Revista Autocaravanismo Julho
Como despertou para o autocaravanismo? Fazia campismo de tenda quando era adolescente, nos anos 60. O material de que dispúnhamos nessa altura em Portugal era muito rudimentar, mas já havia turistas estrangeiros que se deslocavam em maravilhosas Wesphalia's Marco Polo e Hymer’s. Nos anos 70 comprei uma VW Transporter T2 ("Pão de Forma") e importei um kit Westphalia. Mais tarde importei uma Rapido Randonneur, integral, com motorização Mercedes-Benz, automática. Qual foi a experiência que mais o marcou ao longo destes anos todos? Uma longa viagem ao Canadá Ocidental, Ontario, Quebec, os lindissímos parques naturais, as cidades mais importantes, Montreal, Toronto e Otawa. Lembro-me que aluguei uma autocaravana em que o WC tinha banheira! É um dos sócios fundadores do ACP Autocaravanismo. Porquê? Sou sócio do ACP desde 1978 e foi através do clube que consegui legalizar a transformação da "pão de forma", inicialmente designada de carro- cama. Também era através do ACP que obtinha a carta de campista em tempos indispensável para frequentar parques de campismo. Hoje e numa FRANCISCO DUARTE É UM DOS SÓCIOS FUNDADORES DO ACP AUTOCARAVANISMO estacione, sem quaisquer condições, mas um autocaravanista não pode fazê-lo. É importante alterá-lo e parece que as coisas se estão a encaminhar para uma solução equilibrada. Acha que a opinião pública está sensibilizada para o autocaravanismo praticado de forma responsável? Acho que não, embora os autocaravanistas sejam na sua esmagadora maioria responsáveis. Mas há uma grande confusão no público que fica por esclarecer por quem o deve fazer. Essa é também uma missão do ACP Autocaravanismo. Se perto de uma praia está uma autocaravana, toda a sujidade provocada pelo uso daquele espaço por centenas ou milhares de pessoas é-lhe atribuída. Então a culpa é da falta de infraestruturas . As autarquias ou as entidades concessionárias deviam estruturar melhor esses locais para que numerosas pessoas possam deles usufruir durante muitas horas seguidas. Naturamente, que esses níveis de frequência originam necessidades diversas e obrigam a um número adequado de instalações sanitárias, à sua higienização, recolha de lixos, etc. Neste aspeto, as entidades locais públicas ou concessionários têm a responsabilidade de resolver o que até é do seu interesse, ou será mais Foi com uma “Pão de Forma” transformada que Francisco Craveiro Duarte (sócio fundador nº113 do Clube ACP Autocaravanismo) se estreou na modalidade, que teve na viagem ao Canadá Ocidental um dos pontos mais altos altura em que se devem apoiar os devoradores de quilómetros, que são os autocaravanistas, associei-me a um dinâmico grupo de sócios que passou à acção e criou um clube de autocaravanismo. Associei-me a um grupo de sócios do ACP que passou à acção e criou um clube de autocaravanismo O que espera do clube na defesa e promoção da modalidade? Que promova o autocaravanismo e as suas boas práticas, que chame a si os mais jovens praticantes desta modalidade, que interaja com o Estado e as autarquias, contribuindo para o desenvolvimento do nosso interior. Mas também cooperar neste domínio com congéneres europeus para que nos mantenhamos informados sobre o comportamento adequado no resto da Europa. A alteração ao artigo 50º-A do CE é um dos grandes anseios dos autocaravanistas. Esse artigo é discriminatório, resultou da pressão exercida por alguns lobbies que até foi moderada pela distinção entre "estacionamento" e "pernoita". O resultado foi uma coisa sem jeito que permite a um automobilista dormir no carro onde quer que 4 ACP AUTOCARAVANI SMO
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