Revista ACP Dezembro 2020

A distância é decisiva A distância que é necessária percorrer todos os dias, seja para trabalhar, seja para levar os ! lhos à escola, parece ser uma das principais explicações: 37% da população (mais de metade da população ativa, se excluirmos reformados, desempregados e domésticas) vive a mais de cinco quilómetros, com particular enfoque em segmentos como os que vivem na região de Lisboa (45%), para os homens (44%) e população suburbana (52%). Num ambiente dominado pelo automóvel, acaba por ser surpreendente que a grande maioria dos que o usam nas deslocações ESTACIONAMENTO 83% 31% 46% 31% 44% 85% Tem problemas de estacionamento na zona de residência Defende a mobilidade partilhada e a restrição da entrada de veículos das cidades como potenciais soluções para o estacionamento Tem problemas de estacionamento no local de trabalho Prefere sistemas inteligentes de parqueamento Defende que as autarquias devem construir mais parques gratuitos Defende parques gratuitos junto aos principais nós de transportes públicos para o trabalho e/ou para a escola não tenham problemas de estacionamento (mais de 80%). O cenário é um pouco menos favorável nas áreas metropolitanas, ainda que por razões diferentes. Os habitantes de Lisboa reportam sobretudo problemas com o estacionamento na zona de residência (29%), o que remete de novo para o facto de serem os que estão menos dependentes do automóvel para trabalhar. Os da região do Porto queixam-se sobretudo de problemas com o estacionamento no local de trabalho (27%). Num caso como no outro, con ! rma-se que é um problema maior para as populações que vivem em zonas urbanas (20%). Entrada nas grandes cidades deve ser dissuasora Um quinto dos portugueses que usam o automóvel nas suas deslocações diz que a melhor solução para o problema de estacionamento é restringir a entrada nas grandes cidades. Uma opção controversa que defendem sobretudo os que têm 65 ou mais anos (39%) e os que vivem na região de Lisboa (26%). As câmaras têm um papel na resolução do problema do estacionamento e o melhor que têm a fazer, segundo metade dos inquiridos, é construir parques gratuitos (46%). Também há quem opte por parques gratuitos apenas junto aos principais nós de transportes públicos (31%). TRANSPORTES PÚBLICOS 18% 7% 75% Receia usar Não tem alternativa Não tem receio de usar Pandemia deixou mais portugueses sem férias Uma larga fatia de portugueses não fez férias este ano ou, se as fez, passou-as em casa (39%). No entanto, este não é um ano excecional. Em 2019, quando ainda não havia pandemia, já foi assim para 31%. Voltando a 2020, há segmentos da população que se destacam: as mulheres (44%, com mais 11 pontos percentuais que os homens), os que vivem na região Centro (47%), os que têm 35 a 49 anos (48%) e os que fazem parte da classe média baixa (53%). Quem conseguiu fazer férias usou sobretudo o automóvel e ! cou em Portugal. As viagens de avião tiveram quedas acentuadas, em linha com os restantes países. FÉRIAS DOS PORTUGUESES 2% 58% 40% Ficou em casa/não teve férias Fez férias em Portugal Fez férias na Europa 17

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