Revista ACP março

Portugal no futuro da transição energética Também designado por ouro branco, o lítio está a marcar a agenda em vários pontos do mundo por causa do seu uso nas baterias das viaturas elétricas. Portugal é dono de uma das maiores reservas da Europa, mas o processo de extração é demorado, burocrático e polémico gere o processo, mesmo os seis locais a prospectar viram as suas áreas iniciais reduzidas a cerca de metade, por causa das zonas de maior densidade urbana, funcional e demográ ca. Já Serra d'Arga, no Alto Minho, e Segura, em Idanha-aNova, foram as duas zonas que caram livres deste processo. No caso de Arga, pela sua expectável classi cação como Área Protegida; no caso de Segura, devido à prevista rede nição de limites da Zona de Proteção Especial do Tejo Internacional. Das oito áreas com potencial de extração de lítio, apenas seis vão ser alvo de prospeção Como se pode perceber pelos mais recentes passos administrativos rumo à extração do lítio, o processo é muito sensível. Portugal tem uma das maiores reservas de lítio da Europa e a sexta maior do mundo, segundo estimativas divulgadas pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos. Um dado que coloca o País na berlinda do futuro energético. É que o lítio transformou-se num dos metais mais apetecíveis da atualidade, sendo já apelidado de petróleo do século XXI. Recorde-se que na anunciada transição energética estimada para 2035, a mobilidade elétrica exige baterias e estas exigem lítio. Embora se estime cerca de 60 mil toneladas de lítio enterradas no solo português - para uma reserva mundial na ordem dos 30 milhões de toneladas -, chegar até elas tem sido um processo longo, burocrático e polémico. No início de fevereiro, Portugal deu mais um passo rme no sentido de explorar o lítio que possui. A Avaliação Ambiental Estratégica, divulgada pela DireçãoGeral de Energia e Geologia, reduziu de oito para seis o número de áreas (ver mapa nestas páginas) com condições para se avançar com a prospeção e pesquisa de lítio. Até abril vão ser anunciados os respetivos concursos e os vencedores desses concursos vão ter cinco anos para fazer a prospeção das suas áreas. Só então, mediante o estudo de viabilidade, é que podem começar a extrair o tão apetecido lítio, não sem antes terem de submeter os projetos a uma Avaliação de Impacto Ambiental Segundo o Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC), que 6

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