Revista ACP Abril

O investimento vai para novas arquiteturas e tecnologias de motores que aumentam a eficência 7 ABR I 2019 o tempo de carregamento, o preço de baterias de reposição, a falta de postos públicos de carregamento e os preços dos carros elétricos em segunda mão, são tudo argumentos que valorizam o motor a combustão. Poluir 50 vezes mais Um modelo fabricado no início da década de 1960 produzia cerca de 40 a 50 vezes mais poluição do que um modelo produzido com as regras atuais. Também há soluções do lado dos combustíveis e podem envolver os motores a gasóleo pick-ups de tamanho normal que podem rodar com apenas dois cilindros, tal como a Ford fez com o seu motor ecoboost, e a Mercedes- Benz lançou seu primeiro motor de seis cilindros em linha em mais de 20 anos. A Toyota, por exemplo, planeia substituir quase todos os seus motores até 2023, com 17 versões de nove novos motores. Também a Ford não está a levantar o pé do acelerador no desenvolvimento de motores e vai investir 11 mil milhões de dólares para comercializar 40 modelos eletrificados até 2022. A Ford diz que 16 deles serão elétricos, e os restantes híbridos. Mas isso não implica sentimentos de culpa, já que o esforço que a indústria automóvel continua a fazer para melhorar estes motores em termos ambientais tem resultados notáveis. E 2018 foi um ano de referência. Para atender à procura de mais de 98% do mercado mundial, o investimento está a ser canalizado para novas arquiteturas e tecnologias de motores que aumentam a potência, reduzem as emissões e aumentam a eficiência. E os exemplos não faltam: a Nissan introduziu o primeiro motor de compressão variável do setor, equilibrando de forma única a economia de combustível e a potência; a General Motors lançou O Ministério da Economia alemão financia uma investigação com combustíveis sintéticos que pode resultar em emissões zero num motor diesel Ou seja, o retrato da atualidade mostra que a Investigação e Desenvolvimento levados a cabo pela indústria automóvel estão muito focados numa transição suave em que se combinam motores convencionais com tecnologias eletrificadas e outros sistemas. Mas também há soluções do lado dos combustíveis e podem envolver precisamente os motores a gasóleo, os mais demonizados atualmente. Os chamados combustíveis sintéticos estão comprovadamente a tornar os motores a combustão mais eficazes e com emissões muito mais baixas. E de novo são os alemães a liderar a investigação. O projeto XME Diesel, financiado pelo Ministério da Economia alemão, quer promover o uso dos OME’s (éter de oximetileno), tudo porque os resultados demonstram que estes sintéticos podem chegar às emissões zero num motor diesel. E de acordo com o responsável pelo projeto, Martin Härtl, “com estes combustíveis sintéticos facilmente conseguimos baixar as emissões de um diesel para níveis inferiores aos exigidos pela atual norma Euro 6d”. Outra solução que poderá a curto prazo reduzir as emissões dos motores a gasóleo é o uso de hidrogénio. Este projeto inovador da HiTech Power prevê que a injeção de eficientes em termos de consumo de combustível. Vamos usar sistemas start-stop de 48 volts e sistemas híbridos suaves (mild-hybrid). Ainda há muita coisa para melhorar”, garantiu Hess. Na perspetiva do maior grupo automóvel do mundo em vendas, a Volkswagen, "não vemos o fim dos motores de combustão interna num horizonte próximo”, revelou o responsável máximo, Herbert Diess. "Ainda estamos a trabalhar na próxima geração de motores a gasolina. Vão ser mais

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