Abrandar Lisboa custa 213 milhões de euros e aumenta poluição A oposição na Câmara de Lisboa aprovou uma medida para reduzir a velocidade em toda a cidade e fechar a principal artéria de cada freguesia aos domingos e feriados. A sociedade civil reagiu à coligação negativa e agora a proposta vai ter que ser suportada com estudos técnicos Mais de 200 milhões de euros é quanto pode custar a aplicação da medida aprovada a 11 de maio em reunião de câmara, proposta pelo Livre, e que, sem qualquer estudo ou mais pormenores, pretende reduzir a velocidade máxima em 10 km/h em todas as artérias da cidade e o encerramento ao domingo da Avenida da Liberdade e da principal artéria de cada uma das restantes 23 freguesias da cidade. E ao contrário do pretendido, até vai aumentar a poluição ambiental na cidade. Coligação negativa aprovou proposta sem qualquer estudo que a suporte O impacto foi calculado pela consultora BA&N, que chegou à conclusão de que “o tempo gasto e combustível consumido nas viagens em Lisboa traduz um custo económico estimado de 1.023 milhões de euros/ano, tendo por base a circulação a 50 km/h. Se essa velocidade de circulação for reduzida para 40 km/h, o custo económico estimado aumenta para 1.237 milhões de euros, ou seja, um incremento de 20,9% ou 213,7 milhões de euros”. Decompondo os cálculos, “face a uma redução da velocidade média de 50 km/h para 40 km/h, cada veículo gastará mais quase 29 horas por ano. Tendo em conta que o salário bruto médio em Lisboa é de 1.465 euros (INE), ou 8,32 euros por hora, o custo económico adicional resultante supera o montante de 120 milhões de euros”. Mas isto é só considerando o condutor, pois abrangendo os passageiros na equação, os valores aumentam: “se considerarmos que cada veículo transporta 1,6 pessoas em média, de acordo com o referido inquérito do INE, então o valor do tempo adicional gasto pelos ocupantes 6
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