Revista Clássicos - julho

Mais de 500 clássicos espalharam charme no Funchal Uma coleção que conta a história do famoso modelo MADEIRA CLASSIC CAR REVIVAL PORSCHE 356 RALLY ACP CLÁSSICOS A prova estreou no Norte

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ACP CLÁSSICOS • SUPLEMENTO REVISTA ACP • Nº 791 • JULHO 2022 • NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE acp.pt/classicos /acpclassicos /acpclassicos [email protected] A C P C L Á S S I C O S Venceu o bom senso Em 2022 fecha-se o primeiro ciclo de quatro anos iniciado em janeiro 2018, com a entrada em vigor da alteração da lei que regula as Inspeções Periódicas Obrigatórias (IPO). A partir desta data, os automóveis com mais de 30 anos, desde que devidamente certificados como veículos de interesse histórico, passaram a estar isentos das IPO, como já acontecia anteriormente aos automóveis até 1960. Esta alteração veio corrigir o desfasamento que existia entre as caraterísticas técnicas dos clássicos com mais de 30 anos e o grau de exigência de uma IPO calibrada para automóveis modernos com mais de quatro anos. O que acontecia até então e, todos os entusiastas de clássicos passaram mais cedo ou mais tarde por essa experiência, era que um automóvel de 50 anos ficava dependente do grau de sensibilidade do centro de Inspeção Periódica Obrigatória. Acabou por vencer o bom senso e os clássicos deixaram de estar sujeitos a um tipo de testes em que a maioria tinha grande dificuldade em superar com sucesso. Passado este período, podemos afirmar com segurança e, com conhecimento de causa, que esta alteração à lei foi a medida certa embora tenha pecado por tardia. Os milhares de clássicos que hoje se encontram certificados têm um uso esporádico e lúdico, são conduzidos de uma forma responsável e a esmagadora maioria é alvo de uma manutenção muito cuidada. Prova de tudo isto, é a baixa taxa de sinistralidade dos veículos históricos, que raramente são a causa dos acidentes em que estão envolvidos. LU Í S CUNHA Sec r e t á r i o - Ge r a l ACP C l ás s i cos p.04 Rally ACP Clássicos Norte Prova teve como cenário as estradas do Douro p.11 p.15 Coleção Porsche 356 p.07 Madeira Classic Car Revival O mundo dos clássicos da Madeira em exposição A evolução do modelo ao longo do tempo 17 Rally ACP Clássicos Sul Regressa à região de Mafra 70 anos do Mercedes-Benz SL O charme que marcou a história da marca Agenda 2022 SETEMBRO 03 Rally de Portugal Histórico Com partida e chegada ao Estoril A última prova do ano OUTUBRO 18 Rali D. Carlos I NOVEMBRO

O primeiro Rally ACP Clássicos Norte aliou o espírito desportivo à vertente social, juntando 30 exemplares marcantes da história do automóvel, entre 1960 e 1990, além de futuros clássicos produzidos até 2000. Entre os automóveis que participaram na prova que o ACP Clássicos estreou a Norte, e que contou também para a ACP Clássicos Cup, destacaram-se A prova do ACP que se estreou a Norte reuniu mais de 30 clássicos, que animaram algumas das mais belas estradas da região do Douro RALLY ACPClássicos modelos icónicos como o Jaguar XK 140 Roadster, Porsche 911, Lotus Elan Sprint, Alfa Romeo Junior Zagato, Datsun 260 Z, Morgan 4/4 ou Jaguar XJS, entre tantos outros. Estruturalmente composto por uma prova de estrada de itinerário secreto, com 150 quilómetros de extensão, onde se incluíram nove provas de classificação de Regularidade Histórica (ao longo de 50 km) – entre provas de Regularidade Absoluta, Regularidade por Sectores e Regularidade à Figura -, o evento ofereceu uma componente desportiva acessível para quem se pretendia iniciar neste tipo de provas, mas sempre com um ritmo a exigir um elevado grau de concentração às equipas. Com partida do Parque da Cidade do Porto, a prova seguiu na direção das P R O V A 4 ACP CLÁSS I COS

Vencedor da Geral e Categoria G 01. Vencedor Categoria E 02. Vencedor Categoria F 03. Vencedor da Categoria “Futuro Clássico” 04. Vencedor Categoria H. tão carismáticas estradas do Douro, atravessando as duas margens do rio em Castelo de Paiva e passando por locais inspiradores pela sua natureza, história, tradição e beleza natural. As emoções só terminam à hora de almoço, com a chegada à Quinta da Avistada, em Arouca, palco do encerramento do Rally ACP Clássicos Norte. Rally ACP Clássicos estreou-se a Norte e juntou 30 automóveis emblemáticos Desportivamente, a prova não podia ser mais animada, com a dupla Paulo Braga Lino/Tiago Caio, num Fiat 124 Sport Spider (1973), a selar a vitória apenas na última especial e a tornar-se a primeira equipa a inscrever o seu nome no quadro de honra da prova. Ainda assim, o triunfo não foi fácil, uma vez que as duplas Gonçalo Ribeiro Pinto/ António Leal Machado, em BMW 3.0 CSI (1973) e Pedro Brito/Duarte Brito, em MGA (1959), nunca andaram longe, assegurando, respetivamente, o segundo e terceiro lugares, mas separadas por escassos 0,1s. Em termos de categorias, na dos modelos dos mais antigos, a Categoria E, o triunfo foi para Pedro Brito e Duarte Brito, em MGA (1959), enquanto na Categoria F (veículos entre 1961 e 1970) a vitória coube à dupla Evandro Gueiros e Adriana Gueiros, em Porsche 911 E 2.2 (1970). Já na Categoria G (veículos entre 1971 e 1980) e que foi também a mais concorrida, o primeiro lugar foi conquistado pelos vencedores absolutos da prova, Paulo Braga Lino e Tiago Caio, num Fiat 124 Sport Spider (1973), com os louros da Categoria H (veículos entre 1981 a 1990) a ficarem para Domingos Alves da Silva e Bárbara Poleri da Silva, que levaram o Porsche 911 Carrera Coupe (1985) ao lugar mais alto do pódio. Finalmente, entre os Futuros Clássicos (veículos entre 1991 e 2000), a vitória sorriu a Rafael Pedrosa e Cláudia Pedro, os mais eficazes com o Fiat Barchetta (1998). A prova contou com um itinerário secreto ao longo de 150 km por estradas da Douro 01 02 03 04 1 Classificação Final 1º Paulo Braga Lino/Tiago Caio Fiat 124 Sport Spider (1973) 2º Gonçalo R. Pinto/António L. Machado BMW 3.0 CSI (1973) 3º Pedro Brito/Duarte Brito MG MGA (1969) 4º Miguel F. de Menezes/Rui R. Martins Alfa Romeo Junior Zagato (1973) 5º Evandro Gueiros/Adriana Gueiros Porsche 911 E 2.2 (1970) 6 ACP CLÁSS I COS

Cerca de 500 clássicos entre automóveis, motos e bicicletas, animaram o Madeira Classic Car Revival 2022. Mais ou menos raros, de muitas marcas e várias épocas, os veículos em exposição animaram a cidade do Funchal dando a conhecer aos milhares de visitantes a qualidade e diversidade de modelos que compõem o parque de clássicos naquela ilha. Os números são impressionantes, já que na Madeira existem entre 2.000 a 3.000 automóveis de outros tempos. Além do desfile dos participantes a O evento atraiu milhares de visitantes à cidade do Funchal que apreciaram cerca de 500 clássicos em exposição e o ACP Clássicos integrou o júri que elegeu o Best of Show Madeira Classic Car Revival espalhou o glamour de outros tempos E X P O S I Ç Ã O concurso pela conquista dos melhores prémios nas diferentes categorias, o evento contou com um significativo conjunto de modelos das décadas de 20 e 30, como um Berliet de 1931 que se julga ser exemplar único no mundo. As décadas de 50, 60 e 70 também estiveram bem representadas através de modelos familiares, desportivos e populares, estes últimos a assumirem especial destaque no património automóvel madeirense. Conservados ao longo de décadas, estes clássicos mais acessíveis são tratados com especial carinho pelos seus proprietários que não hesitam em mantê-los em bom estado de conservação ainda que isso implique desembolsar quantias consideráveis em processos de restauro. A exposição revelou isso mesmo – largas dezenas de modelos Volkswagen, Datsun, Ford e outras, em bom estado. Mas a história dos transportes na Madeira também se faz com veículos de duas rodas, desde motos passando pelas scooters até às bicicletas. Jaguar XK 150 de 1959 foi o Best of Show 7 ACP CLÁSS I COS

E a mostra foi variada pela quantidade dos modelos expostos – e premiados – como pelas variedade de marcas, incluindo nacionais que até já nem existem à exceção da Famel que teima em renascer e fazer chegar ao mercado a sua proposta elétrica. A exposição reuniu 500 clássicos entre automóveis, motos e bicicletas ACP Clássicos integrou júri para eleger o Best of Show O Madeira Classic Car Revival realiza-se desde 2012 e desde a primeira edição que conta com a presença do ACP Clássicos no júri que escolhe o Best of Show e os melhores nas categorias “Originalidade” e “Elegância”. “O convite em 2021 surgiu pela amizade que temos como o núcleo inicial de pessoas que organizaram a primeira edição, um acontecimento que foi foi espetacular pela surpresa que causou. A partir daí passaram-se 10 anos”, explica Luís Cunha, Secretário-Geral do ACP Clássicos. para mim”, adianta Rui Cirilo, o proprietário deste clássico inglês. O Madeira Classic Car Revival que todos os anos atrai milhares de visitantes nacionais e estrangeiros, marca a agenda dos grandes eventos turísticos na Madeira. Organizado pelo Clube de Automóveis Clássicos da Madeira, conta com a promoção do Governo Regional da Madeira através da Secretaria Regional de Turismo e Cultura. Os premiados no Madeira Classic Car Revival 2022 AUTOMÓVEIS Best of Show Jaguar XK150 3.4 DHC, 1959 Originalidade Ford Thunderbird, 1963 Elegância Jaguar E-Type, 1966 MOTOS Best of Show Zubdapp Super Combinette Originalidade Tricarro Melhor Motorizada Express-Radexi Motorizada Portuguesa Perfecta Zundapp Scooter Originalidade Vespa PX 125 Scooter Restauro Vespa 200 Rally BICICLETAS Best of Show Raleigh Chopper Um pormenor do Madeira Classic Car Revival O mundo das 2 rodas esteve bem representado Os ardinas também animaram o evento Este ano, o Best of Show do concurso foi um Jaguar XK 150 de 1959 adquirido pelo atual proprietário em muito mau estado e que demorou cerca de quatro anos a ser restaurado pelo seu dono e um grupo de amigos. “Por isso é que este carro tem um cunho muito especial na sua recuperação e grande significado 8 ACP CLÁSS I COS

10 ACP CLÁSS I COS Esta prova de regularidade realizada no Funchal teve a sua primeira edição há 87 anos e contou com a colaboração do ACP RAMPA DOS BARREIROS A DESAFIAR OS MOTORES DESDE 1935 R E G U L A R I D A D E H I S T Ó R I C A A edição deste ano da Rampa dos Barreiros reuniu mais de 70 participantes que ao longo de pouco mais de dois quilómetros animaram o Funchal desde o centro da cidade até à zona dos hotéis. Um percurso que desafiou máquinas de outros tempos sobretudo dos anos 50, 60 e 70, atraindo centenas de espectadores. Antes desta prova de regularidade, tempo para as verificações técnicas de modo a todos estarem em perfeitas condições, como um raro Sovam. Um desportivo francês fabricado em meados dos anos 60, mas que é pouco conhecido. Entre os concorrentes também se destacou um Vauxhall Viva GT 2000, modelo topo de gama com uma linha mais desportiva e de maior cilindrada em relação à versão normal. A boa disposição de um polícia sinaleiro desafiava os concorrentes O percurso são pouco mais de 2 km Na prova não podiam faltar os desportivos ingleses que cativam sempre os entusiastas de clássicos. Foi o caso de um MG A Coupé de 1959, que de acordo com o seu proprietário apenas foram produzidas 6.000 unidades, o que faz também deste clássico um exemplar raro. Já em ação, os clássicos mostraram a sua garra e até houve momentos de boa disposição protagonizados por um polícia sinaleiro que vestido à época desafiava os concorrentes. O ACP colaborou na primeira prova realizada em 1935 Mantendo o seu formato original, a Rampa dos Barreiros realizou-se pela primeira vez em dezembro de 1935 com o objetivo celebrar a Passagem de Ano e alargar a prova a concorrentes fora da Ilha. Organizada pelo então Club Sports Madeira contou com a colaboração do ACP “para que através desse apoio viessem participar pilotos oriundos do Continente”, como explicou António Martins, presidente do Clube de Automóveis Clássicos da Madeira, a entidade que organiza o evento considerado uma das mais antigas provas de regularidade realizada em Portugal. O grande vencedor da 18ª edição da Rampa dos Barreiros foi um Austin-Healey Sprite de 1958.

A história do Porsche 356 não começa na Alemanha, mas a 130 km da sua fronteira na direção de Gmünd, na Áustria. Foi aí que os irmãos Ferdinand ‘Ferry’ Porsche e Louise Piëch decidiram fundar a Porsche Konstruktionen GembH em 1947 para no ano seguinte avançarem com o primeiro automóvel de produção em série da marca. Partilhando muito de comum com o Volkswagen Carocha do pós-guerra, o 356 deu um salto em frente Trio de Porsche 356 NÃO HÁ AMOR COMO O PRIMEIRO revelando-se um desportivo que viria a colocar a Porsche entre os mais importantes fabricantes de automóveis. Ao longo da sua vida, entre 1948 e 1965, contou com quatro séries – Pré-A, A, B e C – e seduziu o mundo, como hoje ainda acontece por ser um dos modelos Porsche que mais seduz os colecionadores. É o caso de António Simões do Paço (sócio 45218), que se lembra bem de os ver correr no Circuito de Montes Claros A paixão pelos Porsche 356 levou António Simões do Paço a reunir (praticamente) todas as séries do histórico modelo. O primeiro carro de produção em série da marca 1 1 ACP CLÁSS I COS

12 ACP CLÁSS I COS quando era criança. Desde aí o número 356 ficou-lhe gravado na memória. O tempo passou até que no início da década de 90 adquiriu o seu primeiro Porsche 356 B Coupé. Quase todas as séries do 356 estão representadas nesta coleção “Foi com esta versão que comecei a conhecer a história da marca e ter curiosidade de ver como era a evolução do modelo”, conta. Para isso voltou atrás na história da Porsche e comprou mais tarde um 356 A Convertible D de 1958. “Modelo que substituiu o Speedster e por isso é conhecido como o Speedster civilizado. A diferença mais significativa entre a série A e B é mais ao nível da carroçaria. A versão que tenho do 356 B é um Dame, porque tem um motor com menos cavalos, 60 exactamente”, explica o colecionador. Em 2007, António Simões do Paço voltou a cruzar-se com outro 356 desta vez série C, que encerra o ciclo de produção destes desportivos alemães. “É um carro mais moderno, da última geração do 356 comprado em Portugal mas restaurado nos Estados Unidos”. O colecionador trata-os de igual forma, não tem preferência por nenhum em especial. Utiliza-os de acordo com o tempo e o estado de espírito. É também assim que com eles participa nos eventos do ACP Clássicos. “Antes de me inscrever nas provas vou à garagem e é nesse momento que decido com qual vou participar. Digo apenas: ‘És tu!’”. O 356 B Coupé foi o primeiro desta coleção A evolução do Porsche 356 nas séries A, B e C

14 ACP CLÁSS I COS Um clássico restaurado e outro preservado são coisas diferentes. Quando se restaura um veículo antigo o objetivo é torná-lo o mais original possível na mecânica, carroçaria, pintura ou interiores. Um clássico restaurado deve obedecer ao seu estado original Quanto mais fiel ficar em relação ao estado original, melhor é a qualidade do trabalho de restauro. Já um clássico preservado encontra-se tal qual saiu de fábrica sem nunca ter sofrido qualquer intervenção, exceto em pequenos detalhes que se vão deteriorando com o tempo. Foi para perceber melhor essas diferenças e as suas histórias que colocámos lado a lado dois automóveis da mesma marca, do mesmo modelo e quase da mesma idade: dois Alfa São dois mundos que não devem ser confundidos, mas para os especialistas são estas as tendências de mercado e as melhores formas de conservar um clássico Restauradooupreservado? onde é e de onde vem. Um bom restauro tem essa vantagem, ficar a conhecer o carro que tenho”. Anos depois, a marca italiana lançou a série 2 do mesmo modelo e um deles foi doado ao ACP. Trata-se de um carro que nunca foi mexido, está como saiu de fábrica, apenas fez as revisões necessárias durante a sua vida. Um clássico preservado está exatamente como saiu de fábrica Com as intervenções mínimas efetuadas pelo clube na altura em que foi oferecido é a mesma coisa que andar num carro novo, mesmo com os anos que tem em cima. Lado a lado, estes carros parecem iguais, mas, afinal, têm percursos de vida bem distintos e ambos mostram bem o que é ser um clássico restaurado e outro preservado. Romeo 1750 GT Veloce de 1968 e de 1970 (da esqª para a dtª na imagem). Restaurar um clássico é um processo demorado e dispendioso, e até podem acontecer alguns azares, mas também tem vantagens. No caso de Francisco Alves, o primeiro restauro do seu Alfa Romeo 1750 GT Veloce de 1968 não correu bem e chegou a pensar em desfazer-se do carro com que sonhava desde criança. “Tive azar com o primeiro sítio onde o carro esteve a recuperar a chapa. O carro estava todo desmanchado tinha sido só restaurado de chapa estava mal feito o trabalho e tive de restaurar novamente, onde encontrei uma pessoa que trabalha muito bem, é conhecedora e experiente”, explica. Para o sócio do ACP a vantagem de ter um clássico bem restaurado “é saber o que tenho e o que foi feito. Fiquei a conhecer muito bem o carro, todas as suas particularidades, o que me permite também se for preciso mexer nalguma coisa saber em princípio

MERCEDES-BENZ SL 70 ANOS A N I V E R S Á R I O DE LUXO, ESTILO DE VIDA E MUITO DESPORTO 15 ACP CLÁSS I COS

Um dos modelos mais emblemáticos da marca alemã, que fez sonhar várias gerações, está de parabéns Luxo, estilo de vida e muito desporto parece ser uma boa receita para uma vida longa e, no caso do Mercedes-Benz SL, ela tem funcionado na perfeição. Em 12 de março de 1952, a Mercedes-Benz apresentou o 300 SL (W 194), um puro desportivo. Com ele, a marca ganhou quatro das cinco corridas da época: as corridas em Berna (tripla vitória) e em Nürburgring (quádrupla vitória), as 24 Horas de Le Mans (dupla vitória) e a III Carrera Panamericana no México (dupla vitória). Na Mille Miglia, que foi a primeira corrida da altura, terminou em segundo e quarto lugares. Luxo, estilo de vida e muito desporto marcaram o Mercedes-Benz SL Para a temporada de 1953, foi construído o protótipo de carro desportivo de corrida W 194/II. Não foi mais utilizado devido aos preparativos para a entrada na Fórmula 1, mas representou um passo técnico importante no caminho para os carros de competição da marca, como o 300 SLR (W 196 R) e o W 196 S. Começando pela história mais “alegre”, que envolve o 300 SLR (W 196 R), a marca teve todas as razões este ano para sorrir ao ver este modelo a tornar-se o carro mais caro de toda a história do automóvel. Até agora parte integrante da coleção da MercedesBenz Classic, o 300 SLR Uhlenhaut Coupé foi vendido por 135 milhões de euros a um colecionador privado, suplantando o anterior recorde que estava nas “mãos” de um Ferrari 250 GTO, vendido em 2018 por 60 milhões de euros. A história mais triste prende-se com o W 196 S de competição que, guiado pelo piloto Pierre Levegh, se despistou e matou 84 espectadores na reta da meta do circuito de La Sarthe, mais conhecido por Le Mans, e que afastou a Mercedes da competição por vários anos. Episódios à parte, o SL, cuja sigla significa “Sport Leicht”, rapidamente foi alvo de todas 300 SLR Uhlenhaut Coupé (em cima) é o carro mais caro do mundo. Em baixo o SLR W 196 S que venceu tudo e todos Estes são as 10 versões que marcam a evolução do modelo SL as atenções e daí a “choverem” pedidos para uma versão de produção deste carro foi um curto passo. AMercedes-Benz reagiu e apresentou o 300 SL Coupé (W 198), o lendário “Gullwing”, já em 1954. Apenas foram construídas 1.400 unidades desta cobiçada versão, famosa pelas características portas articuladas no tejadilho. Ainda nesse ano, a Mercedes apresentou 190 SL, uma arrojada proposta que oferecia um conforto abrangente mesmo para longas viagens a altas velocidades cruzeiro. Em 1957, o Roadster 16 ACP CLÁSS I COS

1 7 ACP CLÁSS I COS A versão de 1957 resultou num roadster muito elegante O “Pagoda” é dos mais cobiçados Esta versão foi a mais longeva de todas Nesta série a AMG entrou em força 300 SL (W 198) seguiu o “Gullwing” Coupé. Tal como o seu predecessor, foi criado por iniciativa de Maximilian E. Hoffmann. Em termos técnicos, o Roadster corresponde, em grande parte, ao Coupé. No entanto, ao modificar as partes laterais da estrutura, a altura de entrada podia agora ser reduzida a tal ponto que permitia a instalação de portas normais, de batente frontal. Um 300 SLR Uhlenhaut Coupé foi recentemente vendido por 135 milhões de euros Em 1963, o 230 SL (W 113) impressionou pelas suas prestações desportivas, conforto e segurança e tem sido desde então um pioneiro para a tradição SL. O hardtop opcional com as suas janelas altas e o telhado côncavo apoiado por pilares estreitos fazia lembrar os edifícios dos templos asiáticos, que rapidamente atribuíram ao W 113 o apelido de “Pagoda”. Os modelos SL da série de modelos R 107 fizeram a sua estreia na primavera de 1971. Pela primeira vez na história da Mercedes-Benz SL, foram usados motores de oito cilindros nos modelos 350 SL e 450 SL. Em 1974, seguiu-se o SL 280 com um motor de seis cilindros, sendo a primeira vez que a gama propunha três motores distintos. A performance de colisão deste dois lugares aberto estava muito à frente do seu tempo. O R 107 foi construído ao longo de 18 anos. No Salão de Genebra em 1989, a Mercedes-Benz apresentou a geração seguinte, o SL da série R 129. A “rol bar” automática, que em caso de acidente ficava disponível em apenas 0,3 segundos, mesmo com o hardtop fechado, foi um marco impressionante para a indústria, em especial no segmento dos descapotáveis. Com este veículo, a marca bateu em cheio: a capacidade de produção foi em breve totalmente reservada. inovação mais marcante foi o tejadilho dobrável Vario em aço, possibilitando tanto um carro aberto como um coupé num só. A quota da AMG cresceu significativamente nesta geração SL: quase um terço de todos os R 230s tinham motores AMG. Os modelos de doze cilindros topo de gama, os 600 SL (394 cv) e SL 73 AMG com motor V12 de 7,3 litros e 525 cv, tornaram-se lendários. Pela primeira vez na história do Mercedes-Benz SL foram usados motores de 8 cilindros nos 350 SL e 450 SL Em 2001, a próxima geração SL, com o código interno R 230 fez a sua estreia. A sua O topo de gama foi o SL 65 AMG Black Series que disponibilizava 670 cv. Em janeiro de 2012, para assinalar o 60º aniversário da gama SL, a série do modelo R 231 foi revelada em Detroit. Um dos focos do novo desenho foi a redução do peso do carro desportivo através de numerosas medidas. Nesta linha de tradição, o novo Mercedes-AMG SL (R 232) é a última reedição de um ícone, mas ajustado ao ar dos tempos: no equipamento tecnológico destaques para a suspensão AMG Active Ride Control com estabilização activa, direção do eixo traseiro, o sistema opcional de travão AMG de alto desempenho ou o sistema Digital Light com função de projeção, de série. Esta proposta vem equipada com o AMG V8 biturbo.

Caramulo Motorfestival regressa em setembro O maior festival motorizado nacional vai animar a Serra do Caramulo entre 2 e 4 de setembro. Organizado pelo Museu do Caramulo com o apoio do Automóvel Club de Portugal, o evento vai reunir mais de mil automóveis e motociclos clássicos e desportivos. Do programa fazem parte a Rampa Histórica Michelin, o Passeio 200 Milhas, o Passeio Rota do Clássicos, a Coleção de Automóveis, Motociclos, Velocípedes e Miniaturas do Museu do Caramulo, a Feira de Automobilia & Gaming center, concentrações de clubes, atividades lúdicas Outdoor, Pista Júnior, parques infantis de entretenimento, bares e zonas chill out com música durante todo o evento, entre outros. Fernando Batista, André Villas-Boas, Adalberto Melim, Francisco Sande e Castro, Alex Laranjeira, Pedro Villas-Boas, Luís Barbosa e Marco Martins são alguns dos pilotos veteranos que vão marcar presença no evento. OUTUBRO Braga 3 V. Castelo 4 Lisboa 6, 12, 19 e 26 Por to 12 e 13 Faro 20 J ULHO Lisboa 5, 12, 19 e 26 Por to 19 e 20 Validade do Certificado: Veículos até 1918: 10 anos; 1919 a 1945: 8 anos; 1946 a 1959: 6 anos; Após 1960 (inclusive): 4 anos Agendar certificação: [email protected] 213 180 169 CERTIFICAÇÕES DE VEÍCULOS DE INTERESSE HISTÓRICO O certificado atesta a qualidade como veículo histórico, sendo um benefício em futuras inscrições em provas da modalidade, numa possível transacção e no reconhecimento da mesma como clássico em caso de conflito, nomeadamente junto das seguradoras. É também aceite como exceção pela Câmara Municipal de Lisboa quanto à circulação no centro da cidade. Também os veículos com mais de 30 anos, desde que certificados pelo ACP Clássicos ficam isentos de inspecção anual, pela validade do certificado. O ACP Clássicos é uma entidade reconhecida oficialmente na Certificação de Veículos de Interesse Histórico AGOSTO Lisboa 3, 10, 17, 24 e 31 Vi la Real 4 Viseu 5 Por to 10, 1 1 e 31 Guarda 25 C. Branco 26 SETEMBRO Por to 1 , 21 e 22 Lisboa 7, 14, 21 e 28 Lei r ia 8 Santarém 9 Évora e Beja 15 F. Foz 16 Avei ro 29 Coimbra 30 NOVEMBRO Por to 2, 3, 23 e 24 Lisboa 2, 9, 16, 23 e 30 Vi la Real 10 Viseu 1 1 Guarda 17 C. Branco 18 F. Foz 29 DEZEMBRO Lei r ia 5 Santarém 6 Lisboa 7, 14, 21 e 28 Por to 13 e 14 Avei ro 15 Coimbra 16 18 ACP CLÁSS I COS

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