-Benz, que está contra a aplicação de sanções aduaneiras, as princiapis marcas da Europa querem uma reação mais forte O perigo chinês

A Amplifon Portugal S.A. presta serviços de saúde na área da audiologia e reabilitação auditiva, sendo os seus centros auditivos registados na Entidade Reguladora da Saúde (nº 26950) e os seus técnicos de diagnóstico audiologistas com cédula profissional emitida pela Administração Central do Sistema de Saúde. A Amplifon Portugal S.A. disponibiliza nos seus centros auditivos serviços de saúde de reabilitação auditiva com recurso a aparelhos auditivos, que são dispositivos médicos. Deve sempre ler atentamente a rotulagem e as instruções de utilização dos dispositivos médicos. Os aparelhos auditivos são parte da habilitação auditiva e podem precisar ser complementados com treino auditivo e leitura labial e devem ser utilizados apenas conforme orientado e ajustados por um técnico especializado em aparelhos auditivos. A utilização indevida pode resultar em perda auditiva repentina e permanente. Perigo de asfixia e risco de ingerir pilhas e outras peças pequenas. Para mais informações ligue 800 206 740 (chamada gratuita). (1) Desconto válido na compra que qualquer modelo de aparelhos auditivos nos centros Minisom. Não acumulável com outros descontos, promoções ou campanhas em vigor. Marque a sua consulta gratuita MÊS DA AUDIÇÃO NOVO *Comparativamente à versão standard amplifon micro 25% mais pequeno* mas com enorme desempenho 4 SelecçõesdoReader’sDigest Para sóciosACP Faça a leitura deste QR Code e agende já a sua consulta

14 | AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL MARÇO 2024 Quais as consequências para os elétricos chineses caso se confirmem as subvenções ilegais? Nessa eventualidade, a Comissão Europeia deve decidir a adoção de medidas de compensação. A determinação da existência de prejuízo deve ter em conta o volume das importações de elétricos da China e do seu efeito nos preços dos elétricos no mercado da União Europeia (UE). E da repercussão dessas importações na indústria de elétricos da União. Nestes últimos dias confirmou-se a notícia de que a UE irá exigir às autoridades aduaneiras o registo das importações de elétricos provenientes Concorrência LUÍS ROMÃO ADVOGADO ENTREVISTA da China, como potencial forma de refrear essas importações, face aos crescentes receios decorrentes do súbito aumento de tais importações. A Comissão assume existir o risco de um número crescente de produtores da União vir a sofrer de uma redução das vendas e dos níveis de produção se se mantiveram os atuais níveis mais elevados de importações, que irá ter um impacto negativo sobre o emprego e o desempenho global dos produtores da União, o que constituiria um prejuízo dificilmente reparável. Em todo o caso, este procedimento de registo não pode ser imposto por um período superior a 9 meses. Os fabricantes europeus que deslocalizaram meios de produção, em aliança com empresas chinesas, também podem sofrer consequências? Na medida em que os elétricos produzidos sob essas alianças sejam considerados como fabricados na China, nos termos e de acordo com as regras de origem da UE, é provável que os veículos fabricados por tais parcerias venham a estar abrangidos por este inquérito e poderem vir a sofrer as respetivas consequências. Há um risco de se iniciar uma guerra comercial com a China? É um cenário possível, mas creio ser mais provável que se venham a encetar negociações entre as partes, no sentido de se obter um acordo que possa ser a contento de ambas e que permita a continuação da importação de elétricos produzidos na China sem que tal afete significativamente ou ponha em causa a própria competitividade da produção de elétricos na UE. Foi isso mesmo que sucedeu no passado, por exemplo, em relação à importação de carros do Japão, em que, face ao crescente fluxo de importações para a Europa, a Comissão negociou restrições quantitativas voluntárias por parte do Japão, que este acabou por aceitar em face da possibilidade da (então) CE poder vir a incrementar significativamente as taxas alfandegárias de tais veículos ou mesmo passar a taxar individualmente os respetivos componentes e peças. Podem os estados-membros, isoladamente, tomar medidas contra as importações da China? Não, a política comercial desde há muito que é uma política comum, relativamente à qual a UE dispõe de competência exclusiva, estando atualmente tal competência exclusiva expressamente prevista no artigo 3.º, n.º 1, alínea e) do Tratado de Funcionamento da UE. O mesmo sucede com a União aduaneira, que implicou a adoção de uma pauta aduaneira comum, nas relações da União com países 3.ºs – e da livre circulação de mercadorias entre estados-membros, e consequente proibição de direitos aduaneiros de importação e exportação, restrições quantitativas e/ou de encargos de efeito equivalente. • “Os fabricantes europeus que produzem na China também podem sofrer consequências” Luís Romão, especialista em Direito da Concorrência e Direito Comunitário, duvida de uma guerra comercial entre os dois blocos. E lembra que nenhum estado-membro pode, isoladamente, adotar medidas protecionistas

16 | AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL MARÇO 2024 Como reaver o ISV cobrado ilegalmente nos usados importados? O ISV para carros usados importados da UE, alterado em 2021, vai contra as regras europeias. Se esse é o seu caso, o ACP ajuda-o a pedir o reembolso do imposto Como proceder? Se o pagamento do ISV foi efetuado há menos de 90 dias, pode recorrer ao Centro de Arbitragem Administrativa (CAAD), a entidade mais célere e que implica o pagamento de uma taxa de arbitragem. Atendendo à resolução pelo CAAD de casos semelhantes anteriores, é expectável uma decisão no prazo máximo de seis a dez meses. O requerimento para arbitragem tributária tem início online, no site do Consultório Jurídico CAAD e é obrigatória a constituição de advogado. Quanto aos documentos a apresentar, é necessária cópia do ato que se pretende impugnar (seja o ato de liquidação, a decisão de indeferimento proferida pela AT, ou outra) e o pedido de pronúncia arbitral (que terá de ser assinado pelo advogado mandatado para o efeito). Para mais informações, deve contactar o CAAD. Minutas ACP Se o pagamento foi efetuado entre 90 e 120 dias, deve apresentar uma reclamação graciosa junto da Autoridade Tributária, usando a minuta cedida pelo ACP, em acp.pt. Após esse prazo, o contribuinte deve pedir a revisão oficiosa do pagamento efetuado, também junto da Autoridade Tributária. O ACP disponibiliza também uma minuta para este ato. Caso a reclamação graciosa ou a revisão oficiosa sejam indeferidas, tem até 90 dias para recorrer ao CAAD. Alertamos para o facto de as minutas disponibilizadas pelo ACP serem modelos, devendo ser adaptados à situação em causa. Os sócios podem contar com toda a assistência jurídica do clube. Todas as consultas jurídicas carecem de marcação prévia através do telefone 213 180 200. •

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18 | AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL MARÇO 2024 Depois do Porto, foi a vez de Coimbra discutir o impacto das obras e do projeto que vai revolucionar a mobilidade na região do Mondego Depois do muito concorrido debate sobre o MetroBus do Porto, que no final de 2023 encheu a delegação do Porto com sócios e responsáveis pelo projeto numa sessão que serviu para tirar dúvidas e clarificar cronogramas,chegou a vez dos sócios de Coimbra, mas também do público em geral, terem a oportunidade de discutir o futuro da mobilidade na região, que também vai ser servida por um Metrobus. Este meio de transporte público vai ser totalmente elétrico e em canal dedicado e vai operar nos municípios de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã. O Sistema de Mobilidade do Mondego, que é a designação oficial do Metrobus ACP promoveu debate sobre Metrobus de Coimbra de Coimbra, pode não conseguir ter concluída a linha do hospital, que atravessa o centro de Coimbra, até ao final de 2025.“Vai ser muito difícil nós conseguirmos acabar a linha do hospital em 2025, mas estamos a fazer os possíveis e impossíveis para que isso aconteça”, afirmou o gestor do empreendimento do SMM e engenheiro da Infraestruturas de Portugal (IP), Duarte Miguel, que falava numa sessão de esclarecimento em Coimbra sobre o sistema de ‘metrobus’ (autocarros elétricos a circular em via dedicada), promovida pelo Automóvel Club de Portugal. • Radares batem recordes de receita O investimento no reforço da rede de radares nas estradas portuguesas já deu frutos e os dados fornecidos pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária comprovam-no. Ao longo de 2023, o Estado arrecadou um total de 96 milhões de euros em multas por infrações ao Código da Estrada, o valor mais alto desde 2009, e grande parte desta receita resultou de multas por excesso de velocidade. Após fiscalizar cerca de 79 milhões de veículos nos 98 pontos da rede SINCRO em 2023, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária indica que as multas por excesso de velocidade aumentaram 93% nos últimos quatro meses do ano. Estes quatro meses coincidem, precisamente, com aqueles em que já estavam em operação os 37 novos locais de controlo de velocidade, aos quais se devem juntar mais 25 este ano. Apesar deste aumento, o relatório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária para 2023 refere que, tendo em conta o total de infrações e o número de veículos fiscalizados, a taxa de infrações desceu 2,3% no ano passado. Talvez por isso a receita mais alta obtida com multas desde 2009 tenha, ainda assim, ficado abaixo das expectativas do Governo. Recorde-se que, tendo em conta o investimento em sistemas de fiscalização, na proposta do Orçamento do Estado para 2023 o executivo estimava uma receita de 135,8 milhões de euros. •

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20 | AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL MARÇO 2024 Legislação Cartas de condução vão ter novas regras Uma infração que resulte em pena acessória, como a carta apreendida, vai ter validade nos 27 estados-membros A União Europeia está a preparar uma autêntica “revolução” nas regras relativas às cartas de condução, com mudanças até nas idades mínimas para conduzir. A mais abrangente é a medida de proibição de condução na União Europeia (UE) por infrações graves de trânsito. Os deputados do Parlamento Europeu querem que infrações graves, como a condução sem carta válida, sob a influência do álcool ou drogas e o excesso de velocidade resultem na inibição de condução não só no Estado-membro em que foram cometidas, mas também nos outros 26. De todas as medidas, a menos polémica e, provavelmente, mais simples de implementar é a carta de condução digital, que até já foi aprovada em Portugal. Recorde-se que desde fevereiro que os documentos digitais disponíveis na aplicação móvel id.gov têm mesmo valor jurídico dos documentos físicos. Mais polémica, e alvo de críticas é a proposta de redução da idade mínima para obtenção da carta de condução de veículos ligeiros e pesados. O Parlamento Europeu pretende que seja possível tirar estas duas cartas com apenas 17 anos, podendo conduzir acompanhado a partir desta idade. Já a partir dos 18 anos o objetivo é que os jovens possam conduzir veículos com peso até 4250 kg e autocarros para até 16 passageiros. Também estão previstas mudanças ao nível do ensino e formação, com um maior foco na condução defensiva, bem como um aumento da validade da carta de automóveis e motociclos para, pelo menos, 15 anos. • Madrid exige registo de não residentes para conduzir na cidade Desde o início do ano que os automóveis que não estão registados em Madrid (não residentes) não podem circular em nenhum dos 21 bairros da cidade, a não ser que tenham procedido ao registo prévio. Por outro lado, os restantes tipos de veículos, como motos, carrinhas e camiões podem aceder à Zona de Bajas Emisiones (ZBE). Esta proibição aplica-se apenas à M-30, ficando excluídas as principais autoestradas de Madrid. Os automóveis que não estão registados em Madrid (por exemplo, de portugueses que viajam para Madrid) devem proceder ao registo/ pedido de autorização junto da Oficina Especializada de Gestión de Autorizaciones de la ZBEDEP (Distrito Centro, Calle Bustamante, 16), devendo fornecer a informação sobre o veículo por e-mail ([email protected]) ou naquela morada.• Eurodeputados querem que a inibição de condução como a sanção acessória seja válida em toda a UE

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22 | AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL MARÇO 2024 Apoios à compra de elétricos e regresso do incentivo ao abate estão congelados e dependentes do novo Governo O orçamento do Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente e da Ação Climática para 2024 foi aprovado pelo anterior Governo, mas são mais as incertezas que motiva do que as respostas que oferece. Com um valor global de 1,8 mil milhões de euros, este orçamento foi apresentado numa versão minimalista que, segundo o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, visa acautelar “o cumprimento de compromissos legais e contratuais, bem como de compromissos internacionais”. Tendo em conta estas limitações, o orçamento deixou de fora os 129 milhões de euros anunciados para o abate de viaturas em fim de vida, uma medida há muito reclamada pelo ACP, bem como a verba de 10 milhões de euros habitualmente destinada a apoiar a compra de viaturas elétricas. Ambas as medidas estão congeladas, e só a entrada em funções de um novo Governo poderá desbloqueá-las. Elsa Serra, do ACP, explica que “como o Governo está em gestão não concretiza as medidas que vão ser tomadas e remete para legislação futura (…) não se preveem novidades para breve, só em maio/junho é que podem surgir”. Já o Secretário-Geral da ACAP (Associação Automóvel de Portugal), Helder Pedro, reclama os apoios prometidos, relembrando que: “o Governo comprometeu-se a apoiar a aquisição de elétricos e o regresso do incentivo ao abate que permite Apoios aos elétricos aguardam definição a renovação do parque automóvel com modelos elétricos ou de emissões reduzidas”. Ambas as medidas agora congeladas estavam previstas no relatório do Orçamento do Estado, mas não na lei. Por essa razão Elsa Serra recorda que “será um despacho emitido pela Secretaria de Estado que dará o regulamento destas verbas”. Em 2023 foram alocados aos apoios à compra de veículos elétricos um total de 5,2 milhões de euros. Já o incentivo ao abate desapareceu em 2017 e estimava-se que em 2024 se traduzisse num incentivo a rondar os 3 mil euros. Recorde-se que atualmente o parque automóvel português apresenta uma média de idade de 13,5 anos, um valor superior à média da União Europeia e que se esperava que o regresso do incentivo viesse ajudar a reduzir. • Ambiente

Abastecer na bp é sinónimo de poupança. Por um lado, poupa ao receber um vale de 3€ em abastecimentos superiores a 30 litros com bp Ultimate com tecnologia ACTIVE, ou de 1€ se abastecer com combustível regular. Por outro, poupa ao acumular com os benefícios do seu cartão ACP ou com o desconto direto dos cartões BP Bónus. Quando voltar, é só aproveitar. Oferta cumulativa com benefícios Poupa Mais e desconto cartões bónus, incluindo cartão ACP. Oferta de vale de 3€ em abastecimentos superiores a 30l com bp Utimate com tecnologia ACTIVE, ou de 1 € em abastecimentos superiores a 30l com combustível regular, para redenção no abastecimento seguinte. Campanha válida até 30 de abril de 2024. Não válida para pagamentos com cartão Routex. Todas as condições em www.bp.pt Na bp, voltar 3€ é poupar até ≥30 litros = 1€ ou 3€

24 | AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL MARÇO 2024 ACP Elétrico do Ano smart #1 Inscreva-se aqui Vote e ganhe um 2024 Concurso regressa em 2024 com novidades e um novo automóvel para oferecer Patrocinador principal: Patrocinadores:

AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL MARÇO 2024 | 25 Os modelos a concurso em cada categoria podem ser experimentados na sede do ACP, mediante disponibilidade A concurso estão novamente quatro categorias que representam os diversos segmentos do mercado – Familiares, Premium, Citadinos/Utilitários e SUV/Crossover. A grande novidade este ano passa pelos test-drive aos candidatos de cada categoria no dia da abertura das votações. O primeiro decorre já a 15 de abril e vai permitir aos sócios experimentar os modelos da categoria dos Familiares e podem votar entre 15 e 30 de abril. Para fazer um test-drive basta ligar o 215 915 915 e agendar o modelo que quer experimentar. As inscrições para a 1ª categoria abrem a 8 de abril Quanto à primeira categoria a concurso, esta engloba automóveis especialmente pensados para transportar a família com conforto, segurança, espaço. Apesar de terem todos a mesma missão, os modelos desta categoria assumem os mais diversos formatos de carroçaria e vão desde as esguias berlinas até aos desportivos SUV-Coupé ou as tradicionais carrinhas. • Antes de votar faça um test-drive 2024 Este ano quem participar no concurso ACP Elétrico do Ano 2024 habilita-se a ganhar um smart #1. Com um visual moderno e versátil, este é o primeiro SUV da smart e o modelo mais familiar da história da marca que se tornou célebre pelos seus veículos citadinos. Com 272 cv e 343 Nm de potência, o smart #1 Pro conta com uma bateria de 49 kWh que lhe oferece até 310 km de autonomia. Quanto ao carregamento, bastam 30 minutos num carregador rápido (DC) de 130 kW para carregar de 10 a 80%.• Leve um smart #1 para casa Como concorrer Sorteios Prémios Para participar basta registar-se no site eletricodoano.acp.pt Para votar, registe o seu voto no site do concurso com as credenciais definidas no registo e escolha a viatura a concurso (apenas é aceite um voto por utilizador e não permite alteração posterior). O participante vencedor de cada categoria é sorteado entre os que votaram no modelo mais votado, o automóvel vencedor da categoria. O vencedor do grande prémio é sorteado entre os concorrentes que acertaram no carro mais votado, o ACP Elétrico do Ano. O participante vencedor de cada categoria recebe 4 carregamentos de 250€ na app ACP Electric. O Grande Vencedor vai receber um automóvel elétrico smart #1 e a oferta de uma anuidade de sócio do ACP. Familiares Premium Citadinos / Utilitários SUV / Crossover 15 A 30 DE ABR. DE 2024 15 A 30 DE JUL. DE 2024 15 A 30 DE OUT. DE 2024 15 A 30 DE DEZ. DE 2024 Pode acompanhar online o decorrer do sorteio no siteeletricodoano.acp.pt Consulte o regulamento em eletricodoano.acp.pt DATAS DE VOTAÇÃO CATEGORIAS

26 | AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL MARÇO 2024 Preço • p rtir de 46.990€ Potênci • 313 cv Autonomi • 492 km B teri • 83 kWh Pot. C rreg mento (AC/DC) • 110 kW / 150 kW Tempo C rreg mento (AC/DC) • (AC 11 kW) 8h té 100% (DC 150 kW) 37min de 10% té 80% O BYD Seal é o novo familiar da marca chinesa que pretende conquistar a Europa. Tem um desenho agradável e apresenta prestações eficientes. BYD Seal CATEGORIA Familiares Saiba mais sobre este modelo Hyundai IONIQ 5 Preço • p rtir de 53.150€ Potência • 229 cv Autonomia • 507 km Bateria • 77 kWh Pot. Carregamento (AC/DC) • 11 kW / 240 kW Tempo Carregamento (AC/DC) • (AC 11 kW) 8h até 100% (DC 240 kW) 18min de 0% até 80% Mistura um design retro e futurista que resulta num modelo único e que causa impacto por onde passa. É o responsável pelo arranque elétrico da Hyundai. Saiba mais sobre este modelo 2024 • Ecr centr † rot tivo • B g geir di nteir com 53 †itros de c p cid de Saiba mais sobre este modelo Peugeot e-308 SW Preço • a partir de 44.875€ Potência • de 156 cv Autonomia • 410 km Bateria • 54 kWh Pot. Carregamento (AC/DC) • 11 kW / 100 kW Tempo Carregamento (AC/DC) • (AC 11 kW) 6h até 100% (DC 100 kW) 27min de 20% até 80% É uma das poucas carrinhas 100% elétrica no mercado nacional e está carregada de argumentos. Oferece bastante espaço no interior e uma boa autonomia elétrica, o ideal para uma família. • P ine† de instrumentos digit † 3D • B g geir com 608 †itros de c p cid de • Função V2L (Vehicle To Load) transforma-o num “carregador sobre rodas” • Faróis LED pixelizados

AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL MARÇO 2024 | 27 Esta categoria encontra-se a votação entre 15 e 30 de abril.Inscreva-se e vote no seu favorito! É o maior smart de sempre, apesar de dividir a plataforma com o #1. Distingue-se por ser elegante, aerodinâmico e espaçoso. smart #3 Preço • a partir de 37.950€ Potência • 272 cv Autonomia • 325 km Bateria • 49 kWh Pot. Carregamento (AC/DC) • 7,4 kW / 130 kW Tempo Carregamento (AC/DC) • (AC 7,4 kW) 7h30min até 100% (DC 130 kW) 30min de 10% até 80% VW ID7 Preço •  prtir de 59.911€ Potência • 286 cv Autonomia • 621 km Bateria • 77 kWh Pot. Carregamento (AC/DC) • 11 kW / 270 kW Tempo Carregamento (AC/DC) • (AC 11 kW) 8h até 100% (DC 270 kW) 20min de 0% até 80% É o topo de gama da linha elétrica da Volkswagen e também o maior de todos os ID. Para além de estilo também oferece alguns elementos de luxo. Saiba mais sobre este modelo Saiba mais sobre este modelo 2024 • Maior smart de sempre • Sistema de som Beats • Faróis LED Matrix permitem uma condução permanente com os máximos • Head-up display com realidade aumentada Foi o primeiro modelo 100% elétrico da marca. É prático e pensado para uma utilização familiar, o interior surpreende pelo espaço abundante e um nível elevado conforto. Saiba mais sobre este modelo Skoda Enyaq Preço •  prtir de 45.350€ Potência • 179 cv Autonomia • 399 km Bateria • 62 kWh Pot. Carregamento (AC/DC): • 130 kW Tempo Carregamento (AC/DC): • (AC 11 kW) 6h30min até 100% (DC 130 kW) 22min de 10% até 80% • Apesar de toda a tecnologia mantém botões físicos • Modelo foi responsável por mudar a imagem da marca checa

28 | AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL MARÇO 2024 A festa do ACP Elétrico do Ano 2023 Entrega de prémios do concurso entregou um MINI Cooper SE e contemplou ainda o prémio Mobilidade e Desporto Casa cheia para a entrega de prémios da 1ª edição do maior concurso de automóveis elétricos realizado em Portugal, uma iniciativa do Automóvel Club de Portugal que decorreu ao longo de 2023 e que reuniu os votos de mais de 50 mil portugueses. O grande vencedor do ACP Elétrico do Ano 2023 foi o Mercedes-Benz EQS SUV, que também venceu na categoria Premium.“É o nosso elétrico mais Premium. Como sabem, a Mercedes-Benz está a caminhar para se tornar uma marca 100% elétrica até ao final de 2039 e receber prémios como este é um orgulho para nós. No ano passado 56% dos carros que Susana Mendonça do Grupo Stellantis recebeu os prémios nas categorias SUV e Citadinos João Matos, da Tesla Portugal, recebeu o prémio na categoria Familiares A Mercedes-Benz foi a grande vencedora do ACP Elétrico do Ano 2023. Daniela Jorge recebeu o prémio entregue por Carlos Barbosa

AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL MARÇO 2024 | 29 Dezenas debaixo de chuva para testarem os vencedores O mau tempo não fez esmorecer a oportunidade dada pelo Automóvel Club de Portugal de experimentar o vencedor de cada uma das quatro categorias do concurso Elétrico do Ano. Com partida e chegada da Rua Rosa Araújo, sede do clube, foram efetuados mais de 60 testes. “Decidi inscrever-me para testar os vencedores do concurso para tentar perceber se de facto o elétrico serve os meus propósitos. Mas confesso vendemos eram elétricos e híbridos Plug-in, por isso isto para nós já o presente e não o futuro”, afirmou Daniela Jorge, da Mercedes-Benz Portugal, no momento da entrega do prémio. Na categoria Crossover/SUV venceu o Peugeot e-2008 e na categoria de Citadinos/Utilitários venceu o DS 3 e-Tense.“É um reconhecimento da transição energética que temos vindo a implementar nas nossas gamas. É com muito prazer que recebemos estes prémios”, revelou Susana Mendonça, a representante do Grupo Stellantis, dona da Peugeot, Citroën, Fiat, entre outras. “Queria dar os parabéns ao ACP por esta iniciativa, e também aos restantes vencedores. É muito importante nesta fase continuar a difundir informação sobre a mobilidade elétrica e a desmistificar, sobretudo. Para nós, que nos dedicamos a acelerar a transição para uma energia sustentável, todos os contributos são muito importantes e por isso os nossos parabéns ao ACP”, descreveu João Matos, da Tesla Portugal, depois de ter recebido o prémio na categoria de Familiares, com o Tesla Model 3. O prémio Mobilidade do ACP Elétrico do Ano 2023 foi entregue à Mobi.e, a entidade gestora da rede pública de carregadores, num reconhecimento de um ano em que foram realizados um total de 3,7 milhões de carregamentos de veículos elétricos, em comparação com um total de cerca de 2,2 milhões de carregamentos em 2022, o que se traduz num crescimento de 63%. Também foi destacada a equipa que ganhou o Campeonato de Portugal de Novas Energias, com a dupla Eduardo Carpinteiro Albino/José Carlos Figueiredo, apoiada pelo ACP, a receber o prémio de Desporto do Elétrico do Ano ACP. • que levava já um deles para casa, sobretudo o vencedor”, explicou Carlos Araújo, uma das pessoas que foi experimentar aqueles automóveis. “Devo dizer que é uma surpresa, é uma tecnologia completamente nova, pelo menos para mim. Fiquei muito agradado com a condução, embora requeira habituação ter tanta tecnologias e ecrãs no habitáculo, isto apesar de vivermos no tempo deles. O silêncio em marcha é uma coisa fora do normal, um espetáculo”, descreveu, por seu lado, João Lima, outro que não faltou à chamada do ACP. • 2024 Os prémios distinguiram ainda as categorias Mobilidade e Desporto

30 | AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL MARÇO 2024 2024 Mercedes-Benz EQS SUV Os detalhes do ACP Elétrico do Ano 2023 Além de ter sido o mais votado das quatro categorias a concurso, o modelo da marca alemã venceu também a categoria Premium Capaz de conjugar o luxo de uma berlina com o espaço de um SUV, o Mercedes-Benz EQS SUV é o quarto SUV 100% elétrico da marca alemã e, ao mesmo tempo, o mais exclusivo de todos. Grande vencedor do ACP Elétrico do Ano 2023, o SUV alemão impressiona pelo visual imponente no qual se destacam detalhes como a grelha dianteira fechada ou a faixa luminosa que une os faróis traseiros, elementos que já são “imagem de marca” das propostas 100% elétricas da Mercedes-Benz. O luxuoso interior é marcado pelos materiais de elevada qualidade, pela robustez tipicamente associada à Mercedes-Benz, mas também pela tecnologia. Exemplo disso é o ecrã gigante de 1,41 m de largura que se estende ao longo do tabliê e os dois ecrãs destinados a entreter quem viaja na segunda fila de bancos. Outro fator a destacar a bordo do EQS SUV é o espaço. Mesmo com três filas de bancos, que permitem transportar até sete passageiros, o modelo alemão oferece uma bagageira com 645 litros de capacidade, valor que sobe para os 880 litros quando se abdica dos dois lugares extra. No total a gama é composta por três versões: EQS 450+, EQS 450 4MATIC e EQS 580 4MATIC. As duas primeiras oferecem 360 cv (265 kW) de potência e a última 544 cv (400 kW). Comum a todas as versões é a bateria de 107,8 kWh que promete uma autonomia máxima de 702 km. Quanto ao carregamento, o EQS SUV suporta cargas rápidas em corrente contínua (DC) com uma potência de até 200 kW o que, permite repor mais 300 km de autonomia em apenas 15 min. •

AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL MARÇO 2024 | 31 2024 “Nunca acreditei na sorte, mas há dias felizes” Uma surpresa que este sócio do Porto não estava nada à espera.“Nunca acreditei muito na sorte, tive mais a intenção de participar no concurso mas como há dias felizes fui depois informado que tinha ganho o prémio”. Ao conhecer de perto o citadino que lhe calhou em sorte, José Barbosa reconheceu de imediato o conforto e espaço interior que o carro oferece apesar de ser um pequeno utilitário.“É também um carro muito bonito e tecnicamente evoluído” adiantou. Relativamente a esta iniciativa realizada pela primeira vez pelo ACP, o sócio vencedor considerou “ser positiva na medida em que faz com que as pessoas olhem para os carros elétricos de maneira diferente”. Para José Barbosa, este concurso não serviu apenas para dar prémios, sendo ainda uma forma de lembrar “como o ACP está sempre presente quando precisamos dele quer seja nas nossas casas, na saúde ou na estrada. O maior concurso de automóveis elétricos realizado em Portugal ao longo de 2023 reuniu os votos de mais de 50 mil portugueses. O grande vencedor do ACP Elétrico do Ano 2023 foi o Mercedes-Benz EQS SUV, que também venceu na categoria Premium, mas o Peugeot e-2008 (categoria Crossover/SUV), o DS 3 e-Tense (categoria Citadinos/Utilitários) e o Tesla Model 3 (categoria Familiares) também brilharam na cerimónia realizada na sede do clube. • José Barbosa foi o vencedor do Grande Prémio Elétrico do Ano ACP, ao receber um Mini Cooper SE

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