Revista ACP Abril

18 ABR I 2019 "Vou lá abaixo meter a moeda" é uma frase que já entrou no ritmo acelerado das cidades, especialmente no Porto e em Lisboa, entre aqueles que trabalham no centro e não têm alternativa ao uso do automóvel como forma de rentabilizar as deslocações diárias. Por ano, os automobilistas largam mais de 22 milhões de euros em Lisboa, sobretudo em moedas, mas também através da aplicação ePark, tudo para garantir que não recebem um envelope amarelo ou vermelho ao fim do dia ou, pior, terem o carro bloqueado ou mesmo rebocado. Em Lisboa, há mais de 76 mil lugares pagos. EMEL DISPOSTA A PERDER RECEITA Em 1995, data em que este sistema foi inaugurado em Portugal, eram Em 14 concelhos com estacionamento pago a receita arrecadada é de 30 milhões de euros anuais, com Lisboa e Porto a liderarem a tabela. Um negócio em expansão e com lugar garantido nas contas das autarquias Lisboa vai ter mais 40 mil lugares pagos até 2020 e cobrir todas as freguesias mil lugares. Atualmente, são geridos com mão de ferro por uma empresa municipal, a EMEL, que acima de tudo afirma que o seu objetivo é "retirar carros da cidade, mesmo que com isso acabe por perder receitas", admitiu o seu presidente, Natal Marques, em declarações ao ACP. Estacionar nas cidades é um negócio que gera milhões de euros PARQUÍMETROS A RENDER estacionamento pago é mesmo para crescer. São Domingos de Benfica, Carnide, Telheiras foram algumas das zonas mais recentes a receber parquímetros, mas nos planos da EMEL está a criação de mais 40 mil lugares, de forma a ter "todas as freguesias com parquímetros até 2020", segundo Natal Marques. PORTOACELERA ESTACIONAMENTO PAGO No Porto o dinamismo dos parquímetros também é grande, com a Foz, Pasteleira e Boavista a serem as próximas zonas a receber estas máquinas que engolem moedas a troco de um papel. Nesta cidade existem, para já, mais de oito mil lugares à cobrança, que rendem mais de quatro milhões de euros de receitas para os cofres da câmara e com este anúncio o total vai passar para 11 mil lugares. A EMEL também tem a seu cargo a Gira, a rede de bicicletas partilhadas e que ocupa lugares de estacionamento no centro da cidade para albergar as docas de embarque. Mas, apesar do anúncio de sacrifício de lugares em Lisboa, a verdade é que a maior cidade do País é um bom exemplo de como a tendência do C M Y CM MY CY CMY K

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