Revista ACP junho

18 | AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL JUNHO 2023 Um dos maiores desafios para homens e máquinas no desporto automóvel, continua a encantar e a fazer sonhar um século depois Uma prova que se prolongasse ao longo de 24 horas, que pusesse à prova a resistência de pilotos e máquinas e cujo vencedor não fosse determinado pelos tempos alcançados por volta, mas antes pela distância percorrida. Foi com base nestas premissas que durante uma visita ao Salão de Paris de 1922 Georges Durand, secretário-geral do Automobile Club de l'Ouest, Charles Faroux, jornalista automobilístico e o industrial Émile Coquille criaram o “Rudge-Whitworth 24-hour Endurance Grand Prix”, uma prova lançada no ano seguinte e que ficaria conhecida como... 24 Horas de Le Mans. No ano do seu centenário, as 24 Horas de Le Mans foram fiéis a si mesmas. Proporcionaram-nos uma corrida recheada de pontos de interesse, muito graças aos novos regulamentos que multiplicaram o número de candidatos à vitória. No final, a vitória sorriu à Ferrari, que após 50 anos afastada das provas de resistência e 58 anos depois da última vitória em Le Mans assinou um regresso triunfante, impondo-se a marcas como a Cadillac, a Peugeot, a Porsche ou a Toyota para alcançar a sua 10ª vitória na prova. A corrida mais louca do mundo faz 100 anos 24 Horas de Le Mans Contudo, mais do que do presente das 24 Horas de Le Mans, urge recordar a sua história e perceber como uma prova idealizada há 100 anos continua a ser um dos pontos altos do desporto automóvel. Do nordeste de França para o mundo Com 13,626 km de extensão, o circuito de La Sarthe é um dos mais longos do mundo. Alvo de várias alterações ao longo dos anos, o circuito continua a integrar estradas públicas. Entre os setores mais icónicos encontramos as curvas “Arnage” e “Dunlop, a chicane “Indianapolis”, inalterada desde 1923, ou as retas “Hunaudières” e “Mulsanne”.

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