Revista Classicos - Abril

4 ACP CLÁSS I COS Omédico que opera clássicos Como surgiu o gosto pelos automóveis? Devo-o ao meu pai, Adelino Brízido, que competia em provas automobilísticas em África, quer em circuitos quer em ralis. Desde criança que o acompanhava para o ver correr. A história do desporto motorizado em Moçambique ficou exaustiva e fotograficamente registada no livro que escrevi com o meu colega e amigo João Mendes de Almeida e cuja apresentação se fez em 2011 na sede do ACP. E foi nesse ambiente de corridas que nasceu a vontade de ser mecânico… É verdade. Sempre com grande gosto e curiosidade pela mecânica e pela condução automóvel. Aos treze anos já conduzia, furtivamente, um VW do meu pai preparado para ralis. E N T R E V I S T A Acompanhei a sua carreira de piloto até ele ter um gravíssimo acidente com um R8 Gordini nas 500 Milhas de Salisbury que o deixou incapacitado como piloto. Passou então a organizar o Rali Internacional da Beira e eu colaborava em controles que eram necessários fazer nessa prova, tomando contacto com excelentes pilotos, alguns também mecânicos. Tornou-se médico para fazer a vontade ao seu Pai, mas sempre com a mecânica na cabeça… Quando aluno liceal sonhava, também, com uma carreira na competição automóvel mas já consciente da sua importância, considerava que primeiro teria de ter a profissão de mecânico. O gosto pelo restauro levou Ricardo Brízido a dividir o tempo entre a cirurgia e a recuperação dos seus três Austin-Healey, uma aventura que demorou muitos anos a cumprir Foi na garagem de casa que Ricardo Brízido se lançou na aventura de restaurar o último Austin-Healey de 1966

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