Revista ACP Fevereiro
23 A Federação Internacional do Automóvel (FIA) desenvolveu um combustível 100% sustentável e já entregou esta nova gasolina às equipas de Fórmula 1 que produzem os seus próprios motores, ou seja, Ferrari, Mercedes e Renault (que este ano vai passar a chamar-se Alpine F1), de forma a que já este ano sejam iniciados os testes. O objetivo será o de começar a incorporar uma pequena percentagem agora em 2021, de forma a que os novos motores, que vão substituir os atuais 1.6 V6 a partir de 2026, usem já a nova gasolina a 100%. Segundo as regras impostas pela FIA, a Fórmula 1 vai ter de desenvolver motores híbridos até daqui a cinco anos, recorrendo já a este novo combustível. Esta gasolina sintética é produzida a partir do lixo, sendo mais precisamente um biocombustível de segunda geração, que foi exclusivamente renado a partir de restos biodegradáveis de jardins e orestas, bem como lixo oriundo de restaurantes, mercados e fábricas de processamento de frutas e legumes. É 100% sustentável e neutra em carbono, sendo produzida sem recurso a quaisquer derivados do petróleo. Com esta iniciativa da FIA (da qual o ACP é membro fundador) a Fórmula 1 reforça o seu estatuto de montra tecnológica para a indústria automóvel, sendo historicamente o local privilegiado para testar de forma intensiva as futuras novidades do setor. Recorde-se que um carro de Fórmula 1 com motor 1.6 V6 turbo fazia médias de consumo na ordem dos 50 litros por cada 100 km percorridos. A ideia de criar este novo biocombustível é a de alinhar FIA cria combustível a partir de lixo o desporto automóvel com as melhores práticas ambientais, visando a neutralidade carbónica, ou seja, zero emissões. A ideia é incorporar uma percentagem da nova gasolina nos carros já este ano Jean Todt, o presidente da FIA, armou querer “assumir a responsabilidade de levar a competição motorizada rumo a um futuro com emissões de carbono mais reduzidas, para reduzir o impacto ambiental e contribuir para um planeta mais verde”. Também o Diretor Técnico da Formula 1, Ross Brawn, revelou o seu entusiamo: "a Fórmula 1 foi sempre a plataforma de lançamento de novos avanços para o mundo automóvel e a nova gasolina sustentável alinha-se perfeitamente com o nosso plano de nos tornarmos neutros em carbono em 2030”. Disciplina máxima do desporto automóvel volta a antecipar-se à indústria e quer testar já este ano gasolina 100% sustentável e neutra em carbono, produzida sem recurso a derivados do petróleo
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