Revista ACP março

13 de emissões para abastecer uma frota mundial de elétricos. Também o presidente da Volkswagen considera irrealista a meta de nida para 2035. Herbert Diess, numa entrevista ao site e Verge, explicou o seu pessimismo. "Penso que esta transição para veículos elétricos tem muitos constrangimentos. O plano de chegar a 50% das vendas com elétricos até 2030 é extremamente ambicioso. Se a Volkswagen possui, aqui na Europa, cerca de 20% de quota de mercado, para que essa quota atinga os 50% de veículos elétricos, precisamos de seis giga-fábricas de baterias. Essas fábricas teriam de estar a funcionar até 2027, 2028 para poderem cumprir o nosso objetivo de 2030. É quase impossível fazer isso". "Para termos metade da nossa quota de mercado movida a eletricidade até 2030 precisamos de construir seis giga-fábricas de baterias em cinco anos" Herbert Diess , CEO Grupo Volkswgaen Segundo Diess, é preciso encontrar a localização para estas fábricas de baterias com mais de dois quilómetros de área, comprar maquinaria, formar pessoas e ainda garantir o enorme fornecimento e a qualidade das matérias-primas, como o lítio, uma tarefa ciclópica e isto só na perspectiva da Volkswagen, pois ao todo seriam necessárias cerca de 30 gigafábricas de baterias para corresponder às intenções anunciadas pela Comissão. Carlos Tavares, o português que gere o quarto maior grupo mundial, onde se encontram marcas como Peugeot, Fiat ou Citroën, também considera brutal a transição para os elétricos e a rma que é possível reduzir as emissões de forma Português que gere a Peugeot, Citroën e Fiat diz que os híbridos são a melhor solução Responsável pelo grupo Volkswagen afirma que a transição para os elétricos tem um prazo irrealista mais rápida e barata. A solução passa pelos híbridos, veículos que garantem menor pegada de CO2 e continuam a ser acessíveis ao consumidor médio. Carlos Tavares fez a contas e a rma que os elétricos representam custos adicionais de 50%, um aumento que vai obrigar a classe média a manter por mais tempo os seus carros a combustão a não ser que comprem elétricos scalmente subsidiados, o que segundo o português não é sustentável em termos orçamentais. Para o Automóvel Club de Portugal, o incentivo ao abate de viaturas é uma ferramenta fundamental para renovar o parque automóvel de forma a também reduzir as emissões em grande escala. "Esta transição para os elétricos é brutal e vai ter consequências no acesso aos carros novos, que vão ficar ainda mais caros" Carlos Tavares, CEO Grupo Stellantis Em 2021 a Toyota vendeu mais de dois milhões de carros híbridos, híbridos plug-in, elétricos e a hidrogénio, mas a Volkswagen liderou por sua vez nos elétricos, com mais de 450 mil elétricos vendidos contra os 14 407 da marca japonesa.

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