Revista ACP Dezembro

Combustão ou eletricidade, eis a questão O caminho para a descarbonização é longo, cheio de obstáculos e está longe de ser uma via única.Todas as soluções - combustíveis sintéticos, eletricidade e hidrogénio - têm que ser equacionadas sem dogmas. O planeta agradece. mobilidade elétrica, em que nem sequer os automóveis híbridos, que conciliam motores a combustão com motores elétricos, vão ser permitidos. A data para esta revolução? Também 2035, embora esta proposta de regulamento ainda vai ter de passar pelo crivo do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu, num processo que, segundo as estimativas mais otimistas do processo legislativo da União Europeia, pode demorar cerca de um ano a estar aprovado. Foram várias as notícias otimistas a dar conta da assinatura de um protocolo, em plena COP26, para deixar de produzir viaturas a combustão a partir de 2035. No encontro sobre o clima, que acabou por ‡car muito aquém em termos de decisões de‡nitivas para travar o aquecimento global, o anúncio de que 30 países e seis fabricantes de automóveis aceitavam deixar de produzir e comercializar veículos com emissões de gases com efeito de estufa teve sabor a vitória. Que durou pouco pois a maior parte dos principais fabricantes de automóveis ‡cou de fora do protocolo, o mesmo acontecendo com países fundamentais como a Alemanha, França, Estados Unidos, China, entre outros. A razão para a maior parte da indústria automóvel, e já agora a maior parte do mundo, ‡car de fora deste conjunto de intenções radicais como a manifestada em Glasgow é precisamente porque não é necessário ser um especialista para perceber que 14 anos é mais do que insu‡ciente para fazer uma transição desta grandeza. Isto se se quiser que a mobilidade continue a ser acessível, e‡ciente e sustentável para todos. Este protocolo assinado em Glasgow segue as pisadas de um pacote legislativo que a Comissão Europeia apresentou em julho, o “Fit for 55”, que visa reduzir os gases de efeito estufa em 55% até 2030 e que, entre muitas outras medidas, pretende impor o ‡m da produção e comércio de automóveis com motor a combustão, por troca com uma "FIT FOR 55" visa reduzir os gases de efeito de estufa em 55% até 2030 2030 Mas a verdade é que os dados estão lançados e da pior forma, promovendo uma discussão à base de "gritos" e palavras de ordem em vez de abordagens 6

RkJQdWJsaXNoZXIy ODAwNzE=