Revista ACP Junho

12 JUN I 2018 SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA EM 2017 Mais acidentes, mortos e feridos nas estradas Os dados são provisórios, mas o cenário é negro no que toca à sinistralidade rodoviária de 2017: mais acidentes, mais mortos, mais feridos graves e mais feridos leves. E os números só podem piorar, quando forem conhecidas também as chamadas "vítimas a 30 dias", dados que só deverão ser libertados pela Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária (ANSR) em pleno verão. de acidentes com vítimas mortais, que registou uma preocupante subida de 72 ocorrências, o que significa um aumento de 17,3%. E nesses 488 acidentes morreram 510 pessoas nas estradas portuguesas, mais 65 do que em 2016. Isto quer dizer que Portugal quebra a tendência de descida no número de mortos nas estradas e regressa a valores de 2013. Os distritos com piores notícias em termos de vítimas mortais foram o Porto, Setúbal e Santarém. Porto e Setúbal tiveram subidas superiores a 30%, mas Santarém viu o seu número de mortos na estradas a subir 45%. O Porto lidera agora a lista dos distritos de maior mortalidade rodoviária, com Lisboa a descer dois lugares, ficando agora em terceiro, com menos seis mortos por comparação a 2016. Quanto a feridos graves, a subida não foi tão acentuada, verificando-se um aumento de 4,6%, para um total de 2198 feridos graves. O total de feridos leves subiu 6,8%, situando-se agora nas 41.787 vítimas. Em Portugal registaram-se 488 acidentes com vítimas mortais, mais 72 do que em 2016 Tendência mantém-se este ano O número de acidentes nas estradas portuguesas aumentou nos primeiros cinco meses do ano relativamente ao período homólogo, com um total de 52.728 desastres, que provocaram 182 mortos. De acordo com o último balanço da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), entre 1 de janeiro e 31 de maio registaram-se mais 2.677 acidentes do que no mesmo período e 2017, um aumento que se refletiu também no total de feridos leves, que cresceu para 15.274 (mais 48). Já o número de mortos baixou para 182 (menos três) e o de feridos graves caiu para 705 (menos 110). O balanço da ANSR, com dados da GNR e PSP, indica ainda que só entre os dias 22 e 31 de maio morreram nas estradas 18 pessoas e 53 ficaram feridas com gravidade em acidentes. O distrito que mais acidentes registou entre janeiro e maio foi o de Lisboa (10.870), seguido do Porto (9.799), Braga (4.558), Aveiro (4.545) e Setúbal (4.189). Morre um peão a cada dois dias Um peão morreu a cada dois dias entre 2010 e 2016, totalizando 1.111 pessoas que morreram atropeladas nas estradas portuguesas em seis anos, revela um relatório divulgado pela Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP). A taxa de mortalidade de peões também está acima da média europeia, com 14 peões mortos por milhão de habitantes em Portugal contra 11 na União Europeia. Santarém registou uma subida de 45% na mortalidade rodoviária, seguida de Setúbal e Porto, que agora lidera a lista dos distritos com mais óbitos O indicador mais generalista do Relatório de Sinistralidade Rodoviária de 2017, o do total de acidentes com vítimas (que engloba mortos, feridos graves e leves), registou mais 2117 ocorrências face a 2016, o que representa uma subida de 6,6%. Mas decompondo este indicador nas suas variáveis, o pior registo vai precisamente para o total

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