Revista ACP março

17 O estado da segurança rodoviária e da mobilidade foi o ponto central de uma reunião entre o presidente do Automóvel Club de Portugal e o Comandante-Geral da Guarda Nacional Republicana. A participação ativa da GNR no Conselho Consultivo do Observatório ACP esteve na origem deste encontro O Observatório ACP é um centro de estudo e debate de temas relacionados com a mobilidade, a segurança rodoviária e os comportamentos dos utilizadores da rede rodoviária. O retomar das iniciativas e estudos deste organismo que federa as maiores instituições representativas da mobilidade e da segurança rodoviária é o objetivo de curto prazo, dado que os trabalhos foram suspensos durante a pandemia de Covid-19. A sintonia de posições e a convergência quanto à necessidade de produzir mais conhecimento e informação sobre os comportamentos dos utilizadores da rede rodoviária nacional foi total. “O papel da GNR é um pilar fundamental na segurança rodoviária, mas não só. A sua reconhecida capacidade e conhecimento do terreno, revelam-se imprescindíveis em todas as operações. É um grande orgulho para o ACP poder contar com a sua colaboração desde há longos anos”, referiu o presidente do ACP, Carlos Barbosa. “O alcance e a abrangência do Automóvel Clube de Portugal, junto dos condutores portugueses e das entidades que trabalham para que a segurança rodoviária seja cada vez mais profícua, coloca-o numa posição de destaque nestes domínios. Como tal, é um privilégio para a Guarda poder continuar a contar com a colaboração do ACP, uma realidade que tem anos de história, para que a mobilidade, a comodidade e a segurança no ambiente rodoviário em Portugal seja cada vez mais uma constante”, sublinhou o Tenente-General Rui Clero. pagar a indemnização, mesmo tendo sido provado que a vítima atravessou a estrada distraída. A valorização, pela comunidade, do ruído dos motores dos automóveis, como forma de reação ao perigo pela aproximação dos carros in uenciou esta tomada de posição da Relação do Porto. Os elétricos ganham relevância e são objeto de benefícios fiscais e outros subsídios Os veículos elétricos têm tido nos países ocidentais uma relevância cada vez maior, chegando a ser objeto de benefícios scais e outros subsídios para reforçar a sua utilização. As decisões devem adequar-se aos seus tempos, e, se por um lado, parece fazer sentido proteger especialmente os peões, ciclistas e outros utilizadores não rodoviários das estradas, por outro, esta decisão é menos favorável aos condutores de carros elétricos na medida em que traça uma distinção entre carros com motor de combustão e carros movidos a energia elétrica. Justi ca-se, vários anos depois da introdução destes automóveis no mercado português, e numa altura em que a sua utilização é cada vez mais Elétricos obrigados a fazer barulho Desde julho de 2021 que todos os automóveis eléctricos e híbridos são obrigados a incluir um avisador acústico cujo som tem uma frequência mínima de 56 decibéis e máxima de 75 decibéis, até uma velocidade de 20 km/h, sendo obrigatório que o veículo se faça ouvir mesmo que esteja a efectuar marcha-atrás. Denominado Audible Vehicle Alert System (AVAS), este alerta sonoro varia com a aceleração, até um máximo de 1600 hertz, e não pode ser desligado pelo condutor. A medida garante uma maior segurança dos peões, especialmente crianças, idosos e cegos, pois está provado que a circular a uma velocidade máxima de 30 km/h, um veículo que rode em modo zero emissões só é detectável a oito metros, deixando ao peão apenas segundo e meio para reagir. ACP e GNR reforçam posição sobre segurança rodoviária comum, ameaçando até a supremacia dos carros convencionais, a proteção que é dada às vítimas dos acidentes com veículos elétricos? Esta decisão jurídica traça uma distinção entre elétricos e carros a combustão

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