Revista ACP Julho
52 Cartas Sócios Sugestão para baixar a sinistralidade Manuel Teixeira Mendes, sócio nº 13980 Gostaria de vos dirigir uma sugestão para ver se ajuda a baixar, baixar, já não digo acabar com as mortes nas nossas estradas. Apesar de já ter 98 anos e não andar muito na estrada, tenho muita experiência de condução tanto dentro como fora do País. Mas quanto à sugestão, esta faz-me lembrar o que há muitos anos se passou na Noruega com o objetivo de reduzir a sinistradlidade. Acontece que aquele país conseguiu de facto resolver o seu problema da maioria da sinistralidade… com prisão de um mês para os prevaricadores! Estes só tinham de escolher o mês para serem detidos e a localidade no país onde iam passar esse mês. E quando isso acontecia, diziam aos amigos que iam de férias para aquela terra, mas toda a gente sabia, claro. Para o caso de Portugal já não digo um mês, mas apenas um fim-de-semana para situações de menor gravidade e uma semana para as mais graves. Mas penso que não temos nem Governo nem parlamento capazes de resolver a nossa sinistralidade rodoviária. E são aos milhares aqueles que morrem na estrada todos os anos. Mau comportamento de muitos estafetas Fernando Leite, sócio 216439 A tendência dos serviços de entrega ao domicílio de refeições instalou-se em Lisboa e no Porto e está a crescer cada vez mais. Nada tenho contra as empresas que operam nesse mercado e levam a casa dos seus clientes os mais variados produtos, proporcionando-lhes, desse modo, a comodidade que querem usufruir nesses momentos. O pior é que essa moda está a interferir de forma negativa no trânsito das cidades, com o crescente movimento de motas, bicicletas e trotinetas de estafetas, sobretudo à hora das refeições. A culpa é, justamente, desses mesmos estafetas.Talvez devido ao volume de encomendas que recebem (ganham por pedido e ao km) e à urgência nas entregas, não são poucos os condutores das duas rodas afetos a essas empresas que manifestam total desrespeito pelas boas práticas no que toca a segurança rodoviária quando percorrem a cidade. Circular em sentido proibido, ultrapassar pela direita, passar traços contínuos, ignorar sinais vermelhos, são algumas das atrocidades cometidas. E quando são chamados à atenção por parte dos outros utilizadores da via ainda reagem de forma agressiva, muitas vezes atirando a frase “estou a trabalhar”! ACP é um amigo com prontidão Manuel Oliveira, sócio 36085 Em fevereiro de 2018 tive um rebentamento do pneu da frente, do lado direito. Como as forças já não abundam tive de recorrer ao “velho” Amigo Com Prontidão (ACP), mais uma vez. Não sei o motivo mas é verdade que só agora descobri o documento da assistência dessa altura e as notas que lá coloquei. Seja como for, mais uma vez o meu muito obrigado e as minhas desculpas pelo atraso no reconhecimento. Bem hajam. Nervosismo ao volante Rita Silva, sócia nº 294933 Não tenho forma de medir este novo (que não é assim tão novo, mas parece agudizado) fenómeno de agressividade ao volante em ambiente pós-confinamento, mas a verdade é que são várias as situações em que tudo indica que as pessoas estão mais nervosas quando guiam hoje em dia. Desde a falta de respeito com os mais idosos, quando estes se atrevem a sair de casa para ir buscar bem essenciais e têm de enfrentar a falta de paciência dos automobilistas ao atravessar, por exemplo, a passadeira, passando pelas velocidades excessivas nas ruas da cidade, como se o confinamento de facto tivesse tornado as pessoas ainda mais isoladas no seu casulo. Se calhar também fazia sentido recolocar a polícia a vigiar o trânsito em vez de andar a vigiar apenas máscaras. A "morte" dos transportes públicos Ricardo Costa, sócio nº 193922 É com muita pena que constato a maneira como as sociedades acabaram de viver os dois extremos em tão pouco tempo no que se refere ao ambiente, nomeadamente às emissões poluentes dos automóveis. Se num dia estávamos todos a regozijarmo-nos com as imagens do espaço que mostravam países, como Itália e Portugal, com uma mancha
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