Revista Classicos - abril
8 ACP CLÁSS I COS Entre as dezenas de motas que tem há uma que lhe é particularmente especial… Sim, a Yamaha Vmax 1200, versão americana, Full Power. É uma mota de 1992 que na época já era bastante potente, graças aos seus 145 cv, enquanto a versão europeia oferecia apenas 125 cv. Esta mota foi comprada nova pelo meu pai, que a vendeu dois anos antes de eu tirar a carta de condução, aos 19 anos, com receio de que alguma experiência me pudesse correr mal. Vinte e cinco anos depois descobri que estava à venda. Nem queria acreditar. Depois do meu pai e eu a termos reconhecido, não hesitei em fechar negócio com o proprietário que tantos anos antes a tinha comprado ao meu pai. Em que estado as motas lhe chegam às mãos? Quase sempre a precisar de restauro, que é feito na nossa oficina. Dependendo da facilidade de se encontrarem as peças, a recuperação demora em média dois, três anos até ficar concluída. Atualmente, é na Holanda e em Inglaterra onde se conseguem encontrar as peças. Costuma participar em eventos organizados pelo ACP Clássicos? Sim, ainda no ano passado tive duas motas desportivas, uma Ducati 250 e uma Bultaco 350, em exposição no Concurso de Elegância, no Estoril. Com carros tenho participado, por exemplo, no Passeio dos Ingleses. Um dia, gostaria de fazer as 500 Milhas ACP. Também é um coleccionador de automóveis clássicos? Tenho cerca de 20, e aproveito para destacar três que me são especiais: um Chevrolet Corvette C3 de 1973, um Austin Cooper S de 1966 — com que o meu pai me levava ao colégio quando era miúdo — e um Fiat 600 Abarth TCR, o carro de corridas do meu pai. E das desportivas, há alguma que queira destacar? A Yamaha TZ, que é outra paixão que temos. É uma mota de corrida que o meu pai comprou aos bocados e demorou dois anos a ser reconstruída. Metade dela correu no Canadá, ainda guardamos o banco com o qual competia. Onde costuma fazer novas aquisições? Sobretudo em Portugal, onde existem muitos colecionadores que as anunciam para venda, tal como no caso dos automóveis antigos. Embora no caso das motas seja um pouco diferente, porque as oportunidades de negócio correm muito de boca em boca; com os carros as coisas já não são bem assim. Mas também costumo comprar motas lá fora. 1. As motas desportivas que estiveram em exposição no Concurso de Elegância do ACP. 2. Foi com o avô que David Dias começou a gostar das duas rodas. 3. Vários modelos Suzuki ocupam um lugar especial na coleção. 1. 2. 3.
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy ODAwNzE=