Revista Classicos - Abril

6 ACP CLÁSS I COS “Sonhei ser mecânico para depois seguir a competição automóvel” O primeiro restauro ficou concluído ao fim de quatro anos dos livros dedicados aos mesmos. Foi ele que em 1996 me ajudou a selecionar em Inglaterra, primeiro o A-H 3000 BT7 de 1959 e depois, em 2007, o A-H 100 BN1 de 1954. capaz. Para alguém que em menino queria ser mecânico e que não tinha à disposição “top money”, foi óbvia e entusiasmante a opção feita. Como se preparou para esse desafio? Em 1996 com o 3000 e com a ajuda de José Pimpão, o excelente mecânico que preparou alguns carros com que o meu pai correu. Ele acedeu a tutelar o restauro de toda a mecânica do 3000 na sua oficina, em Algés. Quando comecei não distinguia um veio de manivelas de um veio de excêntricos. Recentemente este mecânico, originariamente formado nas antigas oficinas aeronáuticas da FAP, disse-me: hoje posso-lhe dizer que teria sido um excelente mecânico mas com o cuidado e tempo que dispõe nas suas reparações, estaria completamente falido. A carroçaria foi toda restaurada e pintada nas oficinas da antiga JOL onde conheci excelentes bate-chapas e pintores hoje meus amigos. O completo restauro ficou concluído ao fim de 4 anos e com o carro em estado de concurso. Ele entrou no concurso de elegância do Estoril Sintra Classics em 2000. Ensinara-me ele que na aquisição de um clássico só devia seguir um de três caminhos seguros: com “top money” comprar um clássico em “top condition” ou comprar barato um bom “basquet” e tendo preparado “top money” entregá-lo a um especialista da marca ou pegar nesse “basquet” e fazer eu o restauro se fosse Dos três Austin Healey que tem e restaurados por si, qual foi o projeto mais ambicioso? Os dois seguintes por diferentes razões. Em 2007 iniciei o restauro do 100. Levou-me sete anos a restaurar pois nunca tinha pegado num tais e num martelo e acabei sob a tutela de José Manuel Gaspar, excelente bate-chapa que havia conhecido no restauro do 3000, a iniciar também alguma, para mim difícil, aprendizagem de chapeiro. Em 2014, com a mecânica incluída, terminei o restauro com o carro na condição de concurso. O carro participou no Concurso de Elegância ACP em 2014. Assume-se como um razoável mecânico e um manhoso bate-chapas… Sim. Gostava até de me apresentar, nos últimos anos da minha carreira médica e surpreendendo propositadamente alguns dos meus colegas, como mecânico, oftalmologista nas horas vagas. Em 2017 adquiri em Portugal, também a necessitar de completo restauro, o terceiro A-H, um 3000 MkIII Bj8 Phase 2 de1966. Obviamente a decapagem e a pintura não foram por mim realizadas e o trabalho “overall” do motor não pôde Durante sete anos Ricardo Brízido dedicou-se a recuperar o seu Austin-Healey 100-6 BN4 de 1954

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