AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL SETEMBRO 2023 | 9 mundiais de veículos elétricos passaram de cerca de um milhão para mais de 10 milhões anuais de unidades, o que sublinha a natureza exponencial do crescimento das vendas de veículos elétricos. Em Portugal, os números também são animadores, com um crescimento de 25% face a 2021, tendo sido vendidos um total de 17.817 ligeiros de passageiros elétricos, contra 138 mil carros com motor a combustão. A impulsionar esta tendência, sobretudo na Europa, que é o segundo maior mercado de elétricos, também está a decisão da União Europeia de proibir a venda de automóveis a combustão a partir de 2035, a que se somam as pesadas multas por exceder a média legal de emissões dos modelos à venda. Ainda assim, olhando para o total de veículos ligeiros a circular em todo o mundo, as notícias são positivas para os elétricos. Com as vendas a crescer a dois dígitos, o número de veículos elétricos a circular nas estradas subiu para mais de 18 milhões de viaturas em todo o mundo. Mais de metade circulam na China. Expectativas em alta As vendas registadas no primeiro trimestre de 2023 apontam para um mercado otimista, apoiado pela descida dos custos, bem como pelo reforço do apoio político em mercados-chave como os Estados Unidos, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). Globalmente, 2023 deverá registar cerca de 14 milhões de automóveis elétricos vendidos, isto tomando como base os mais de 2,3 milhões já vendidos no primeiro trimestre do ano. A cumprir-se a tendência, estes valores podem resultar num aumento de 35% face a 2022, elevando a quota global de vendas de elétricos para cerca de 18%. Incentivos vão acabar? Depois de um atraso de quatro meses na abertura dos incentivos à compra de elétricos em Portugal, o governo fez saber em maio: os incentivos, que este ano valeram 4 mil euros para 1.300 ligeiros de passageiros elétricos, podem não regressar em 2024. O Secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado defendeu, em entrevista, que o estímulo à mobilidade elétrica deve “evoluir”para uma fórmula “mais universal, atuando ao nível do custo da operação do carro – o da energia”. A ideia é que o preço dos carregamentos seja “bastante mais barato” do que o do abastecimento “com combustível fóssil”, explicou Delgado. Mas o governo fez também saber mais tarde que os
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