Revista ACP Março

66 | AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL MARÇO 2023 Circulação a duas rodas JOÃO PEREIRA DA SILVA SÓCIO 66792 Com a anarquia rodoviária instalada com a circulação de trotinetes, bicicletas e skates, muitos poucos acidentes se têm registado e pouco graves. Estes veículos passaram a circular em ciclovias (quando há) passeios e estradas em sentido contrário, pela direita e esquerda ao mesmo tempo, trotinetes com adolescentes de reboque a dois e até a três e já agora os skates que até já há elétricos também. Capacetes (palavra desconhecia para a maioria) regras de trânsito de velocidade e ultrapassagens, como se quer, quando um responsável da PRP, autárquicos ou outros atropelarem um destes circulantes há notícia concerteza para dar e em excesso de velocidade, não? Sendo o ACP o maior clube de associados, com a acesso às autoridades rodoviárias e autarquias nacionais, não poderá fazer uma maior pressão para regulamentar, seriamente, este flagelo? Não pode valer tudo com o argumento da defesa enérgica, tem de haver respeito por quem respeita os outros, sobretudo as regras de trânsito para todos os que circulam na via pública. Sinalética confusa e perigosa MANUEL MOGO SÓCIO 20280 Sendo a sinistralidade automóvel um flagelo em Portugal, não vejo operações stop em dias de chuva ou nevoeiro, mais que não fosse como uma atitude pedagógica junto dos condutores, que insistem em circular de luzes apagadas. Por outro lado, fotografam-se veículos em excesso de velocidade mas não se faz o mesmo quando estes não param na presença do sinal vermelho (no caso dos semáforos que fecham quando um veículo se aproxima a uma velocidade superior à fixada ainda é pior). Por que razão se inclui no livrete do veículo as medidas dos pneus homologados, deixando de fora o índice de carga? E a quem compete fiscalizar a sinalização colocada nas estradas, nomeadamente aquela que sinaliza obras ou trabalhos na via? Sobre este último ponto deixo aqui um exemplo flagrante da incúria/desleixo relacionada com a sinalização de uma obra em Sintra. Quando termina o IC 19 entra-se em Sintra por uma via onde o trânsito circula do lado direito. Neste sentido, os automobilistas deparam-se com três sinais que proíbem a circulação a mais de 30 km/h. Quando se iniciou essa obra, foram colados pinos a estreitar a via do lado esquerdo, onde foi aberto um buraco e tapado com saibro. Daí que o sinal de perigo a assinalar o estreitamento da via do lado direito está errado. Por outro lado, essa proibição de circular a mais de 30 km/h, é anulada por um sinal de proibição de circulação a mais de 40 km/h, que se encontra mais à frente (mas antes do referido buraco). Uns dias mais tarde, o dono da obra decidiu recuar os pinos para a berma, ficando assim o buraco a ocupar metade da via. Os veículos que circulam em sentido contrário em vez de se desviarem progressivamente do buraco, desviamse agora de forma inesperada para a faixa contrária aumentando o risco de acidente. Esta situação é verdadeiramente lamentável – a forma como se espalham sinais nas estradas – e não me parece que alguém responsável se importe muito com isso. Mau comportamento na estrada CEIA SIMÕES SÓCIO 3448 As ultrapassagens nas estradas e autoestradas carecem de dicas especiais pelas velocidades dos veículos e as velocidades relativas que são muito diferentes das dos circuitos urbanos. Vêem-se, com frequência, veículos aproximaremse demasiado de outros para ultrapassarem e, repentinamente, guinarem para a faixa de ultrapassagem com uma velocidade relativa muito lenta. Depois de ultrapassarem guinam rapidamente para a frente dos veículos ultrapassados para retomarem a mão, obrigando os veículos ultrapassados a fazerem uma brusca redução de velocidade. Isto é consequência de quem praticamente só conduz em meio urbano e da má formação na aprendizagem da condução, ou seja, o ensino de condução serve só para se passar no exame e não para se conduzir corretamente e em segurança, até porque o Código da Estrada só contempla as condições de condução como se tudo fosse feito dentro de carris. Eis porque continuo Cartas dos Sócios Cartas

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