14 ACP CLÁSS I COS Um clássico restaurado e outro preservado são coisas diferentes. Quando se restaura um veículo antigo o objetivo é torná-lo o mais original possível na mecânica, carroçaria, pintura ou interiores. Um clássico restaurado deve obedecer ao seu estado original Quanto mais fiel ficar em relação ao estado original, melhor é a qualidade do trabalho de restauro. Já um clássico preservado encontra-se tal qual saiu de fábrica sem nunca ter sofrido qualquer intervenção, exceto em pequenos detalhes que se vão deteriorando com o tempo. Foi para perceber melhor essas diferenças e as suas histórias que colocámos lado a lado dois automóveis da mesma marca, do mesmo modelo e quase da mesma idade: dois Alfa São dois mundos que não devem ser confundidos, mas para os especialistas são estas as tendências de mercado e as melhores formas de conservar um clássico Restauradooupreservado? onde é e de onde vem. Um bom restauro tem essa vantagem, ficar a conhecer o carro que tenho”. Anos depois, a marca italiana lançou a série 2 do mesmo modelo e um deles foi doado ao ACP. Trata-se de um carro que nunca foi mexido, está como saiu de fábrica, apenas fez as revisões necessárias durante a sua vida. Um clássico preservado está exatamente como saiu de fábrica Com as intervenções mínimas efetuadas pelo clube na altura em que foi oferecido é a mesma coisa que andar num carro novo, mesmo com os anos que tem em cima. Lado a lado, estes carros parecem iguais, mas, afinal, têm percursos de vida bem distintos e ambos mostram bem o que é ser um clássico restaurado e outro preservado. Romeo 1750 GT Veloce de 1968 e de 1970 (da esqª para a dtª na imagem). Restaurar um clássico é um processo demorado e dispendioso, e até podem acontecer alguns azares, mas também tem vantagens. No caso de Francisco Alves, o primeiro restauro do seu Alfa Romeo 1750 GT Veloce de 1968 não correu bem e chegou a pensar em desfazer-se do carro com que sonhava desde criança. “Tive azar com o primeiro sítio onde o carro esteve a recuperar a chapa. O carro estava todo desmanchado tinha sido só restaurado de chapa estava mal feito o trabalho e tive de restaurar novamente, onde encontrei uma pessoa que trabalha muito bem, é conhecedora e experiente”, explica. Para o sócio do ACP a vantagem de ter um clássico bem restaurado “é saber o que tenho e o que foi feito. Fiquei a conhecer muito bem o carro, todas as suas particularidades, o que me permite também se for preciso mexer nalguma coisa saber em princípio
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