Revista ACP Junho
30 Há modelos baratos e que dispensam carta de condução Bom exemplo de tudo isto é o recém-apresentado Citroën Ami. Ainda não está disponível no mercado português (o lançamento está previsto mais para o final do ano), mas apresenta-se como a solução de mobilidade urbana do futuro, apenas dois lugares, ultracompacto e com uma série de serviços extra associados. Com zero emissões e uma autonomia máxima de 70 km, que pode ser totalmente carregada em apenas três horas, a partir de uma tomada elétrica doméstica padrão, atinge uma velocidade máxima de 45 km/h e pode ser conduzido a partir dos 16 anos de idade. O lançamento em França surgiu com um preço base inferior a sete mil euros e uma proposta de financiamento a partir de 19,90 euros/mês. Um regalo para quem quer distanciamento social e finanças saudáveis. Mas não é caso único. Em boa verdade, algumas destas soluções que podem invadir as estradas num futuro próximo já cá andavam antes da Covid-19. Veja-se o caso do Smart. A recente eletrificação de toda a gama fez com que estes modelos estivessem prontos para enfrentar as novas solicitações do mercado. Outra oferta que já foi lançada há algum tempo, mas que pode muito bem só agora começar a vingar é o Renault Twizi. Uma interpretação arrojada do que é um carro, ou melhor... um veículo de quatro rodas com dois lugares e fechado. Ainda não se vêem muitos a circular, não tantos como o seu "irmão" mais velho ZOE, mas é algo que pode mudar. São várias as propostas que já existiam no mercado mas que saem agora potenciadas E todas as marcas querem uma fatia desta nova realidade. A Fiat, por exemplo, perfila-se nesta nova “guerra” com o protótipo Centoventi, um elétrico mais volumoso, já na gama dos citadinos e que poderá vir a ocupar o lugar do famoso Panda. Aqui, aliás, há várias ofertas já disponíveis no mercado, como o novo Peugeot 208, Opel Corsa, ou o Volkswagen e-Up, tanto nas versões elétricas, híbridas ou a combustão. O concept Centoventi pode vir a ser o substituto do Fiat Panda A "família" Smart há muito que desbravou caminho para o segmento mais pequeno Ponto comum a todos eles: um ar jovem, rebelde, ativo, cheios de personalidade e a certeza de que voltar para o transporte individual, com estas soluções, não é uma ameaça ao espaço limitado das cidades. Campanhas à medida dos clientes As marcas são obrigadas a reinventar, adaptar e aprender a lidar com a incerteza. A entrega de veículos novos em casa do cliente tornou-se quase uma regra, bem como a recolha e entrega dos carros que necessitam de oficina. Mas é preciso fazer muito mais. A Renault, por exemplo, já arrancou com um financiamento com taxas reduzidas e mensalidades baixas e em junho avança com o renting para particulares, com mensalidades atrativas. A Toyota lança uma campanha de usados muito forte e promove a Proace City como solução de mobilidade familiar. O grupo Volkswagen aposta nos serviços para ajudar o cliente, apoiando também a rede de concessionários das marcas Audi, Skoda e Volkswagen, para um regresso forte ao mercado em junho, recorrendo à criatividade nos serviços e em campanhas promocionais.
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