Revista ACP março

15 Já o presidente do ACP referiu que há estudos a mostrar que "em 2040 apenas 27% da frota mundial vai ser elétrica". "É preciso repor o incentivo ao abate de viaturas em fim de vida para renovar um parque automóvel muito envelhecido" Carlos Barbosa, ACP Para Carlos Barbosa a solução mágica não passa por um parque automóvel exclusivamente elétrico, mas sim pelos híbridos (eletricidade + combustível) e pelos combustíveis sintéticos. Mas estes são aspetos técnicos da solução para uma mobillidade sustentável. Outros são políticos: sendo os atuais automóveis a combustão muito menos poluentes e com regras apertadas nas emissões, "seria fundamental retomar o incentivo ao abate de viaturas em Šm de vida e assim renovar um parque automóvel envelhecido, que atualmente tem 13 anos, o que signiŠca que há automóveis a circular com mais de 20 anos". Mas há mais: "transportes públicos de qualidade, uma boa rede de parques de estacionamento à entrada das cidades e novas soluções de mobilidade suave são indispensáveis para uma cidade sustentável", considerou Carlos Barbosa. António Oliveira Martins, da LeasePlan, concordou: "há muita curiosidade pela solução elétrica, mas apenas 4% da nossa frota é elétrica e 11% são híbridos plugin". A seu ver, seria também necessário o Estado reforçar os apoios à troca de veículos por outros mais sustentáveis, "pois há muitos carros velhos a circular e esses é que poluem". Além de que "ainda não sabemos ao certo quanto vai valer um carro elétrico daqui a cinco anos". António Pires de Lima, da Brisa, considerou ainda que, quanto às soluções de mobilidade suave, como por exemplo, as bicicletas e as trotinetes, são uma boa solução, "mas é preciso haver mais regulamentação, já que não faz sentido haver pessoas sem qualquer formação a partilhar as ruas com outras pessoas que tiveram de tirar uma formação completa para poderem estar ao volante", numa referência explícita à convivência entre os meios suaves e os automóveis, tal como o ACP tem apelado. Muito importante é também o papel que a tecnologia vai ocupar na mobilidade sustentável. Se João Ricardo Moreira, da NOS, destacou a importância do 5G para o futuro da mobilidade, em complemento, Miguel Eiras Antunes, da Deloitte, referiu o desenvolvimento da Mobilidade Como Um Serviço (Mobility as a Service), como uma mudança clara na forma como nos deslocamos, onde o planeamento de uma viagem é feito de forma integrada e com um só pagamento. A tecnologia, através do 5G, vai ter um papel fundamental na mobilidade sustentável Cidades do futuro vão ser verdes e com uma mobilidade susatentável, segura e conectada Organizado pelo IFEMA Madrid, o evento promete ser a Web Summit da mobilidade sustentável

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