Revista ACP Outubro

53 verde, amarelo e vermelho, e na passagem seguinte: vermelho e verde. Qual a razão porque quando abre o sinal não é novamente: vermelho, amarelo e verde? Isto dá origem a uma tremenda perda de tempo em paragens nos semáforos, que se traduz numa maior emissão de CO2 por parte das viaturas paradas. Se a sequência fosse: vermelho, amarelo e verde, quando caísse o verde já a viatura estava a arrancar. Assim ainda se vai pôr o carro a trabalhar, nas calmas, isto quando os automobilistas não se distraem! O amarelo, por si, já alertava o condutor para o início da marcha. Este sistema é usado em Londres, e os benefícios são imensos para quem conduz. Que se utilize a capacidade dos semáforos e se faça alguma coisa pelo clima. … e semáforos enganadores Alfredo Faustino, sócio 11977 1 Na EN1/IC2, no troço entre Pombal e Leiria, mais propriamente nas rotundas norte e sul da Boa Vista, os dois semáforos ali colocados, depois das obras de requali“cação “enganam” os automobilistas que por ali passam. É que foram instalados mesmo junto às rotundas, quase a par da sinalização vertical que indica prioridade para quem circula na rotunda. Quem se desloque de norte para sul, mesmo que um outro veículo esteja já a entrar na rotunda, pode pensar que, estando o semáforo com a luz verde, lhe dá prioridade – o que não é o caso! A sinalização luminosa naqueles dois locais destina-se, a“nal, a dar ou não prioridade aos peões que pretendam atravessar a EN1/IC2. A colocação das passadeiras de peões mesmo junto às rotundas já não me parece correta. Agora, instalar ali os semáforos naquelas condições não lembraria ao diabo. Eu próprio, quando ali passei pela primeira vez, vendo o semáforo verde, avancei sem cuidar da possibilidade de outro veículo estar já dentro da rotunda. Não seria má ideia que a JAE – penso ser esta a entidade responsável – revisse esta situação e determinasse a retirada de tais semáforos, sob pena de um dia ali se dar algum acidente. Clássicos e bicicletas João Ferreira da Silva, sócio 14142 Sei que a eletri“cação dos automóveis clássicos é um tema que está na ordem do dia. Para mim, acho que transformar um clássico em elétrico é o mesmo que uma senhora de 60 anos se encher de botox para “ngir que é mais nova. Só que o seu pescoço não engana…Outra questão tem a ver com as cartas dos sócios publicadas na revista, onde se veri“ca uma má convivência entre automóveis e bicicletas. Em Lisboa pode não existir muito o culto da bicicleta, ao contrário das cidades mais pequenas como a Gafanha da Nazaré, onde vivo há 20 anos. Aqui somos todos peões, automobilistas e ciclistas. Não há uma casa que não tenha pelo menos uma bicicleta. Os ciclistas andam por toda a parte à vontade. É uma alegria ver ciclistas pelas ruas, desde crianças a pessoas com 80 e mais anos, como eu que tenho 85. Ciclovias e o trânsito na cidade Pedro Pereira, sócio 48620 Gostei do artigo “Impacto das ciclovias na mobilidade”, publicado na edição de julho da Revista ACP. É normal que o não planeamento das cidades e incluir ainda mais as ciclovias só pode dar mais problemas. Ainda temos na memória o Chiado. Sou frequentador da Av. Almirante Reis, em Lisboa, e numa zona de passagem de veículos de marcha urgente e transportes públicos, estreitamento de faixas de rodagem para colocar a ciclovia não revela muito bom planeamento. Esta ciclovia podia ter sido colocada nas ruas paralelas, fechando as mesmas a moradores e serviços, nunca na via principal, mas é o que temos. Aproveito para perguntar se vai ser feito um estudo sobre o aumento dos gases poluidores na mesma avenida, devido ao congestionamento e aumento de tempo útil de escoamento do tráfego entre a Rua da Palma e o Areeiro. Usar mais os transportes públicos Francisco Maurício, sócio 13928 Apesar de ter automóvel (com mais de 12 anos e pouco mais de 92 mil quilómetros) não deixo de me preocupar com o que ele representa para o ambiente. Por isso, defendo e pratico a utilização dos transportes públicos. Vem isto a propósito do facto de participar nos excelentes programas de viagens que o ACP tem por Portugal fora. E, num espírito ecologista, pergunto por que razão o clube não conjuga nessas viagens o uso de comboio (nas grandes distâncias) com autocarros, a partir das estações ferroviárias para continuar os passeios. Quanto ao mapa de estradas ACP, mais focado nos automobilistas, devia passar a dar mais destaque aos caminhos de ferro. Desse modo, ganharíamos todos, o País e o ambiente.

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