AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL JUNHO 2023 | 15 castigados por uma falta gravíssima que é conduzir com 1,2 g/l de álcool no sangue”. Mais ainda quando a principal causa de morte entre os jovens é precisamente a sinistralidade rodoviária. A lista das contraordenações graves e muito graves abrangidas pela proposta do Governo inclui um perdão ao excesso de velocidade, uso de telemóvel ao volante, ausência de cinto de segurança, falta de seguro obrigatório, estacionamento em passadeiras ou lugares de deficientes e condução sem inspeção periódica obrigatória. Já na questão dos crimes rodoviários, há um perdão total os casos de condução sob efeito de álcool com taxa igual ou superior a 1,2g/l ou sob o efeito de substâncias psicotrópicas, mas aqui com uma ressalva: desde que a conduta não tenha causado perigo a terceiros e seja a título negligente. Apenas são considerados os praticados até 19 de junho. Em 2022 registou-se um total de 1,5 milhões de infrações. Mobilidade incerta a um mês do evento A um mês da realização de um evento com uma dimensão nunca vista em Portugal, em que cerca de um milhão e meio de pessoas vão circular pela Grande Lisboa por causa da Jornada Mundial de Juventude (JMJ), ainda não era conhecido o plano de mobilidade, deixando na expectativa os municípios que recebem eventos centrais da jornada (Lisboa, Loures e Oeiras), operadores de transporte público ferroviário, fluvial e rodoviário, dioceses de acolhimento (Lisboa, Santarém e Setúbal), o gestor das infraestruturas rodoviárias e ferroviárias nacionais e as forças de segurança. Segundo o coordenador do grupo de projeto para a JMJ, José Sá Fernandes, já estavam “identificados 7200 lugares de estacionamento em 26 locais, o que significa o transporte de mais 300 mil pessoas”. Mas pouco mais se sabia no final de junho. Conhecido era uma primeira versão macro apresentada em abril em que dos 1,2 milhões de visitantes esperados, 200 mil (17%) já estarão na cidade de Lisboa desde o início do evento, 500 mil (42%) virão em transporte público regular, 200 mil (17%) virão em 4000 autocarros e 300 mil (25%) utilizarão o transporte individual, o que, neste caso, implica mais 125 mil carros a circular e a estacionar na cidade. A aposta também estava centrada nas deslocações a pé. Numa primeira fase espera- -se que os peregrinos se desloquem a pé no centro da cidade
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