Revista ACP Abril

8 ABR I 2019 Há estudos que demonstram uma redução do óxido de azoto (NOx) na ordem dos 90% desde que foi introduzida a Norma Euro III, ou seja, a partir do ano 2000. Em breve entra em vigor a Norma Euro 6 d Temp e, em 2023, entra em vigor a Norma Euro 7. hidrogénio numa mistura de ar-combustível dentro de um motor a gasóleo pode melhorar a eficiência, reduzindo consumos entre 15 a 20%, baixando a emissão de partículas finas em 85% e ainda uma redução dos óxidos de azoto (NOx) entre 50 a 90%. O projeto chama-se Combustão Interna Assistida. Recorde-se que também existem os motores a combustão Fuel Cell (que é um dos maiores investimentos da Toyota, mas também da Hyundai), ou seja, movidos exclusivamente a hidrogénio, com tempos de carregamento de depósito inferiores a cinco minutos, emitindo água, apenas água, para a atmosfera. O único problema é que ainda não há logística para aceder ao hidrogénio em larga escala. Mas esta limpeza geral aos motores a combustão iniciou-se muito antes. Por exemplo, no ano 2000 chegaram os filtros de partículas diesel, antecipando a Norma Euro 5. Muito antes foram introduzidos os catalisadores nos motores a gasolina. O seu primeiro registo remonta aos ano 70. Na Europa, a legislação específica sobre poluição foi introduzida em 1992. Estas normas foram fundamentais para o trabalho de desenvolvimento de motores mais limpos. Existem seis normas: Euro 1 (1992 a 1996); Euro 2 (1996 a 2000); Euro 3 (2000 a 2005); Euro 4 (2005 a 2009); Euro 5 (2009 a 2014) e a atual norma Euro 6, que entrou em vigor em 2014. A cada nova norma foram introduzidos limites de emissões cada vez mais apertados. Estudos revelam que os diesel reduziram o NOx em 91% desde o Euro 3. Em setembro entra em vigor a Euro 6d Temp e em 2023 a Euro 7. E é precisamente com base nas normas recentes que muitas cidades optam por diferenciar os carros mais limpos em termos de emissões, evitando banir os diesel de forma cega, ao mesmo que favorecem a renovação do parque automóvel. • O QUE É O WLTP? Para medir a quantidade de combustível que um carro consome e a quantidade de emissões que produz, usa-se o teste «Procedimento de Ensaio Harmonizado a Nível Mundial para Veículos Ligeiros» (abreviatura do inglês WLTP). Neste teste, a forma de conduzir o automóvel passou a traduzir valores mais próximos da realidade. • O WLTP AUMENTA AS EMISSÕES? Este novo teste não aumenta as emissões, apenas define uma base mais realista para a sua medição, ou seja, o carro polui o mesmo, apenas a forma de o conduzir em teste passou a traduzir valores mais próximos da realidade, com efeitos fiscais no preço final do automóvel. • ONDE ESTÁ A SER INTRODUZIDO O WLTP? Está a ser implementado nos 28 Estados-Membros da UE, bem como na Noruega, Islândia, Suíça, Liechtenstein, Turquia e Israel. • OS VEÍCULOS EXISTENTES VÃO SER CONVERTIDOS PARA WLTP? A mudança para o WLTP não significará qualquer alteração para veículos já registados. Estes veículos continuam sujeitos aos parâmetros do NEDC, o procedimento que o WLTP veio substituir. • COMO POSSO SABER SE UM VEÍCULO JÁ TRAZ OS VALORES DE WLTP? Para os veículos que foram testados de acordo com o WLTP, haverá dois valores diferentes de emissões de CO₂ e consumo de combustível indicados no Certificado de Conformidade: os valores WLTP e os valores NEDC calculados.

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