Revista ACP Julho
SEPARADORES NÃO IMPEDEM PARAGEM EM 2ª FILA Nas Avenidas do Brasil e Montevideu, no Porto, foram aplicados junto das passadeiras e semáforos, uns separadores que disciplinam o trânsito em termos de fluidez e velocidade, mas não impedem a falta de civismo de muitos condutores que continuam a parar em segunda fila para irem a lojas, bancos ou cafés, tudo isto sem haver qualquer fiscalização por parte das autoridades competentes. No entanto, para qualquer obra que se verifique nas ruas estão presentes dois agentes da PSP… PEDRO LEÃO SÓCIO 41067 SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA Afinal, em pleno século XXI não há ninguém (pessoa ou instituição) que dê uma opinião fundamentada, avalizada, objetiva e concreta, acerca do flagelo que vem assolando as estradas do País? Qual o significado de PRP ou ANSR? Onde estão? Que fazem? Quem chefia? (chefia o quê?); será que ainda ninguém se questionou pela ausência de uma polícia rodoviária? Por acaso o atual chefe de governo sabe o mal que fez ao ter extinguido a BT/GNR? Alguém sabe em que moldes funcionava esta Unidade? Que matérias fiscalizava? (quem fiscaliza "expressos", "matérias perigosas", transportes públicos", "tacógrafos", etc.). A todos os níveis era uma referência ao nível de qualquer polícia. Penso que o ACP, a bem do protagonismo que possui no panorama rodoviário nacional, deve informar os sócios e a sociedade de todo o paradigma que envolve este tema. E por agora mais não digo. FERNANDO GOMES SÓCIO 33694 SISTEMA DE SEMÁFOROS EM LISBOA Venho por este meio indagar se não terá o ACP meios para resolver aquele que é, na minha opinião, o maior problema do trânsito nas "nossas avenidas novas": a semaforização, que não hesito em classificar de para lá de deficiente! É totalmente demagógico, diria surreal mesmo, vermos altas figuras da CML a comentarem o “flagelo do trânsito” sempre com o mesmo discurso ou seja que o problema são os carros (e sem apresentarem uma solução de transportes integrado e funcional, como qualquer capital europeia digna desse nome tem, como todos sabemos), sem garantidamente nunca terem, por exemplo, percorrido qualquer zona de Lisboa a meio da noite (onde se pode ver o absurdo da total falta de sincronização entre semáforos na mesma via, é frequente vermos uma avenida como a 5 de Outubro ou a Conde Redondo toda ela com os semáforos verdes, excepto um algures no meio - e, claro está, quando esse fica verde, os seguintes estão encarnados e por aí fora, é um ciclo sem fim!). Outro problema diretamente ligado a este é o da absurda duração do semáforo verde em todas as vias que atravessam a Avenida da República - será que ninguém repara que o calvário do JOSÉ CARRILHO SÓCIO 96572 JUL I 2018 53 trânsito piorou exponencialmente em toda esta zona logo a seguir ao final das obras do eixo central? Porquê? Porque por exemplo a António Serpa chegou a ter um semáforo verde com duração de 15 segundos, depois alguma alma caridosa alterou para vinte, e julgo que andará neste momento pelos vinte e cinco. Vinte e cinco segundos para vias com o mesmo ou mais fluxo automóvel que a própria Avenida da República! Isto lembra a alguém? E claro, o cenário repete-se na Avenida de Berna/Campo Pequeno, Elias Garcia, Miguel Bombarda, João Crisóstomo e por aí fora. As consequências? Da António Serpa está à vista a qualquer hora do dia, com a fila na 5 de Outubro para entrar nesta via a ir até à linha do comboio a qualquer hora do dia, a horas de ponta o cenário é indescritível! O Campo Pequeno com fila pelo túnel adentro até ao Areeiro em horas de ponta, a Miguel Bombarda a causar um cenário indescritível até à Praça de Londres e um entupimento generalizado na zona circundante à Casa da Moeda a qualquer hora do dia - será que ninguém tem cabeça para perceber qual a causa do problema? Isto não acontecia antes das obras e da alteração da semaforização. E claro, se temos um verde na esquina da Casa da Moeda com a Defensores de Chaves a levar com um encarnado logo no cruzamento seguinte (fica o primeiro verde e o segundo encarnado quase no mesmo segundo, Elias Garcia exatamente igual), como pode alguma vez o trânsito fluir?! E há tantos mas tantos exemplos... basta ir ao cruzamento da Conde Redondo com a Rua de Santa Marta, e verificar que temos mais tempo de semáforo encarnado para carros em ambas as ruas ao mesmo tempo (sim, encarnado para todos, ninguém anda!) do que de semáforo verde na Conde Redondo! E seguindo, depois de quem sabe a estupefação com este absurdo ter passado, eis que o cenário se repete no cruzamento seguinte (Alexandre Herculano com Camilo Castelo Branco). Enfim, fica a nota, o desabafo, a profunda tristeza por saber que os problemas têm solução simples (claro que o trânsito não desaparecia se todos os semáforos funcionassem adequadamente, mas ajudaria certamente) e a enorme desilusão por ver que ninguém faz o que quer que seja para resolver este flagelo (da semaforização, não é do trânsito...). E por fim: o que dizer dos peões? Uma pessoa idosa como é que consegue atravessar a Avenida da República adequadamente num destes cruzamentos? Resposta: não consegue, e por vezes fica retida tomassem medidas. Depois de muita insistência, recebi a seguinte uma resposta: "As últimas estatísticas não indicam que no referido troço tenham ocorrido acidentes graves ou mortais, pelo que não subsiste a necessidade de qualquer alteração à sinalização existente. Comunique com a autarquia para que seja implementada vigilância policial". Fiquei a perceber que só quando houver mortes em número abundante é que alguma medida eventualmente será tomada. É o País que temos e depois querem que a sinistralidade baixe. Com as questões a serem tratadas deste modo e após os episódios que acima menciono, não sei se amanhã cá estarei para dizer o que quer que seja. Fica para "memória futura". Agradeço assim ao ACP para, junto de quem de direito, dar conhecimento do ocorrido e promover alguma medida dissuasora que ponha termo a estes tristes episódios. no meio da Avenida, com os inúmeros perigos inerentes. Será que o ACP não tem quem pegue neste assunto? Está, literalmente, à vossa porta: percam meia hora para analisar por exemplo a duração dos semáforos verdes num destes cruzamentos e tirem as vossas conclusões.
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