Revista ACP Junho
29 A retoma é necessária e a Mercedes- -Benz é, provavelmente, a marca melhor preparada para lidar com esta crise Portugal assistiu nas últimas semanas a um ‘’shut-down’’ generalizado da sua economia, fruto deste cenário pandémico. Entre outras indústrias, o mercado automóvel foi, provavelmente, um dos mais afetados com o fecho dos concessionários. Uma queda no mercado de cerca de 90% foi devastador e levou a maioria dos concessionários para lay-off, com as equipas comerciais a trabalharem a partir de casa, mas sem a possibilidade de poderem mostrar fisicamente um automóvel. O espírito inventivo das equipas comerciais levou à criação de vídeos de produto, feitos ‘’em casa’’, de modo a tentarem chegar aos seus potenciais clientes, com uma mensagem e apenas algumas imagens. Perdeu-se todo o contacto físico e a emoção, sempre associada à experimentação de um novo automóvel e desapareceu o cheiro a ‘’carro novo’’ que é sempre um incentivo no processo de negociação. As rent-a cars cancelaram as suas encomendas e as marcas viram-se obrigadas a ‘’aguentar’’ o embate de stock de rent-a-cars que não conseguiram colocar no mercado privado. Ou seja, tudo junto e ‘’mixado’’ acabou por levar os concessionários e as marcas a ‘’inventarem’’ novas formas de chegar aos seus clientes, mas do lado de lá estava também um ‘’ouvinte’’, que não queria ouvir, pois não sabia se amanhã teria ou não capacidade para continuar a pagar o seu automóvel, face às dificuldades acrescidas que todas as empresas/pessoas sentem atualmente. Temos de inventar novas formas de chegar ao cliente Agora, há que arregaçar as mangas e voltar a tentar impor a normalidade. Como vai ser? Ninguém ainda consegue prever, mas estamos todos de acordo no facto de que será significativamente diferente do que era no passado. E esta pandemia poderá voltar? Talvez, e como isso virá afetar de novo uma sociedade já massacrada e debilitada financeiramente? Para já, a reabertura do nosso País é bem-vinda, mas acima de tudo necessária. Na Mercedes-Benz estamos otimistas em relação ao futuro da nossa marca e dos nossos clientes, uma vez que esta ‘’crise’’ permitiu-nos repensar o nosso negócio e 2020 será o ano em que iremos assistir a mudanças estratégicas na marca, na forma como lançamos novos modelos, na forma como estamos acessíveis aos nossos clientes e nos relacionamos com eles. A Mercedes-Benz é, provavelmente, a marca melhor preparada para lidar com esta ‘’crise’’, sendo a marca inventora do automóvel, também teremos a capacidade de nos reinventar uma vez mais, e desta vez, ainda mais focados no nosso propósito de marca, de fazer mover o mundo, de uma forma cada vez mais sustentável. A eletrificação do automóvel Mercedes-Benz irá continuar com a marca EQ e isso trará um novo posicionamento à marca, cada vez mais teremos de entregar de volta e compensar o mundo, para um mundo melhor em todas as áreas, seja na segurança, na condução autónoma, seja na redução de C02 e/ou a respetiva compensação através de outras ações da marca. Fazer mover o mundo de uma forma mais sustentável Em termos práticos, em Portugal, acreditamos que o pós-Covid e o regresso a uma nova normalidade irá passar por, acima de tudo, criar relação de proximidade (com o devido distanciamento natural necessário), ou seja, a marca terá de se tornar mais facilmente acessível, seja através de plataformas online para criar uma maior ligação e onde a compra poderá ser feita e com uma capacidade de resposta muito rápida e simplificação de processos. A confiança será o segundo pilar fundamental a introduzir, garantindo que quem nos contacta tem esse sentimento pela marca. A Mercedes-Benz é hoje, em Portugal a marca com maior reputação no mercado automóvel, a marca com maior índice de confiança dos Portugueses e a mais desejada, o que nos permite partir de uma base muito sólida e repensar todo o nosso negócio, colocando tudo em causa e perguntando, o que pode ser e deve ser mudado para este novo mundo que temos pela frente. JORGE AGUIAR - Diretor de Marketing e Comunicação da Mercedes-Benz Portugal OPINIÃO Perdeu-se o contacto físico e a emoção
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