6 | AUTOMÓVEL CLUB DE PORTUGAL NOVEMBRO 2022 Eduardo Souto Moura recorda o Morris Seven que comprou sem o ver primeiro e onde chegou a dormir numa viagem de trabalho que fez ao Algarve Qual foi o seu primeiro carro? Um Morris Seven de 1971. Depois de tirar a carta precisava do carro e foi o que apareceu, nem o vi. O meu irmão é que soube dele e disse-me. Era o que queria ou o que foi possível ter? Foi o que foi possível ter, o preço estava dentro do meu orçamento na altura. Que memórias guarda dele? Sobretudo as viagens que fiz, como uma ao Algarve. Ia em trabalho e cheguei lá à noite. Dormi no carro, depois tratei do que tinha a tratar e regressei ao Porto. No espaço de poucas horas fiz 1.200 quilómetros. EDUARDO SOUTO MOURA Natural do Porto, o arquiteto é casado e tem três filhas. Se pudesse recuperava-o? Não sou muito saudosista, mas se ele aparecesse comprava-o se não fosse muito caro. Agora aprecio mais os carros clássicos, sobretudo os seus processos de restauro. Tenho dois Porsche dos anos 60 em que acompanhei os respectivos restauros. Que tipo de condutor se considera? Devia ser mais atento, sou muito distraído, sempre a pensar no que tenho de fazer e por vezes apanho sustos. Mas tento ter sempre algum cuidado. O que pensa dos portugueses ao volante? Acho que são egoístas, têm pouca consideração pelos outros condutores e estacionam em qualquer lado, muitas vezes por situações que não o justificam. Que projeto mais gostou de assinar? O Estádio de Futebol de Braga. É diferente de todos os outros, sobretudo pelo seu design. Foi pensado ao pormenor, desde os parafusos à iluminação vertical, como nos teatros. Costuma ter percalços na estrada? É raro, mas já me aconteceu ter de carregar a bateria do carro e para isso chamei o ACP. Para si o ACP é sinónimo de… Eficácia, porque tudo o que precisei do clube tive-o. Bem e de forma breve. • O Meu Primeiro Carro “O ACP foi eficaz em tudo o que precisei” Entrevista
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