Revista ACP novembro

54 | AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL NOVEMBRO 2023 Os saqueadores deste país perdido CARLOS SILVA SÓCIO 33336 Muito se tem fala sobre o aumento do Imposto Único de Circulação (IUC) no caso dos veículos anteriores a 2007. Justifica o Governo agora demissionário que “este aumento acontece por razões ambientais e pelo facto destes veículos produzirem mais CO2”. O mesmo Governo, muito sensível às questões ambientais, mas que corria o mundo atrás do chuto na bola utilizando os transportes necessários para o efeito e sem o menor pudor sobre a poluição causada. Já sobre o aumento do IUC é mais uma invenção dos espertos políticos para sacar dinheiro aos contribuintes, senão vejamos: o verdadeiro Imposto de Circulação existente, é pago com o Imposto Sobre os Combustíveis sempre que abastecemos e quanto mais circularmos mais pagamos. Os automobilistas são a galinha dos ovos de ouro dos governos. Pagam IUC para circular, pagam estacionamento para estarem parados, pagam autoestradas para reforçar a circulação, pagam IA na compra de carros novos, pagam IVA com incidência também no IA (reforço), pagam ISC sempre que abastecem (mais IVA, claro!), pagam IVA em todas as idas à oficina, Impostos Verdes (!?) por cada muda de pneus, multas de trânsito (isentas/ocultadas para tribos oficiais que circulam em excesso de velocidade – governantes, deputados e quejandos), pagam ainda para circular mais rapidamente em autoestradas entupidas, em obras, ou projetadas com troços impeditivos de circular a mais de 80 km. Portanto, na minha modesta opinião, não vale a pena continuar com esta discussão nos termos que tem vindo a acontecer. Isso, é alimentar o jogo demagógico de um dos maiores oportunistas políticos (o IUC sobe 25€/ano e o IRS desce cerca de 800€ este ano). Esqueçamos a “árvore e vamos à floresta”: comparando o OE/24 com os anteriores, em que as despesas são X e as receitas são Y, facilmente se verificará o aumento de Y. Logo, há realmente um aumento real da carga fiscal no OE/24. O resto é… blá, blá, blá.. Aumento do Imposto Único de Circulação DUARTE JOSÉ SÓCIO 13056 Felicito o Presidente do ACP pela feliz intervenção que efetuou sobre a pretendida alteração ao Imposto Único de Circulação (IUC) que pode vir a esmagar 3,5 milhões de cidadãos mais desfavorecidos. O povo Português necessita de ter alguns esclarecimentos para que possa perceber essa arbitrariedade. Porque esta voracidade fiscal que pode atingir o record de 38% de carga fiscal, quando as receitas superam o previsto? Destina-se a “tapar” a irresponsabilidade do governo demissionário na gestão da TAP, da banca e outras? Que insensibilidade é esta que ameaça atingir que mais dificuldade tem, num país em que 22% da população está em risco de pobreza? Este desprezo é próprio de personagens de cariz ditatorial onde reina o desprezo pelo mais fraco. Se a média de idade do automóvel é de 13,5 anos não é porque essa parte de cidadãos tenha dinheiro para trocar por um novo automóvel. Estes portugueses necessitam dos seus ordenados para satisfazer as suas necessidades básicas cada vez mais difíceis de suportar (habitação, saúde, ensino dos filhos) não dispondo de verbas para satisfazer esse tipo de bens. Estes 3,5 milhões de cidadãos nacionais não são primeiros ministros que têm 25 automóveis ao seu dispor, dos quais 14 são elétricos e que foram pagos pelos impostos que lhes foram obrigatoriamente cobrados. Estes 3,5 milhões de portugueses não passam a vida a viajar em voos por vezes supérfluos para satisfazer delírios de novo-riquismo e que também são pagos pelos impostos que foram obrigados a pagar. Estes 3,5 milhões exigem respeito e esperam que com a sua ação possa pôr fim a esta insensibilidade, insensatez, irresponsabilidade e arrogância. Tantos dias para notificar uma multa LUCIANO MARTINS DA ASSUNÇÃO SÓCIO 34295 Já fui multado quatro vezes ao passar pelo radar que se encontra instalado na Av. Padre Cruz, junto ao Edifício dos Deficientes das Forças Armadas. Todas as multas estão pagas, mas garanto que aquele radar colocado numa avenida com quatro vias, para cada lado, sem passadeiras e com separador central, não está ali por motivos de prevenção e segurança. Porque na vida só vimos aquilo que conhecemos, apenas dei conta desse Cartas dos Sócios Cartas

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