Revista ACP Abril

6 ABR I 2019 Nunca os carros a combustão poluíram tão pouco Calcula-se que um carro da década de 60 produzia em média cerca de 50 vezes mais poluição por quilómetro percorrido do que um carro produzido com as regras ambientais da atualidade. Mas para ter uma noção mais precisa basta recuar 18 anos: A partir de 2001 houve reduções de 60% na poluição produzida por motores a gasolina e de 90% no caso do gasóleo. Estes dados contrariam o mito de que as normas europeias e os esforços da indústria não têm efeitos práticos. Estes ganhos de eficiência foram conquistados por força da legislação, mas a consciência ambiental dos O furor em torno dos carros elétricos pode induzir em erro. Não valem mais do que 1,8% das vendas mundiais e as soluções que a indústria desenvolve para tornar os carros a combustão cada vez mais limpos mostra que muita coisa ainda vai mudar no mundo automóvel Com uma fatia de 1,8% das vendas mundiais, os elétricos ainda não convencem o mercado consumidores cresceu também exponencialmente, tornando-os mais exigentes e atentos, quanto mais não seja porque a poluição passou a ter efeitos fiscais. se soma a recente carga fiscal sobre o CO2. Com tanta pressão, todos os olhos parecem virar-se para os veículos elétricos, sendo inegável o seu rápido desenvolvimento e eficácia. Mas só falta uma coisa: a adesão dos consumidores. Com uma fatia das vendas mundiais na ordem dos 1,8%, os carros elétricos ainda têm muita estrada para percorrer até chegar ao coração dos automobilistas. É certo que são silenciosos e mais eficazes em termos energéticos, mas as contas são fáceis de fazer: o preço elevado, a baixa autonomia, No caso português, o mercado é dos menos poluidores por causa dos impostos que há décadas penalizam os carros de maior cilindrada, a que

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